ADOLESCENTES GRÁVIDAS EM AÇAILÂNDIA,
REALIDADE A SER ENCARADA...
Aqui em Açailândia do
Maranhão por ocasião da “II Semana Municipal do Bebê”, realizada no final de
novembro de 2013, Conselheiros(as) Municipais dos Direitos da Criança e do
Adolescentes, ficaram estarrecidos com o grande número de adolescentes
grávidas, atendidas pelo sistema de saúde, nos postos de saúde, onde se
realizaram palestras, oficinas, atividades educativas e de lazer com elas, e
grávidas adultas também.
A rede municipal de
ensino, em diversas oportunidades, também tem levantado o assunto, com a grande
quantidade de adolescentes grávidas em sala de aula.
E as estatísticas do
Conselho Tutelar, órgão diretamente zelador dos Direitos de Crianças e
Adolescentes, apontam que as maiores ameaças e violações a estes Direitos são
os da Convivência Familiar e Comunitária, e entre os fatores, o fato de que
Crianças filhas de adolescentes e jovens são praticamente abandonadas pelas
mães, e criadas por avós, tias, ou “dadas” a outras famílias... uma realidade
chocante no município.
Sobre o assunto, e para
refletir, uma notícia do “Portal da ANDI”, 07/01/2013, tendo por fonte o Banco
Mundial, a seguir:
“Cresce o número de latino-americanas
grávidas na adolescência”
Uma pesquisa realizada
pelo Banco Mundial aponta que cada vez mais adolescentes latino-americanas
ficam grávidas aos 15 anos
De acordo com o estudo do Banco
Mundial a incidência de gravidez nas adolescentes da América Latina está entre
as mais altas do mundo, depois da África subsaariana e do sul da Ásia. Em 2010,
a região registrou 72 nascimentos por 1.000 mulheres de 15 a 19 anos. Como
comparação, na África foram 108 nascimentos, e no sul da Ásia, 73.
O fenômeno se amplia, segundo a
pesquisa, nos setores mais pobres, nos quais a desigualdade e a falta de
oportunidades contribuem com a continuação do problema. O documento mostra que
a maioria dos países latino-americanos está entre os 50 primeiros do mundo em
fecundidade adolescente, uma estatística que em outras regiões está caindo.
A taxa mundial desse índice ficou
reduzida em 1,6% entre 1997 e 2010, enquanto na América Latina a redução foi de
1,25%. Ainda segundo o estudo, “o
panorama não é de todo cinza”. Cinco países latino-americanos contam com a
maior queda nas taxas de fecundidade na adolescência neste mesmo período, são
eles: Colômbia (-25%), Haiti (-23%), Costa Rica, El Salvador e Peru (todos com
queda de 21%). Entretanto, as maiores taxas de gravidez precoce foram
registradas nos países: Nicarágua, República Dominicana, Guatemala e Honduras.
O estudo também faz recomendação
quanto à educação sexual, numa ampla categoria de ações e também outras menos
ortodoxas como a reafirmação pessoal das adolescentes e a luta contra os
estereótipos sexuais.
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