COMO AVALIAR 2013 DE AÇAILÂNDIA DO
MARANHÃO?
Passando pelas brs, avenidas e ruas,
moradias e estabelecimentos da cidade, nos damos conta que 2013 chegou ao fim:
natal já passou, o povo se fartou de
comes e bebes, presentes, nas ceias familiares e nas confraternizações, e agora prepara e se concentra para a “virada”, com a mega-sena e o show da Praça do Mercado, com a
tradicional queima de fogos de artifícios e banda Saidibanda...Ano findando, e
a gente mal se dando conta, nem conseguindo processar um décimo do que foi
2013, quanto mais imaginar um milésimo do que será 2014...
E como avaliar o que foi o ano de
2013 em nosso munícipio, que segundo a (cada vez mais desacreditada) revista Veja, está destinado brevemente a
tornar-se uma das vinte (20) maiores metrópoles regionais brasileiras? E
certificado como “Município Aprovado”, com o Selo UNICEF Edição 2009-2013
Amazônia, por sua política de promoção, proteção e defesa dos Direitos de
Crianças e Adolescentes?
A canção universal “Happy Christmas-
War is Over”,de John Lennon, verdadeiro
hino natalino dos tempos modernos, rivalizando com “Noite Feliz”, nos
questiona:
“...and what
have you done?-o que vocês fizeram?
Another year
over- outro ano termina
And new one
just began …”- e um novo começará
E então, como avaliar, como dizer o
que foi 2013, aqui em Açailândia do Maranhão, o maior PIB per capita do Estado?
Podemos iniciar pelo povo em
movimento, o povo em protesto, o povo em repúdio, o povo em indignação:
O povo de Pequiá, em sua luta permanente, heróica, titânica, pelo “reassentamento”;
o povo
da região campesina do Novo Oriente nas batalhas contra os impactos perversos
da duplicação da Estrada de Ferro Carajás;
o povo da Vila Tancredo e da Avenida Santa
Luzia , da Avenida Parque das Nações, que morre atropelado na Rodovia da Morte,
a BR 222, sob o descaso, a omissão e a
impunidade das autoridades “competentes”;
estudantes, trabalhadores(as), pessoas com
deficiência e mobilidade reduzida protestando por melhoria no transporte
coletivo público e por acessibilidade;
professorado municipal e estadual reivindicando
cumprimento de direitos e qualidade do ensino; o povo de bairros e vilas
protestando contra a CAEMA e o SAEE pela água;
famílias e comunidades exigindo justiça –
judicial, social- por seus filhos e suas filhas assassinados(as), violados(as)...
E o trabalho, então? Não é só o
escravo, teve muita super-exploração, e o desrespeito à legislação trabalhista
se intensificaram, que o diga o Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humaoks
Carmen Bascaran que o diga...
No campo político-administrativo, foi
um ano difícil, complicado, onde a tônica e a justificativa sempre foi a
administração anterior (de oito anos consecutivos), que teria praticamente
destruído, falido e inviabilizado o município, e daí, nada ou em 2013, e a
esmagadora maioria das promessas (
reveja-se o plano de governo), ficou
mesmo na intenção e no papel...
A julgar pelo movimento do povo
(protestando, repudiando, reinvidicando, exigindo...), a Prefeitura Municipal
deixou muito a desejar
E mesmo com a “decoração natalina e
das festas de fim de ano”, e o bom trabalho de paisagismo, não dá para não
desconfiar, nem esconder, que tudo seja mesmo maquiagem... não bate com o
estado lastimável das vias e logradouros públicos, com a falta de saneamento e
coleta de lixo, e outras ambientais e infra-estruturais....
Mas a Câmara surpreendeu, abrindo
suas portas, salas e auditório para muitas audiências e reuniões públicas, que
debateram e propuseram como nunca, sobre grandes problemas sociais e econômicos
açailandenses e regionais.
E também teve um momento discutivel,
quando ao mesmo tempo em que aprovou a criação de três novos Conselhos
Municipais (Etnia, Juventude e Segurança Comunitária), “engavetou” a criação do
Conselho da Diversidade Sexual...
Particularmente, em relação aos
Direitos de Crianças e Adolescentes, a partir do dia 02 de janeiro,
publicaremos uma “Retrospectiva 2013”, ano agitado, quase perdido, sem dúvida
um retrocesso, infelizmente para Açailândia, anteriormente, e seguidamente,
apontado como modelo e referência estadual na politica de atendimento de
Direitos.
O modo como preferimos avaliar o que
foi o ano, significa como vemos a realidade e como contamos esta história. Não é algo neutro,
imparcial, isso não existe na prática. E
sim, demonstra de que lado estamos, de qual time fazemos parte...
Antes de nos inebriarmos com as
festas, euforia e excessos da virada ,
seria bom e interessante começarmos a analisar como foi este 2013, para pensar
como 2014 poderá ser melhor para Açailândia, e Açailândia somos nós!
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