(Eduardo Hirata, por Secretaria Executiva do Fórum DCA
Açailândia – Centro de Defesa da Vida e
dos Direitos Humanos Carmen Bascaran)
Ao final desta, dois artigos do “Portal da ANDI/Agência de Notícias
dos Direitos da Infância”-SP, de 15/07/2014, uma rebatendo ‘tese’ do futuro
presidente da CBF/Confederação Brasileira de Futebol e outra mostrando um dos
motivos pelos quais a Alemanha chegou onde chegou.
Mais aqui na rês do chão e em nosso quintal açailandense, o ‘esporte
escolar’ ´relegado a plano secundário pelo ‘poder público municipal’. Professorado
e instrutores(as) de educação Física e esportes reclamam que falta tudo, de
bolas e material esportiva elementar, até instalações adequadas para a criançada
exerça seu direito ao lazer, entretenimento e ao esporte educacional.
O ‘futebol de base’ encontra-se em piores condições até que o
‘escolar’. Por xemplo, há muito tempo- seis, sete anos atrás - o COMUCAA/Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente, através da saudosa Conselheira Maria do Carmo
Cipriano Marchesini, levantou, alertou e advertiu sobre as condições insalubres e de risco do ‘campinho
da Apil’, na Rua Bom Jesus, centro, para futebolistas mirins e infanto-juvenis
da Escolinha Pé do Atleta.
Pois o ‘campinho da Apil’, cedido pelo empresário imobiliário
Rubens Galdino, continua nas mesmas terríveis condições. Para não dizer que o ‘poder
público municipal’ não faz nada, de vez ‘dá um roço no gramado e nas
laterais...’.
A Escolinha, e sua centena e pouca de atletas Crianças e
Adolescentes, sobrevive na base da garra de meia dúzia de abnegad@s...
E inútil, por não ser ‘´prioridade pública ou ação de
excelência’, citar outras situações em que o esporte educacional foi e está ‘jogado
às baratas’ pelo executivo municipal, responsável por essa política e
cumprimento deste direito.
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DERROTA DO BRASIL NA
COPA: FALTOU FUTEBOL, NÃO EDUCAÇÃO
(Do “Portal da ANDI”,
15/07/2014)
Ao comentar as aspas do
presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, após a derrota do Brasil para a
Alemanha, no qual Del Nero afirmou que ‘a escola é a base de tudo’, o
coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara,
aponta que o futuro mandatário do futebol nacional cometeu dois erros básicos.
“Primeiro, demonstrou
total desconhecimento sobre os objetivos da educação física. Segundo, atribuiu
mais uma tarefa para as unidades escolares, como se elas já tivessem poucos
desafios”, assegura.
De acordo com Cara, não há dúvida de que é
necessário reforçar a educação física nas escolas públicas brasileiras. Além de
apenas 16% das unidades escolares possuírem quadras poliesportivas, segundo
Censo Escolar de 2011, muitos professores não contam com formação adequada e
faltam materiais pedagógicos para a prática esportiva.
“É evidente que o acesso à educação pública de
qualidade ajudaria o Brasil a ter cidadãos mais preparados e, consequentemente,
jogadores com melhor preparo psicológico e maior repertório cultural. Isso
facilitaria aos atletas, inclusive, a leitura tática do jogo. Mas a verdade é
que as contribuições formativas da boa educação, o que inclui a boa educação
física, não devem se preocupar com resultados no esporte”, alega. E acrescenta:
“a derrota brasileira na Copa foi fruto de má gestão esportiva. Resta o alerta
para que o fracasso no Mundial não tente ser solucionado por meio de programas
mirabolantes dedicados a reinventar as aulas de educação física, como se fosse
papel dessa disciplina e das escolas brasileiras a formação de futuros
craques”.
Federação alemã bancou 1.387 campos de futebol; CBF, só três
Em artigo publicado em
seu blog no sábado (12), o jornalista esportivo Rodrigo Mattos comenta sobre o
investimento da Federação de Futebol Alemã (DFB) na construção de 1387 gramados
pelo país nos últimos dez anos, principalmente para a formação de jogadores, e
a reforma de três campos de futebol, os da Granja Comary, realizada pela
Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
De acordo com Mattos, enquanto a DFB investe
em programas para crianças e adolescentes no futebol, ao construir campos em
escolas e treinar essa população, “a CBF não anunciou nenhum projeto de
investimento na base do Mundial”, afirma.
Segundo o autor, a DFB investiu R$ 75 milhões
só no seu programa para crianças no futebol, o que incluiu a construção de
1.000 mini-campos pelo país em escolas, incluindo kits com bolas, uniformes e
outros equipamentos. “E outros R$ 30 milhões foram gastos com centros de
treinamento de formação para adolescentes, em um total de 387 campos. São 14
mil adolescentes neste programa, que é mais voltado para a formação de
talentos”, diz. “A federação ainda criou campeonatos juniores no país, o que só
acontece esporadicamente no Brasil em períodos curtos”, pondera.
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