(Do blog Cláudio
Maranhão,MA, 17/05/2014)
O patrimônio das 15 famílias mais
ricas do Brasil, segundo lista divulgada pela revista Forbes, é dez vezes maior
que a renda de 14 milhões de grupos familiares atendidos pelo programa Bolsa
Família.
De acordo com a publicação americana, os 15
clãs mais abastados do Brasil concentram uma fortuna de 270 bilhões de reais,
cerca de 5% do PIB do País.
O Bolsa Família, por sua vez, atendeu 14
milhões de famílias em 2013 com um orçamento de 24 bilhões de reais,
equivalentes a 0,5% do PIB.
Lidera a lista da Forbes a família Marinho,
dona das Organizações Globo. Os irmãos Roberto Irineu Marinho, João Roberto
Marinho, José Roberto Marinho possuem uma fortuna de 64 bilhões de reais. Outra
empresa de mídia que aparece na lista é o Grupo Abril, do clã Civita, com
patrimônio de 7,3 bilhões de reais.
O setor bancário se destaca na origem
das fortunas das famílias mais ricas do Brasil, representado pelos clãs Safra
(Banco Safra), Moreira Salles (Itau/Unibanco), Villela (holding Itaúsa), Aguiar
(Bradesco) e Setubal (Itaú).
Eram três os bilionários do Brasil em 1987,
quando a Forbes produziu a primeira lista: Sebastião Camargo (Grupo Camargo
Correa), Antônio Ermírio de Moraes (Grupo Votorantim) e Roberto Marinho
(Organizações Globo).
Hoje são 65, 25 deles parentes, o que leva a
revista americana a constatar que para se tornar um bilionário no Brasil, o
mais importante é ser um herdeiro. (Fonte:
Carta Capital)
Meu comentário:
(Eduardo Hirata)
Aqui em Açailândia do
Maranhão, boa parte da sociedade, sobretudo dos “setores” mais privilegiados
política, econômica e socialmente falando,
“descem o cacete sem dó no Bolsa Família/BF”.
Consideram-no um
programa social eleitoreiro, esmoleiro, incentivador da “vagabundagem” e da
criminalidade.
Já disse e escrevi mil
vezes que em toda “instituição” ( e o BF, quer queiram ou não seus/suas
detratores/as, é hoje uma instituição nacional) há desvios de conduta,
mal-feitos, bandidagem, sacanagens e safadezas, corrupção – até em igrejas.
Mas aqui mesmo, se faça
uma pesquisa, um levantamento, e se constatará que, assim por baixo, nove em
cada famílias “fazem bom uso do dinheiro do BF”, além de serem famílias que se
enquandram nos perfis, parâmetros e exigências determinados pelo Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Aliás, a transparência
do programa é indiscutível, e acessível na internet a qualquer um(a) que queira
conferir, antes de sair falando besteira...
Em recente evento
público, o Coordenador do BF em Açailândia, João Ivo Filho, relatou que são
quase treze mil famílias cadastradas, e que o são injetados na economia local
em torno de dois milhões reais mensais.
E lembro que há pouco,
a mídia local deu destaque a um episódio em que uma senhora “devolveu” o cartão
do BF, o que motivou um servidor público a divulgar inicialmente este fato, com
foto e tudo...
Quer dizer, a esmagadora
maioria das famílias, na esmagadora maioria chefiadas por mulheres, são
honestas e o BF não é nenhuma esmola ou incentivo à “vagabundagem”, mas sim
questão de dignidade e sobrevivência, num primeiro momento, e de ascensão
social, num segundo momento, e isso é que incomoda quem não gosta do BF...
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