quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

André Fufuca defende pensão vitalícia para mãe de Ana Clara






André Fufuca defende pensão vitalícia para mãe de Ana Clara


(De Eduardo Hirata)


·        O deputado estadual maranhense André Fufuca está em plena campanha pela reeleição, sem dúvida. E sem dúvida se aproveita do clima e da comoção internacional, com a barbárie cometida contra a menina Ana Clara e sua família.

É muito claro, pela lei e jurisprudência brasileiras, que as famílias de vítimas destes crimes perversos têm direito sim à reparações, indenizações, pensões.

Já que o deputado pede para família de Ana Clara, que tem todo direito, reafirmo, porque ele e seus dignos (e suas dignas) pares não pedem indenizações para outras famílias de vítimas do descaso, da incompetência, da omissão, do “poder público estadual”, maior responsável pela segurança pública, pelo cuidado com sentenciados (as) judicialmente, pela vida dos(as) maranhenses, pela aplicação da lei e efetivação da justiça?

Famílias e situações como as aqui de Açailândia: dos quatro adolescentes e jovens assassinados quando internados na FUNAC,  tendo ainda assassinados egressos;  das duas jovens colocadas sob proteção, vítimas e testemunhas de exploração sexual, casos incluídos na CPI Estadual 2009-2010, presidida pela deputada Eliziane Gama,  assim como o da jovem suicida, ao ser o pai abusador libertado pela justiça; tem ainda as situações da CPI 2003-2004,  ação judicial que não anda  do menino com deficiência desaparecido a quatro anos, com processo judicial reaberto mas praticamente ‘parado’, etc, etc.

Vítimas e famílias que foram expostas, tiveram prejuízos materiais e morais imensuráveis, e em decorrência deles, vivenciam sérios problemas ainda hoje.

Não se diga que é só irresponsabilidade, descaso e omissão do poder público estadual, o poder público municipal também tem sua parte de irresponsabilidade, descaso e omissão, ao deixar vítimas e famílias a ver navios, sem dar-lhes acompanhamento/assistência psicosocial, jurídica, sequer “apoio moral”...

 Do município de Açailândia, pela culpa e negligência, não resolutividade  de seus órgãos, programas, serviços com obrigações de atendimento, também se deveria esperar, houvesse seriedade e compromisso,  por reparações...

Pode? Não pode? É debater, e ver no que dá, mas que estas vítimas e famílias merecem uma resposta decente e convincente, isso elas merecem... a falta de respostas, o silêncio das “autoridades” equivale a um carimbo de impunidade e injustiça (jurídica e social)... O que não pode é ficar do jeito que está...

Fica o desafio a algum(a) vereador(a): por que não pedir aqui na Câmara o que o deputada Fufuca pede na Assembléia?

A seguir, artigo do “Jornal Pequeno”, de São Luís, publicado em 08/01/2013, tendo como fonte a “Agência Assembléia”:




André Fufuca defende pensão vitalícia para mãe de Ana Clara

O deputado André Fufuca (PEN) anunciou que vai apresentar um projeto de lei/decreto que cria pensão vitalícia para Juliane Carvalho Santos, mãe da menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, que teve 95% do corpo queimado em um ataque a ônibus em São Luís, na última sexta-feira (3), e não resistiu aos ferimentos e morreu na última segunda-feira (06).

Durante os ataques de criminosos na noite da última sexta-feira, bandidos incendiaram quatro coletivos e atacaram a tiros uma delegacia. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a ordem dos ataques teria partido do Complexo Prisional de Pedrinhas após a Polícia Militar reforçar a segurança no local. Seis suspeitos foram detidos, entre eles um adolescente de 14 anos, conhecido como “ET”.

Ana Clara estava com a mãe, Juliane Carvalho Santos, de 22 anos, e sua irmã Lorrane Batista Santos, de 1 ano e 5 meses, quando o veículo foi invadido e incendiado por homens armados na Vila Sarney Filho. Juliane está internada no Hospital Tarquínio Lopes Filho (Hospital Geral), com 40% do corpo queimado, e Lorrane, no Juvêncio Matos. As duas não correm risco de morrer.

Ao justificar sua proposta, André Fufuca disse que a pensão vitalícia não ameniza a dor da família pela perda da menina Ana Clara, mas é uma maneira de o Estado ajudar a família a arcar com  as despesas para o tratamento de mãe e filha que também tiveram grande parte do corpo queimado.

“É uma família bastante humilde e sem condições de arcar com o tratamento adequado. Além das sequelas no corpo que carregarão pelo resto da vida, o lado emocional está bastante abalado”, disse o parlamentar.


O deputado acredita na sensibilidade dos parlamentares para a aprovação do projeto e da governadora Roseana para sancioná-lo.

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