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Com Bolsonaro
na área, já em plena campanha presidencial para 2018, destilando seu
preconceito e seu ódio pelo país, devidamente amparado pela direitona
fundamentalista, é de imaginar o que será, tempos turbulentos pela frente.
No Maranhão,
a TV Mirante noticia que neste 2017 já são 04 (quatro) travestis assassinados.
Aqui em Açailândia, constata-se nas ruas e calçadas, praças e ambientes, o “espanto”,
que nada mais é que pura discriminação e
disfarçado preconceito, baseados no fundamentalismo cristão “vigente”.
Tempos
tormentosos pela frente...
Como
demonstra o artigo a seguir, de fato ocorrido, vejam só, em universidade! (Mas
na Mackenzie, até que se explica...)
(Eduardo
Hirata)
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Banheiros de
universidade são pichados com ofensas homofóbicas e machistas
ANITA EFRAIM –
ESPECIAL PARA
O ESTADO DE S. PAULO
23/02/2017, 16:15
Ataques aconteceram depois de ato de coletivo LGBT
Na quinta-feira, 23, a Universidade Presbiteriana Mackenzie
amanheceu com pichações de cunho machista e homofóbico nas portas dos banheiros
da faculdade. Depois de um ato organizado pelo coletivo LGBT dentro do campus,
alunos escreveram "gay não é gente", "Bolsonaro 2018",
"viado e feminista no Mack não", entre outras ofensas.
Isabela Rezende, 21 anos, membro do coletivo LGBT do Mackenzie e
estudante de direito na universidade afirma que expressões de ódio ocorrem na
universidade desde 2015. As primeiras foram de cunho racista e, agora,
lgbtfóbicas e machistas.
"Ontem teve um ato de homossexuais andando de mãos dadas e
nós acreditamos que as pichações tenham ocorrido como uma forma de revolta a
esse ato", explica. O coletivo LGBT escreveu uma nota de repúdio ao ato
com o apoio dos Coletivos Afromack, FFM (Frente Feminista Mackenzista) e Frente
Ampla Mackenzie da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Na opinião de Isabela, esse tipo de manifestação oprime as
minorias e deixa um clima de medo na universidade. "Acredito que você tá
em um ambiente em que esse tipo de manifestação ocorre, é um ambiente de opressão
e até perseguição às minorias na universidade."
Os coletivos também se uniram para mandar um e-mail para a
reitoria do Mackenzie, no entanto, não tiveram resposta. De acordo com Isabela,
em outros casos, como atos racistas dentro da universidade, a direção não tomou
nenhuma atitude. Para a aluna, há duas medidas que devem ser tomadas para mudar
o ambiente: "Procurar os responsáveis e puni-los administrativamente. Mas
também tem de ter uma mudança de mentalidade tanto da instituição quanto dos alunos".
Em nota oficial, a Universidade Presbiteriana Mackenzie se
mostrou surpresa com os ataques. "A Universidade Presbiteriana Mackenzie
foi surpreendida por manifestações anônimas, de caráter discriminatório,
encontradas no ambiente reservado de banheiros. Por seu princípio confessional
esta Universidade não faz, não apoia e condena quaisquer tipos de
discriminação, repudia violência física e verbal e seguirá defendendo seus
princípios de respeito e amor ao próximo."
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