Veículo(s)
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(Correio Braziliense, citado pelo Portal da ANDI, 10/05/13)
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Ser pobre no Brasil vai além de ter pouco dinheiro.
Significa também pagar mais
impostos e juros e viver em um mundo à parte, onde a inflação tem maior peso
no bolso do que para o restante da população.
Em abril, o custo de vida da parcela de famílias que recebe até cinco
salários mínimos registrou alta de 7,16%, no acumulado de 12 meses, ante
6,49% das demais — o pior resultado em 10 anos para o período.
Esses brasileiros ainda acabam
gastando mais com serviços e produtos financeiros, porque são classificados,
pelos bancos, de acordo com a renda, ou seja, quanto menos têm, mais
desembolsam em tarifas e taxas de administração.
E, nos investimentos, eles são os que recebem as menores
rentabilidades.
Segundo um estudo do Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) publicado em 2011, enquanto 32% do
ganho dos mais pobres se transformam em pagamento de tributos, a maioria
deles indiretos, a parcela de brasileiros com renda maior desembolsa em média
21%.
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Não estão
aí embutidas explicações para o quadro de ameaças e violações de direitos de
Crianças e Adolescentes, nesse nosso injusto Brasil?
A perversidade da
nossa distribuição de renda, por exemplo resulta em desperdício fantástico de alimentos,
enquanto muitas das “políticas públicas” de segurança alimentar resumem-se a
esporádicas distribuições de cestas-básicas, sobretudo em épocas de festas (páscoa,
dia das mães, natal...).
E a comparar a
alimentação (merenda) escolar de nossas crianças com os coquetéis, banquetes,
recepções “oficiais”, então...