segunda-feira, 23 de setembro de 2013

“FORÇA-TAREFA” para levantamento e atualizações de casos pendentes de violações de Direitos de Crianças e Adolescentes: Fórum DCA Açailândia espera ação do COMUCAA-CONTUA e CREAS





A reunião ordinária semanal do ¨”Grupo de Monitoramento do Plano Municipal de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes de Açailândia-MA”,  da terça-feira 17/09/2013”, deliberou pela formação de uma “força-tarefa”, composta pelo COMUCAA/Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, CONTUA/Conselho Tutelar e CREAS/Centro de Referência Especializado de Assistência Social.

A “força-tarefa”, proposta pelo Fórum DCA Açailândia, tem por objetivo levantar e atualizar vários casos de violência sexual pendentes, tanto do ponto de vista  policial-judicial, como de atendimento  psicosocial, e se deve sobretudo à provocação do Centro Comunitário Frei Tito/Paróquia Santa Luzia, do Pequiá, referindo-se, em reunião do Grupo de Monitoramento, no mês de julho, e questionando ao CONTUA e CREAS “como está a situação de vítimas e famílias relacionadas ao caso da delegada de polícia Clenir Reis? Tem mesmo vitimas? Estão sendo atendidas?...”  

Entre estes casos, o do menino desaparecido, desde dezembro de 2009, ELSON, do Assentamento Planalto I; o de MARIA MARTA, os chamados casos “PROVITA”, de então duas adolescentes, em 2005, “retiradas” desde então de Açailândia para proteção; as situações relacionadas às CPI 2003 e 2009, que hoje demandam, morosamente, ações judiciais e nenhum acompanhamento/atendimento às vítimas e suas famílias (cujas Crianças e Adolescentes continuam sofrendo num “ciclo permanente” de ameaças e violações de Direitos...)...

Embora a maioria das situações pendentes estejam relacionadas à violência sexual contra Crianças e Adolescentes, e suas famílias, o Fórum DCA Açailândia pautou os casos dos adolescentes e jovens assassinados na FUNAC estadual, bem como as situações de egressos(as) das medidas socioeducativas privativas de liberdade, da ilha-capital e de Imperatriz.

Outra situação de grave violação de Direitos de Crianças e Adolescentes, está vinculada ao atendimento/cumprimento do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar, sobretudo relacionada ao acolhimento institucional pelas duas entidades locais (a Casa Abrigo e a Casa Lar), à colocações familiares e adoções “irregulares” ou negligenciadas/omitidas, sem acompanhamento/assistência, como exige a lei.

Os resultados da “força-tarefa” deverão constar da pauta de visita do CEDCA-MA/Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, para uma avaliação e busca de encaminhamentos resolutivos.

Na situação de violência sexual contra Crianças e Adolescentes, recentemente o Ministério Público Estadual, através da Promotora de Justiça Camila Gaspar, emitiu uma Recomendação ao Delegado Regional de Polícia Vital Rodrigues, no sentido de que já na investigação policial, se assegure o devido atendimento psicosocial a vítima(s) e família(s).

E quem deve assegurar também este atendimento é o Conselho Tutelar, que tem esta atribuição pelo ECA/Estatuto da Criança e do Adolescente, artigos 98, 100,101, 129 e 136, Incisos I, II e III, alíneas  a) e b).

Já o CREAS, de acordo com o SUAS/Sistema Único de Assistência Social, o PNAS/Política Nacional de Assistência Social e a Tipificação Nacional de Serviços Socio-Assistenciais, deve assegurar a atenção psicosocial, a defesa jurídica e outros encaminhamentos/atendimentos, conforme o caso.


O “Grupo de Monitoramento” tem reunião prevista para a manhã desta terça-feira, 24/09, a partir das 0900 horas, no CREAS (órgão coordenador do Grupo), e o Fórum DCA Açailândia conta que a “força-tarefa” realizará a missão para a qual foi estabelecida.