Após hostilidades contra partidos e movimentos sociais, integrantes do
MPL descartam novas manifestações
(por Redação da revista Carta Capital — publicado 21/06/2013)
O
Movimento Passe Livre não deve convocar novas manifestações em São Paulo.
Depois de organizar sete atos contra o aumento da passagem na cidade, o grupo
resolveu não fazer novos atos depois de quinta-feira 20.
Em
entrevista a rádio CBN nesta sexta-feira 21, o MPL explicou a
decisão. “O MPL não vai convocar novas manifestações. Houve uma hostilidade com
relação a outros partidos por parte de manifestantes, e esses outros partidos
estavam desde o início compondo a luta contra o aumento e pela revogação",
afirmou Douglas Beloni, militante do grupo.
No último
protesto, militantes de partidos e movimentos sociais foram
hostilizados por
outros manifestantes. Antes do ato, o MPL já havia se pronunciado
favoravelmente à presença dos partidos.
Douglas
falou que o MPL luta por transporte público, mas apoia os outros movimentos
sociais. Ele também disse que o grupo deve continuar focado na tarefa de
pedir a tarifa gratuita de transporte na cidade.
Na
madrugada de quinta-feira para sexta-feira 21, o movimento divulgou uma nota
condenando as hostilidades. Confira o comunicado na íntegra:
O
Movimento Passe Livre (MPL) foi às ruas contra o aumento da tarifa.
A
manifestação de hoje faz parte dessa luta: além da comemoração da vitória
popular da revogação, reafirmamos que lutar não é crime e demonstramos apoio às
mobilizações de outras cidades. Contudo, no ato de hoje presenciamos episódios
isolados e lamentáveis de violência contra a participação de diversos grupos.
O MPL luta por um transporte verdadeiramente público, que sirva às
necessidades da população e não ao lucro dos empresários.
Assim, nos colocamos
ao lado de todos que lutam por um mundo para os debaixo e não para o lucro dos
poucos que estão em cima. Essa é uma defesa histórica das organizações de
esquerda, e é dessa história que o MPL faz parte e é fruto.
O MPL é um movimento social apartidário, mas não antipartidário.
Repudiamos os atos de violência direcionados a essas organizações durante a
manifestação de hoje, da mesma maneira que repudiamos a violência policial.
Desde os primeiros protestos, essas organizações tomaram parte na mobilização.
Oportunismo é tentar excluí-las da luta que construímos juntos.
Toda força para quem luta por uma vida sem
catracas.
MPL-SP
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(meu comentário:
Está certa a
juventude do MPL. Desencandearam uma movimentação que tomou conta do Brasil, do
Maranhão, e Açailândia do Maranhão!
Sua motivação, seus
objetivos e metas, alvo muito claro: protestar contra a desgraça do transporte
público brasileiro, sobretudo nas e médias grandes cidades!
Contra os preços das tarifas, um verdadeiro assalto,
considerando a qualidade do (des)serviço oferecido, pelo passe livre- o
transporte gratuito a estudantes.
E consideram, com
toda razão e com todos os méritos e parabéns, que conseguiram: Haddad, o no
começo dizia que não tinha como baixar um centavo na tarifa de R$3,20 baixou
foi para R$3,00! Antes não podia, o MPL fez ele engolir e voltar atrás!
No rastro do prefeito
paulistano, imediatamente dezenas de outras prefeituras anunciaram reduções das
tarifas, e a nação tomou ciências das desonerações do COFINS e outros tais, que
já a tempos permitiriam as agora reduções!
Que juventude essa do
MPL, rapazes e moças com coragem, indignação, senso de cidadania e democracia
republica! O Brasil tem jeito, sim, essa garotada nos enche de orgulho e
certeza de que o Brasil tem jeito, sim!
Que juventude
consciente essa do MPL: percebendo que seu movimento, puro e consistente,
corria o risco de se infiltrar até perder o controle, de todo tipo de “reinvidicação”,
misturando alhos e bagulhos, decidiram que não convocará novos atos em São Paulo,
pelos menos nesses dias, de muita emoção e paulatina perda de razão.
Agora, para
continuar, que o(s) foco(s) sejam outro(s), o MPL fez sua parte: esperneou e
sacolejou a nação!
Eduardo Hirata)
(Na foto, oportunistas como estes/as desvirturam os objetivos do MPL)
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