domingo, 12 de janeiro de 2014

RETROSPECTIVA DIREITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE AÇAILÂNDIA-MA: 13 FATOS QUE MARCARAM 2013 * XI – E A “FORÇA-TAREFA COMUCAA-CONTUA-CREAS-FÓRUM DCA”?








RETROSPECTIVA DIREITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE AÇAILÂNDIA-MA: 13 FATOS QUE MARCARAM 2013

XI – E A “FORÇA-TAREFA COMUCAA-CONTUA-CREAS-FÓRUM DCA”?

Instituída para “encarar” a impunidade, em vários casos de violações de Direitos de Crianças e Adolescentes, sobretudo em situações de abuso e exploração sexual. a “Força-Tarefa”  lamentavelmente não disse a que veio, não dando respostas a vítimas, famílias e comunidades.

Na maioria, são casos “encravados, antigos”. E se enfatize que a impunidade não é só a judicial, mas também a “impunidade social”, que entendo como a falta de atendimento psicossocial e outras atenções, conforme o ECA/Estatuto da Criança e do Adolescente, o SUAS/Sistema Único de Assistência Social e a PNAS/Política Nacional de Assistência Social, e incontáveis leis e inúmeros Planos, que obrigam órgãos, serviços, programas públicos, sobretudo municipais, a esse atendimento.

Em dois informes da Secretaria Executiva do Fórum DCA Açailândia, no “eduardohirata.blogspot.com”, um retrato do que foi (ou não foi...) a “Força-Tarefa” em 2013...

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(Postagem em 17/09)

AÇAILÂNDIA-MA: GRUPO DE MONITORAMENTO PROPÕE "FORÇA-TAREFA  DE VIOLAÇÕES DE DIREITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES


Reunião ordinária semanal do Grupo de Monitoramento do Plano Municipal de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes de Açailândia-MA”, da terça-feira 17/09/2013”, deliberou pela formação de uma “força-tarefa”, composta pelo COMUCAA/Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, CONTUA/Conselho Tutelar e CREAS/Centro de Referência Especializado de Assistência Social.

A “força-tarefa”, proposta pelo Fórum DCA Açailândia, tem por objetivo levantar e atualizar vários casos de violência sexual pendentes, tanto do ponto de vista policial-judicial, como de atendimento psicosocial, e se deve sobretudo à provocação do Centro Comunitário Frei Tito/Paróquia Santa Luzia, do Pequiá, referindo-se, em reunião do Grupo de Monitoramento, no mês de julho, e questionando ao CONTUA e CREAS “como está a situação de vítimas e famílias relacionadas ao caso da delegada de polícia Clenir Reis. Tem mesmo vitimas? Estão sendo atendidas?...”

Entre estes casos, o do menino desaparecido, desde dezembro de 2009, ELSON, do Assentamento Planalto I; o de MARIA MARTA, os chamados casos “PROVITA”, de então duas adolescentes, em 2005, “retiradas” desde então de Açailândia para proteção; as situações relacionadas às CPI 2003 e 2009, que hoje demandam, morosamente, ações judiciais e nenhum acompanhamento/atendimento às vítimas e suas famílias (cujas Crianças e Adolescentes continuam sofrendo num “ciclo permanente” de ameaças e violações de Direitos...)...

Embora a maioria das situações pendentes estejam relacionadas à violência sexual contra Crianças e Adolescentes, e suas famílias, o Fórum DCA Açailândia pautou os casos dos adolescentes e jovens assassinados na FUNAC estadual, bem como as situações de egressos(as) das medidas socioeducativas privativas de liberdade, da ilha-capital e de Imperatriz.

Outra situação de grave violação de Direitos de Crianças e Adolescentes, está vinculada ao atendimento/cumprimento do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar, sobretudo relacionada ao acolhimento institucional pelas duas entidades locais (a Casa Abrigo e a Casa Lar), à colocações familiares e adoções “irregulares” ou negligenciadas/omitidas, sem acompanhamento/assistência, como exige a lei.

Os resultados da “força-tarefa” deverão constar da pauta de visita do CEDCA-MA/Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, para uma avaliação e busca de encaminhamentos resolutivos.

 Na situação de violência sexual contra Crianças e Adolescentes, recentemente o Ministério Público Estadual, através da Promotora de Justiça Camila Gaspar, emitiu uma Recomendação ao Delegado Regional de Polícia Vital Rodrigues, no sentido de que já na investigação policial, se assegure o devido atendimento psicosocial a vítima(s) e família(s).

 E quem deve assegurar também este atendimento é o Conselho Tutelar, que tem esta atribuição pelo ECA/Estatuto da Criança e do Adolescente, artigos 98, 100,101, 129 e 136, Incisos I, II e III, alíneas a) e b).

 Já o CREAS, de acordo com o SUAS/Sistema Único de Assistência Social, o PNAS/Política Nacional de Assistência Social e a Tipificação Nacional de Serviços Socio-Assistenciais, deve assegurar a atenção psicosocial, a defesa jurídica e outros encaminhamentos/atendimentos, conforme o caso.

 O “Grupo de Monitoramento” tem reunião prevista para a manhã desta terça-feira, 24/09, a partir das 0900 horas, no CREAS (órgão coordenador do Grupo), e o Fórum DCA Açailândia conta que a “força-tarefa” realizará a missão para a qual foi estabelecida. (Eduardo Hirata)


(Postagem em 11/11)

“FORÇA-TAREFA” DO GRUPO DE MONITORAMENTO CORRE RISCO DE EXTINÇÃO


Há cerca de dois meses e meio, o “Grupo de Monitoramento do Plano Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes ”, gt/grupo de trabalho vinculado ao COMUCAA/Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Açailândia-MA e constituído por diversas instituições, tanto públicas-governamentais como não-governamentais, das áreas polícial-segurança-judicial, social-educacional-sanitária, comunitária, confessional, classista, associativa, de cidadania e controle social (o conjunto forma o chamado SGD/Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes, ou rede de atendimento dos Direitos)  decidiram criar uma “Força-Tarefa”, para atualizar, avaliar e buscar resolver situações pendentes/encravadas, mas ainda com repercussões e consequências familiares e sociais, e jurídicas.


A provocação direta que resultou na criação da “Força-Tarefa” partiu de representantes, Irmão Antonio Soffientini e José Albino,  da Paróquia São João Batista e do Centro Comunitário Frei Tito,  ambas entidades  do Distrito Industrial do Pequiá, referindo-se diretamente ao chamado caso “PROVITA”: duas meninas, então com treze anos de idade, em 2005,  vítimas de abuso e exploração sexual e foram incluídas no programa de proteção, como testemunhas: a ação judicial, de 2007, ainda não teve decisão sequer de primeiro grau, os processados andam livres, leves e soltos, e só estas meninas, famílias e comunidades foram/estão sendo penalizadas, sem atenção e zelo por parte do Estado/governos e seus órgãos, atividades, projetos, programas, políticas de atendimento...).

Mas  considerou-se outras situações irresolvidas, jurídica (penal e civilmente) e socialmente, como os casos da “os das CPI 2003-04 e 2009-2010, o do menino desaparecido ELSON, o de MARIA MARTA – e das jovens Edinete e Gerlene-, os casos da van (que podem ser atribuídos ao caso da Delegada de Policia Clenir Reis, ora afastada), o caso “Lindomar da loja 100 limites”; casos referentes a acolhimento institucional e colocação familiar/guarda-adoção, sobretudo a partir das unidades de acolhimento locais – Casa Abrigo e Casa Lar-; os dos adolescentes na FUNAC, quando cumpriam medidas socioeducativas de internação,...

A “Força-Tarefa” então foi constituída por representantes das entidades COMUCAA (a Conselheira Secretária Maria Cristina da Conceição Silva) , CONTUA/Conselho Tutelar de Açailândia (o Conselheiro Tutelar Glen Hilton Soares Pereira), CREAS/Centro de Referência Especializado de Assistência Social (a Assistente Social Angela Marcia Lima Silva)  e Fórum DCA/ Direitos da Criança e do Adolescente de Açailândia (este que vos escreve).

No entanto, após várias reuniões, encontros, contatos, não se avançou praticamente nada: a mobilização social, que seria encargo do COMUCAA, sequer deu um primeiro passo; o atendimento psicossocial a vítimas e suas famílias (que a imprensa e sociedade raivosa de direita sempre “cobram” dos DH/Direitos Humanos: “... cadê os Direitos Humanos que só se preocupam com os bandidos, as autorias de crime, e não estão nem aí pras vítimas?...”), que caberia ao CONTUA- órgão que requisita serviços- e CREAS- órgão que atende psicossocialmente situações de violações de Direitos-  articularem, vem sendo omitido.

Nesta semana que encerra, três atividades estavam previamente agendadas para a “Força-Tarefa”, sendo a primeira uma viagem a São Luís, entre dias 04 e 06, para contatos com o CEDCA-MA/Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Maranhão e o PROVITA, em busca de esclarecimentos, informações e apoios. Viagem realizada, inclusive com representante do Protagonismo das Famílias de Vítimas de Violência, senhora Maria de Jesus Reis Silva, e contatos muito bons efetivados, mas com a falta de um ator fundamental, o CREAS, o que deixou a “Força-Tarefa” capenga... O CREAS não foi pela falta de recursos, segundo sua coordenadora, Rosaurea Ferraz, embora a viagem agendada há praticamente um mês...

O segundo compromisso seria  um contato em Imperatriz, dia 06,  em situação de evidências de desrespeito ao Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária de uma jovem, por anos “abrigada” em Açailândia e daí saindo para guarda-provisória,  situações  que vem acontecendo continua e seguidamente no acolhimento institucional, já muito discutidas entre COMUCAA, CONTUA, Fórum DCA e Assistência Social, mas sem “soluções”. Não se cumpriu o compromisso, e não se tem uma explicação convincente para tal.

E o terceiro compromisso seria uma reunião, com a família do menino desaparecido ELSON, e a comunidade do Assentamento Planalto I, que cobram a quase quatro anos soluções para este caso. Essa reunião já foi agendada anteriormente pela “Força-Tarefa” por duas vezes, antecedida por outra, com representantes destas quatro instituições e mais do judiciário local. Aconteceria, finalmente, na manhã deste sábado, 09/11, mas por falta de transporte, não viabilizado pela Prefeitura, mais uma vez a família de ELSON e a comunidade ficam “a ver navios”, sem respostas e explicações para a impunidade e para a precariedade e descaso em resolver em definitivo, judicialmente, e atender socialmente.

O COMUCAAm conforme as Conselheiras Ivanize Mota Compasso Araújo, Presidente, e Maria Cristina da Conceição Silva, Secretária,    colocará o assunto “Força-Tarefa” em discussão em sua próxima assembléia, prevista para a manhã da quarta-feira, 13/11.

E a Secretaria Executiva do Fórum DCA Açailândia, exercida pelo CDVDH-CB/Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascaran exige que a “Força-Tarefa” se empenhe para alcançar os objetivos e metas para que foi criada, buscando “encarar” a morosidade na ação judicial como na atenção social, ambas situações que configuram descaso e impunidade.

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