A CALAMIDADE DO
ENSINO NO CAMPO AÇAILANDENSE!
(Informe da Secretaria do Fórum DCA Açailândia)
Hoje, 22/03, contatei
adolescentes e adult@s de três assentamentos do nosso “campo açailandense”
(João do Vale, Novo Oriente e Planalto I).
A menina do “João do Vale”, aguardando a abertura do “shopping do
cidadão”: “... nós somos dezenove -19 – lá do assentamento pro primeiro ano (do
ensino médio), disseram que ia ter classe lá, mas não vai ter não... e a gente como
fica? ... só na promessa e na propaganda da governadora Roseana Sarney...”.
A mãe de adolescente do Novo Oriente: “ ... é uma calamidade, seo Eduardo,
a gente por ser trabalhadora rural é humilhada, disseram que ia ter uma reunião
semana passada pra resolver, a diretora ou sei lá quem manda não foi disseram
que tava pra São Luís em reunião, mas acho que não vai ter, se ter vai começar
quando? E os prejuízos pros estudos de
nossos filhos? ... feliz quem daqui tirou seus filhos pra estudar na cidade...”.
A mãe, bocado de filhos e familiares na escola, do Planalto I: “... só
tem a professora de alfabetização, do 2º até o 8º ano, só tem duas... a
diretora não fica por lá, por falta de gás não teve merenda, que tava lá e
ainda agora chegou mais...é um desrespeito muito grande da secretaria, da
prefeitura, um descaso...tem uma turma do EJA a noite, muita gente adulta,
idosa, mas não é com a professora que eles queriam, que fez força pra ter o EJA
este ano, que ano passado não teve...”.
Bom, o ensino médio
no campo açailandense, por conta da irresponsabilidade e incompetência do
Estado do Maranhão, sempre foi um drama, nos últimos dez, doze anos
(lembram-se, a partir das famosas “telesalas”, invenção da nossa então e agora
governadora...).
E da parte da
prefeitura, a mesma coisa: a administração Ildemar Gonçalves dos Santos ano
passado construiu escola no “João do Vale”, mas “esqueceu” carteiras, móveis,
outros equipamentos indispensáveis ao ensino; “cozinhou em banho- maria” uma
ampliação/reforma na escola do “Planalto I”, e permitiu que a escola do Novo Oriente
conviva com o barulho e a tremedeira da estrada de ferro (a escola está a coisa
de cinquenta metros da linha de ferro...).
E a administração
Gleide Lima Santos não fica muito atrás, um “honroso
empate”, em termos de atenção e consideração com a população infanto-juvenil e
toda ela, do nosso campesinato da região do Novo Oriente...
Depois ainda querem
que esse povo “finque raízes” naquele lugar, sem vir “inchar” a cidade...
(Com esse abandono e
negiglência de todo tipo, faltas de toda ordem: educação, saúde, moradia,
assistência social, programas de produção-trabalho-geração de renda, arte,
esporte; reforma agrária de verdade; etc, etc)
(Foto: DÉBORA, do Assentamento João do Vale, GESSIEL, do Assentamento Novo Oriente:
queriam permanecer no campo, mas se obrigaram a vir estudar o ensino médio na
cidade...)