terça-feira, 27 de maio de 2014

Criança que não estuda e brinca também é “desaparecida”














Quando se perde uma Infância, se perde uma  Criança! Combata o trabalho infantil!


O combate ao trabalho infantil é o foco da campanha Infâncias Desaparecidas da Aldeias Infantis, organização sem fins lucrativos que atua no Brasil há 46 anos


(com base na revista Carta Capital, SP,  23/05/2014)


Há seis meses os amigos de Jonas, de 10 anos, não o veem mais na sua escola, no interior de Santa Catarina. Ele agora trabalha todo dia no mercadinho. Clara, 11 anos, não pode mais brincar com suas bonecas. Os únicos brinquedos com os quais tem contato todo dia são os que ajuda a fabricar em uma pequena oficina, no Rio de Janeiro. O professor de Pedro também nunca mais viu o garoto, que agora vende panos de prato em faróis no centro de Belo Horizonte.

Histórias como essas são comuns em todo o País, na sua cidade, no seu bairro. São meninos e meninas que têm família, mas estão perdendo sua infância a cada dia e, se nada for feito, o futuro não será promissor. Por isso a organização não governamental Aldeias Infantis SOS Brasil lança a “campanha Infâncias Desaparecidas”.

A organização, que não tem fins lucrativos, quer chamar a atenção para os milhões de crianças, adolescentes e jovens que já perderam, ou que estão perdendo, sua infância em razão da exploração do trabalho infantil. Segundo indicadores do IBGE (Pnad - 2012), cerca de 3, 5 milhões de crianças, adolescentes e jovens com faixa etária entre 5 e 17 anos estão submetidos ao trabalho infantil.

A campanha conta com o apoio de diversos meios de comunicação, e a editora Confiança (que publica CartaCapital, Carta na Escola e Carta Fundamental) participa deste movimento, produzindo conteúdo editorial especial para a causa. Ao longo das próximas semanas, você verá o material da campanha no site de CartaCapital, nas nossas redes sociais e também nas páginas das três revistas.

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Afinal, o que é a “Aldeias Infantis SOS Brasil”?

A história da organização Aldeias Infantis SOS começou em 1949, na Áustria, acolhendo órfãos da Segunda Guerra Mundial. Hoje está em 133 países, atendendo 2,2 milhões de crianças, adolescentes e jovens e suas respectivas famílias. A organização trabalha em nosso país há 46 anos e já atendeu mais de 120 mil crianças, adolescentes e jovens em seus programas de Acolhimento e Fortalecimento de Vivência Familiar.

Desenvolve 22 programas em 12 estados e no Distrito Federal, e foi eleita uma das organizações titulares Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), a instância máxima de formulação, deliberação e controle das políticas públicas para a infância e a adolescência no Brasil. Criado em 1991, o conselho reúne representantes de diferentes esferas do governo e da sociedade civil e é o guardião do Estatuto da Criança e do Adolescente, garantindo que ele seja aplicado.

Pela importância da campanha Infâncias Desaparecidas e pelo histórico de seriedade da Aldeias Infantis, a editora Confiança decidiu entrar nesse mutirão em prol do futuro do nosso país.

E a boa notícia é que você também pode ajudar a melhorar esse cenário. Clique aqui, colabore com a campanha e saiba mais sobre as iniciativas da Aldeias Infantis SOS Brasil contra o trabalho infantil. Entre nessa corrente positiva para que nenhuma infância seja perdida.




Meu comentário:


E aqui em Açailândia do Maranhão, que estamos fazendo para cumprir a lei e encarar este mal, que infelicita boa parte de nossa Infância e corrompe nossa sociedade?

Bom, parece que temos o antigo PETI, hoje o “Serviço de Fortalecimento de Vínculos”, programa público executado pelo município através da Secretaria de Assistência Social/SEMAS. Temos também o “Bolsa-Família”, e suas “condicionalidades”, e outros serviços e programas, que direta ou indiretamente deveriam prestar-se à prevenção e ao combate do trabalho infantil, e à proteção do trabalho de Adolescente .

Ah, e tem também a rede e o sistema de ensino público, municipal-estadual e até federal, a quem cabe fundamental papel nessa política de prevenção e combate ao trabalho infantil e proteção ao trabalho de adolescente. E ainda tem CRAS, CREAS, Conselho Tutelar, fiscalização municipal, Ministérios Públicos Estadual e Federal do Trabalho...

Só não tem articulação, integração, mlbilização, de tudo isso junto e misturado, e o cenário de exploração escancarada, descarada e explicita, agressora e abusiva de Crianças e Adolescentes pelas ruas, avenidas, praças, calçadas, feiras, brs, já nçao espanta nem comove tampouco indigna ninguém, tão vulgar e banal se tornou...

E dia 12 de junho é o “Dia Mundial – e Nacional – de Combate ao Trabalho Infantil”, que mais uma vez vai passar esquecido aqui em Açaiândia.

E ainda é dia de começar a copa do mundo de futebol, e tem jogo do Brasil, estreando, abrindo o “maior evento do mundo”. E é dia dos namorados, das namoradas! Não vai ser memória de combate ao trabalho infantil o “desmancha-prazeres, o estraga-festa” de um dia tão importante...

E continuemos na mesma marcha: Criança filha de classe média e rica estuda, estuda e estuda, que é prá vencer na vida, ser alguém, ser doutor(a)...

Já Criança filha de pobre tem é que trabalhar, prá não virar sem vergonha, bandido(a), prostituta...

(Eduardo Hirata)



(Informe da Secretaria Executiva do Fórum DCA Açailândia - Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascaran)

  
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