terça-feira, 18 de julho de 2017

Conanda Celebra 27 anos do ECA e Aprova Manifestos e Resoluções – entre elas, a 194, que altera a 137, sobre criação e funcionamento dos Fundos dos Direitos da Infância/FIA - durante a 263ª Assembléia do Colegiado









( Da ANDI e do  Portal dos Direitos da Criança e do Adolescente, 17/07/2017)

O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) reuniu-se nos dias 12 e 13 de julho de 2017 para a 263ª Assembleia Ordinária do colegiado e para celebrar os 27 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O encontro foi marcado por muitas deliberações.

No âmbito da Comissão de Políticas Públicas (CPP) foi aprovado o Manifesto sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC), direcionado ao Congresso Nacional; na Comissão de Orçamento e Finanças (COF) foi aprovado o plano de aplicação com a programação orçamentária para o Biênio 2017-2018 do Conanda e aprovada a Resolução nº 194, já publicada e disponível no Portal dos Direitos da Criança e do Adolescente, que inclui o parágrafo 2° do artigo 16 da Resolução 137, de 21 de janeiro de 2010; e no âmbito da Comissão de Direitos Humanos e Ação Parlamentar (CDHAP) foi aprovado o texto da Resolução Conjunta CONANDA/CONARE/CNIg/DPU, que  estabelece procedimentos de identificação preliminar, atenção e proteção para criança e adolescente desacompanhados ou separados e aprovado o Manifesto pela inclusão dos Direitos da Criança e do Adolescente como conteúdo obrigatório nas diretrizes curriculares dos cursos de Direito.

Já no âmbito da Comissão de Mobilização e Formação (CMF) foram aprovados os textos de seis Resoluções, a serem publicadas em breve, pelo Conanda. São eles:

§  Texto da Resolução que aprova o documento: Orientações para Participação com Proteção do Comitê de Participação de Adolescentes do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente;
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§  Texto da Resolução que dispõe sobre a convocação dos Conselhos Estaduais e Distrital dos Direitos da Criança e do Adolescente para escolha e indicação de adolescentes que comporão o Comitê de Participação de Adolescentes – CPA, em conformidade com o disposto na Resolução nº 191/2017;
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§  Texto da Resolução que institui a Comissão Organizadora da XI Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e dá outras providências após a análise da área jurídica do MDH;
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§  Texto da Resolução que cria o grupo temático que tratará do Sistema de Garantia de Direitos (SGD) com a finalidade de formular e propor estratégias de articulação de políticas públicas e serviços para a prevenção e o enfrentamento da violência letal de crianças e adolescentes;
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§  Texto da Resolução que cria o grupo temático com a finalidade de formular e propor estratégias de articulação de políticas públicas e serviços para o atendimento e para a promoção, proteção e defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes pertencentes a povos e comunidades tradicionais; e
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§  Texto da Resolução que cria o grupo temático com a finalidade de propor estratégias de aprimoramento e fortalecimento do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Outro destaque entre os dois dias de Assembléia, foi a participação de representantes do Conanda em reunião com a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois. O objetivo do encontro foi tratar das situações críticas do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAM), especialmente, no estado do Paraná, e do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).

Entre os compromissos assumidos pela Ministra durante a reunião está o levantamento da situação e providências quanto ao relatado pelos participantes da reunião, luta contra a redução da maioridade penal e do tempo de internação de adolescentes, como também, a garantia de que uma eventual reestruturação do Ministério não afetará o Disque 100.

Participaram da reunião, além dos membros do Conanda, representantes do Fórum Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, OAB do Paraná, Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, e Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Paraná.


·         Aqui em Açailândia do Maranhão,infelizmente, não tivemos maiores “eventos” para pautarmos o dia do ECA, 13 de julho, e seus 27 anos.
·         O COMUCAA/Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, principal órgão no âmbito do município, do chamado “sgdca/sistema de garantia de direitos de Crianças e Adolescentes”,  conforme o artigo 88 do ECA/estatuto da Criança e do Adolescente.
·         Embora desde 2013 constata-se um nítido retrocesso no “movimento pelos DCA/ Direitos de Crianças e Adolescentes”, muitas das conquistas anteriores, ‘cobradas’ sobretudo pelo Fórum DCA Açailândia, instância não-governamental,  e CONTUA/Conselho  Tutelar de Açailândia, e que elevaram o município a modelo no Estado do Maranhão, mantem-se.
·         Por exemplo, a elaboração participativa e aprovação dos Planos Municipais (Enfrentamento à Violência Sexual, Prevenção ao Trabalho Infantil e Proteção do Trabalhador Adolescente, Convivência Familiar e COmunitária, Atendimento Socioeducativo) entre 2004 e 2013; duas certificações do “Selo UNICEF Municipio Aprovado Amazônia – Edições 2009 a 2012, e 2013-2016”; inclusão de situações locais em duas CPI/Comissões Estaduais Parlamentares de Inquérito que investigaram a Exploração Sexual, que resultaram em duas ações penais;a aprovação de leis muncipais (punição a estabelecimentos que exploram trabalho infantil, combate á violência sexual, MARIA MARTA, aumento na composição civil do COMUCAA com inclusão de conselheiro(a) representante Adolescente, etc.
·         Outro destaque: o funcionamento do FIA/Fundo Municipal para a Infância e a Adolescência, com deliberação do COMUCAA, e apesar de atrasos costumeiros nos repasses legais do Tesouro municipal, com independência e autonomia em relação ao executivo.
·         No entanto, nestes momentos de ‘comemoração e enfase dos DCA nos 27 anos do ECA’, o grande tema em discussão e trâmites administrativos e institucionais, é a situação da Escola Municipal Fernando Rodrigues de Sousa, da Vila Ildemar, uma das maiores escolas do município, tanto em quantidade de estudantes quanto em tamanho, e em ‘problemas’. A escola vive a algumas semanas, com muita intensidade, o que seria sério  problema de segurança, tanto interna como externas, na falta  de um muro e de responsabilizações a estudantes vândalos e violentos, bem como pais/responsáveis omissos, mas que, por todo um longo histórico, é muito mais que isso, implica em qualidade de ensino, em políticas públicas sociais no bairro, o maior da cidade, e sobretudo no entorno da escola, e no combate rigoroso ao tráfico, etc., etc.

(Em tempo: hoje pela manhã, reuniu-se mais uma vez boa parte do “sgdca”, para discutir e encaminhar ‘soluções’ imediatas para os “problemas da Escola Municipal Fernando Rodrigues de Sousa”, propostas via CONTUA. Decisão: construir (ou reconstruir) o muro...

(Foto da Escola Fernando Rodrigues de Sousa, em raro período de ‘tranquilidade’...)


(Eduardo Hirata)


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