terça-feira, 7 de janeiro de 2014

RETROSPECTIVA DIREITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE AÇAILÂNDIA-MA: 13 FATOS QUE MARCARAM 2013 VI - Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes






RETROSPECTIVA DIREITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE  AÇAILÂNDIA-MA: 13 FATOS QUE MARCARAM 2013 

VI -  Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes


2013 foi um ano ruim para os DCA, e o Enfrentamento, um dos piores nos últimos dez anos. Exceto a “Semana Municipal de Combate”, e iniciativas quase isoladas, como o PESS/Programa de Educação Sexual e Ações de Saúde, da Vale, nada a resta a “comemorar” como avanço/conquista: não há respostas para os “casos Delegada Clenir e vazamento de denúncia do Disque no Conselho Tutelar, ou os da ‘van’, ou os relacionados às CPI Estaduais 2003-04 e 2009-10. Não se ‘fez’ o “Dia MARIA MARTA”.
       Recordando um pouco 2013,  em sete postagens, cinco no “eduardohirata.blogspot.com”, uma no “Portal do Veras” e outra, no “Rei dos Bastidores”, entre muitas divulgadas sobre o tema:

1 - (Portal do Veras, 08/04):
“Caso de abuso sexual dentro de van escolar é denunciado em Açailândia”

Na falta de uma delegacia especializada na proteção  a criança , o  caso esta sendo investigado  pela delegacia da mulher. Os pais decidiram expor o caso para chamar a atenção de outros pais e das autoridades. O casal está  indignado.

O filho do casal de apenas 4 anos, há um mês,  ia para a escola numa van escolar. O que seria uma segurança para os pais virou um pesadelo.

 Em entrevista a TV MIRANTE, a mãe que não quis revelar o nome, disse que descobriu  a violência quando foi dar banho no filho. "Ele reclamou de dores no bumbum". Ao ser questionado o menino teria dito: "Foi o Tio".  O casal procurou a delegacia e fez a denuncia. O suspeito é um menor que trabalha como auxiliar do motorista da van.

Segundo  a policia,  ele  já  passou por uma casa abrigo até  ser adotado  aos  5  por uma família. Na escola é considerado um  aluno  indisciplinado.A  delegada da mulher esta ouvindo depoimentos. Entre eles,  o do motorista da van e do menor, que negam  as acusações, apesar do laudo do IML ter   constatado  a tentativa de abuso. Segundo as investigações a tentativa de abuso sexual aconteceu na volta pra casa. A criança era uma das últimas a ser entregue.

O proprietário da van continua  trabalhando normalmente. Mas segundo a delegada agora a algumas mudanças feitas no veículo.Uma dela  é a retirada da película nos vidros.

 A mãe da criança  acredita que, como o filho tem dificuldade para falar isso pode ter favorecido ação do suspeito. “Ele pensava que meu filho não ia falar nada".  Apesar da dor e da decepção o casal diz que  resolveu expor a situação do filho  para chamar a atenção dos pais  e das autoridades para o problema.

2 -  (Blog Rei dos Bastidores, 10/04):
Adolescente é estuprada dentro de van escolar em Açailândia

Uma adolescente de 13 anos foi vítima de abuso sexual dentro de uma van escolar no município de Açailândia. A polícia investiga o caso. Segundo a adolescente, o caso teria acontecido há um mês, mas, somente agora, o pai dela teve coragem de expor o drama que a família está vivendo.

No último dia 9, uma criança sofreu uma tenativa de abuso dentro da mesma van. A criança de 4 anos reclamou de dores no corpo e os pais perceberam a agressão.

“Eu vi a reportagem do primeiro caso, mas eu não procurei a polícia anteriormente porque eu estava muito preocupado com a imagem da minha filha, com a minha família”, disse o pai da garota. O pai da garota afirma que os assédios começaram quando o motorista presenteou a menina com um celular. Ainda segundo o pai, a adolescente confessou que o motorista, conhecido como Valmir Lopes a teria levado para um loteamento, onde o abuso teria acontecido.

O estupro foi confirmado por exames feitos no IML de Imperatriz. De acordo com a delegada que investiga o caso, Clenir Reis, há ainda outras provas importantes que comprometem o motorista. “Na verdade, faltava o exame de conjunção carnal, que só conseguimos agora. Também foi entregue pelo pai um bilhete que o motorista teria dado para a menor”, afirmou. Valmir Lopes está sendo procurado e deve ser indiciado por estupro de vulnerável.

3- (Postagem em 13 de maio)
VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE AÇAILÂNDIA-MA: COMEÇA A “SEMANA MUNICIPAL DE ENFRENTAMENTO- 2013”

Teve início na manhã desta segunda-feira, a programação de atividades e eventos da “Semana Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes de Açailândia-MA”, referente a este ano 2013, com panfletagens e pedágios no Centro da cidade, Vila Ildemar, Pequiá e Plano da Serra.

Promovida pelo COMUCAA/Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e desenvolvida pelo “Grupo de Monitoramento” do Plano Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, a “Semana...” tem uma programação diária, até o final da sexta-feira, 17/05, e conta com apoio de várias instituições: Prefeitura (e Secretarias de Assistência Social: CRAS/CREAS/CONTUA/PETI, Educação,  Saúde e DMTT); Ministério Público Estadual, Judiciário, Policias Militar e Rodoviária Federal. Fórum DCA Açailândia.

O tema da campanha deste ano é “Não se cale! Dê um basta!”, conscientizando a população para a denúncia ao Disque 100.

Para a terça-feira, a programação da “Semana...” marca solenidade oficial com representantes do SGD/Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes e autoridades públicas, na Câmara Municipal, Rua Ceará, Centro, às 0900 horas.

4- (Postagem em  22 de maio)
BALANÇO E PERSPECTIVAS: SEMANA MUNICIPAL DE COMBATE AO ABUSO E À EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE AÇAILÂNDIA 2013

E foi, oficialmente, a 7ª – sétima- “Semana Municipal de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes de Açailândia”, vivenciada entre os dias 13, segunda-feira, e 17, sexta-feira, da semana passada, promovida pelo COMUCAA/Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e organizada/executada pelo Grupo de Monitoramento do Plano Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Grupo este que reúne várias instituições, governamentais e não-governamentais, sob coordenação do CREAS, entre elas: Conselho Tutelar, CRAS, PETI, Casa Abrigo, Secretarias de Educação e Saúde, Polícia Militar, Ministério Público Estadual, Judiciário, Fórum DCA, Comissão Juvenil, Paróquia Santa Luzia, Associação Comunitária Bom Samaritano, AMA/Associação de Moradores de Açailândia, Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascaran, Centro de Referência de Direitos Humanos do Estado, Gerência Regional de Educação.    

Teve panfletagem/adesivagem/pedágios no Centro da Cidade, Vila Ildemar (em dois locais: início da Rua Principal e área da Escola Municipal Fernando Rodrigues de Sousa/Polo Moveleiro), Pequiá de Cima e Plano da Serra, na manhã da segunda-feira, 13/05; cerimônia de  com autoridades e o SGD/Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes, na manhã da terça-feira, 14, na Câmara Municipal; palestras com pais/responsáveis de estudantes, na Vila Ildemar (Complexo Esportivo); nas Escolas Municipais Darcy Ribeiro e Eduardo Pereira Duarte (Pequiá de Cima) e Antonio Oliveira Campos (Plano da Serra), na quarta-feira, 15, à tarde; “caminhadas” na Vila Ildemar, na manhã da quinta-feira, 16, e no centro da cidade- encerrando a “Semana de Combate...”, na sexta-feira, 17, à tarde.

O tema da “Semana de Combate...” neste 2013: “Não se cale! Dê uma basta”. A “Semana de Combate...” gira em torno dos dias 18 (Dia Nacional), 19 (Dia Municipal) e 20 (Dia Estadual), todos instituídos em leis, nos respectivos âmbitos.

É bom lembrar que no sábado, dia 11 de maio, durante todo o dia, tendo como local o CRAI/Centro de Referência e Atendimento ao Idoso, cerca de 60 –sessenta- adolescentes, representantes de entidades, serviços- programas e projetos públicos, escolas, participaram do “VII Encontro Municipal de Adolescentes Protagonistas”, cujo tema (“Abuso e Exploração Sexual é Crime!”),  também se referiu ao estudo e ao debate de como prevenir e combater a violência sexual, nas suas diversas facetas (abuso, exploração, assédio, estupro, pornografia, tráfico, pedofilia,incesto,etc).

O “VII Encontro...” foi organizado pela Comissão Juvenil do Fórum DCA Açailândia, dentro do projeto “Adolescente tem vez, voz e voto”, sob execução da AMA, com financiamento do FIA/Fundo Municipal para a Infância e a Adolescência, vinculado do COMUCAA. Ou seja, “Semana de Combate...” e “VII Encontro...” foram dois grandes momentos, de boa participação da sociedade açailandense, para a sensibilização/conscientização e prevenção, numa realidade em que tudo leva a crer um aumento considerável nas ocorrências de violência sexual contra Crianças e Adolescentes em nosso município.

 Alguns “casos” recentes, de grande repercussão midiática, confirmam: os “casos da van” (duas situações, presumidamente vitimando um menino e menina), de abuso sexual, e os do empresário “Bento Feio”, flagrado com adolescentes em estabelecimento comercial. O Conselho Tutelar, através da conselheira Veronice Pereira de Carvalho, apresentou dados sobre atendimento a casos de violência sexual, neste 2013: 22- vinte e dois, mas admitiu que isso pode significar somente a “ponta do iceberg”: apesar do aumento das denúncias, o silêncio ainda domina, seja pelo medo, a submissão econômica ou conflitos intrafamiliares, e não existe uma interlocução melhor, uma “rede” entre os órgãos de atendimento (ou seja: um caso pode ser atendido só pela Policia Militar, ou só pela Polícia Civil, ou só pela Saúde, ou só pelo Conselho Tutelar ou outro agente público...

 Com o aumento da violência, relacionada diretamente á questão das drogas/tráfico, há também agregada o aumento da violência sexual. Outra causa apontada para este aumento é a impunidade: a (quase) certeza de que nada acontecerá desestimula, inibe  a denúncia, ao mesmo tempo que estimula a violência...E são casos de impunidade que não querem e nem podem calar, como os levantados (e atualmente ações judiciais tramitando morosamente no judiciário maranhense...) nas CPIs Estaduais 2003-2004 e 2009-2010, e até pela CPI da Pedofilia, do Senado Federal, que aqui esteve com o Senador Magno Malta...(Casos raros de punição,contam-se nos dedos de uma mão, como no caso Professor Francisco... )

Enfim,  a realidade da violência sexual aqui em Açailândia é pública e notória. Os abusos denunciados, ou suspeitos, são diários. Na manhã da segunda-feira, 20/05, por exemplo, duas denúncias chegaram ao Centro de Defesa, sendo repassadas ao Conselho Tutelar. A exploração sexual de adolescentes é flagrante, fartamente veiculada por conhecido comunicador de televisão local, Osvaldo Filho, que nas entrelinhas “queixa-se” que o cidadão de bem já não pode se divertir, numa balada ou barzinho, pois só tem “menor” e elas/eles é que “vão prá cima dos cidadãos honrados”...

Para uma assistente social do CRAS, a “Semana de Combate...” teve o efeito de aumentar as denúncias, estimular as pessoas a denunciar, não ficar caladas... No entanto, é preciso que Açailândia assuma este combate, de maneira articulada, organizada (e para isso temos o Grupo de Monitoramento e o Plano Municipal de Enfrentamento...), mas permanentemente, e não esporádicas, em campanhas como a “Semana de Combate...” ou o “VII Encontro de Adolescentes...”. Agora, é preparar-se para outro grande e próximo momento, o “Dia MARIA MARTA”, em 26 de agosto., mas ao mesmo tempo, implementar as ações preconizadas no Plano Municipal.

5- (Postagem em  02 de julho)
“GRUPO DE MONITORAMENTO” REUNE E TOMA DECISÕES EM RELAÇÃO AO CASO DA DELEGADA DE POLÍCIA CLENIR REIS

O “Grupo de Monitoramento” do Plano Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes de Açailândia-MA., reuniu na manhã da terça-feira, 02/07, na sede da sua instituição coordenadora, o CREAS/Centro de Referência Especializado de Atendimento Social, na Avenida Bernardo Sayão, saída para o Itinga, para pela segunda vez, tratar do caso da Delgada Clenir Reis, acusada de extorsão e acobertamento de inúmeras denúncias, boa parte de abuso/exploração de Crianças e Adolescentes. Foram tomadas algumas decisões pelo “Grupo...”:

1) Nota Pública, assinada pelas entidades constituintes do “Grupo...”, enfatizando agilidade na investigação policial e na adoção das medidas judiciais, e na preocupação com as condições e a atenção devida às vítimas e suas famílias;
2) pedir ao CONTUA/Conselho Tutelar de Açailândia que acompanhe com mais profundidade e amplitude o caso, junto ao sistema policial-judicial e requisite conhecimento de quem são as vítimas e suas famílias, para que a rede de atendimento, a partir do CREAS, propicie a assistência psicossocial, conforme a lei, as políticas públicas e planos de promoção, proteção e defesa de Direitos de Crianças e Adolescentes.

Ressaltou-se na reunião o foco na situação das vítimas e famílias, sem  deixar de “cobrar” das autoridades policial-judiciais respostas à investigação em curso e as medidas pertinentes à responsabilização da delegada.

Apesar do muito que foi divulgado pela imprensa local (blogs, jornais, rádios, tevês), em casos  recentes, tanto CONTUA como CREAS disseram que os desconhecem , por que não foram provocados para atuarem (com o que outras entidades não concordam: a farta divulgação  já seria motivo mais que suficiente para que o CONTUA se inteirasse/interessasse por eles...) e por isso não sabem quem são as vítimas e suas famílias.

Participaram da reunião, além da equipe do CREAS,  representantes do COMUCAA/Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Fórum DCA/Direitos da Criança e do Adolescente, CDVDH-CB/Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascaran, Paróquia Santa Luzia, Centro de Referência de Direitos Humanos. Representantes do Conselho Tutelar retiraram-se, alegando outras obrigações mais urgentes e importantes,  antes das decisões tomadas e do final da reunião.

6- (Postagem em 16/07)
FORUM emite Nota Pública  no caso da Delega Clenir Reis e cobra agilidade e rigor na investigação  e atenção às vítimas Crianças e Adolescentes e suas famílias
        Fórum Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Açailândia-MA
                                              FÓRUM DCA AÇAILÂNDIA                                                        
                           Nota Pública: Caso da Delegada de Polícia CLENIR REIS
Considerando o andamento oficial das investigações contra a delegada de polícia da  CLENIR REIS, acusada de extorsão e acobertamento de denúncias, entre elas de abuso e exploração sexual de Crianças e Adolescentes;
Considerando o histórico de morosidade e impunidade do Judiciário maranhense, nos casos de abuso e exploração sexual de Crianças e Adolescentes, tendo como exemplos, entre muitos,  as ações judiciais decorrentes das CPI/Comissões Parlamentares de Inquérito do Maranhão, anos 2003/2004 e 2009/2010, que investigaram a violência sexual e o trabalho infantil; os casos chamados “PROVITA”,  do menino com deficiência desaparecido ELSON,  MARIA MARTA,  mãe suicida ROSIMEIRE, empresário LINDOMAR, etc;
Considerando o histórico de falta de atenção e assistência às vítimas e suas famílias pelos órgãos responsáveis por essa atenção e assistência, como o Conselho Tutelar, o CREAS, e praticamente toda “rede de atendimento de Direitos de Crianças e Adolescentes”, revelado não só nas situações acima mencionadas, como em inúmeras outras;
Considerando o não-cumprimento de encaminhamentos deliberados pelo Grupo de Monitoramento do Plano Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e  Adolescentes de Açailândia-MA, nas reuniões anteriores, de 02 e 09 de julho de 2013, com pauta requerida pela Paróquia Santa Luzia, do Pequiá;

  A Secretaria Executiva do Fórum DCA Açailândia, articulação não-governamental de entidades de atuação na área dos Direitos de Crianças e Adolescentes, prevista na Lei Municipal n.ª 132/1997, artigo 8º -II,  emite a seguinte Nota:

1 . O Fórum DCA Açailândia conta com a agilidade e o rigor na apuração das denúncias contra a delegada de polícia CLENIR REIS,  com  providências policiais-judiciais pertinentes, contrariando as situações de morosidade e impunidade existentes em relação aos casos de violência sexual contra Crianças e Adolescentes.
2. Que o “caso CLENIR REIS” não priorize, não se limite, apenas as questões policiais-jurídicas, mas sobretudo resulte de imediato no conhecimento e na atenção psicosocial às vítimas e suas famílias, de acordo com previsão legal e  política, pelos órgãos públicos responsáveis, sobretudo o Conselho Tutelar e o CREAS.
 Não podemos aceitar as respostas desses órgãos que “... não sabem  das denúncias, porque não foram provocados, e nada podem fazer, pois tudo depende da Justiça”.
Algumas possíveis situações de violência sexual contra Crianças e Adolescentes, como nos “casos da van” e do empresário “Bento Feio”foram ampla e explicitamente veiculados pela imprensa açailandense e regional, e merecem no mínimo cuidados pelos órgãos citados, de acompanhamento e assistência psicosocial.
Do Conselho Tutelar, no mínimo esperamos  o  cumprimento ao disposto no artigo 136-X, do ECA/Estatuto da Criança e do Adolescente, e o atendimento previsto nos artigos 98 a 102, e 129, do mesmo ECA.
E do CREAS, esperamos a atuação de assistente social,  psicólogo(a), pedagoga(a), advogado(a) na atenção às presumidas vítimas e  suas famílias, como determina o PNAS/Plano Nacional de Assistência Social e outras normas e regulamentos.
3 – Que o GRUPO DE MONITORAMENTO, e o COMUCAA/Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente,  comunique oficialmente  ao Comitê Estadual de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes do Maranhão,  atualizando sobretudo a atenção às vítimas e suas famílias, para que possa acompanhar, potencializar e fortalecer a resolução do “caso CLENIR REIS”.
                                                                            Açailândia-MA., 16 de julho de 2013.
Secretaria Executiva:
Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascaran
Rua Bom Jesus, n.º 576, Centro. Teleffone: (99) 3538-2383
E-mail: cdvdh-cb@cdvdhacailandia.org.br

7- (Postagem em 17/09)
DIA “MARIA MARTA”  É CANCELADO PELO COMUCAA E GRUPO DE MONITORAMENTO
Em reunião ordinária do Grupo de Monitoramento do Plano Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes de Açailândia,   realizada na manhã desta terça-feira, 17/09, no CREAS/Centro de Referência Especializado de Assistência Social (que coordena o Grupo, vinculado ao COMUCAA/Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente), resolveu-se cancelar  o “Dia MARIA MARTA” de 2013, que havia programado uma audiência pública para o dia 26 de setembro, segunda-feira próxima.
           
O “Dia MARIA MARTA” foi instituído em lei municipal, a de nº 273/2007, prevendo sua memória em 26 de agosto, natalício da adolescente então com dezessete anos de idade, brutalmente assassinada em 2004, situação até hoje não resolvida judicialmente e reparada civilmente. A lei municipal “MARIA MARTA” foi pedida pelo COMUCAA, e a vereadora Maria de Fátima Camelo Silva foi a autora do PL.
           
Para este 2013, o “Dia MARIA MARTA” fora marcado para 28 de agosto, com audiência pública na Câmara Municipal, promovida  pelo legislativo municipal e o COMUCAA, e posteriormente remarcado, a pedido do Ministério Público Estadual, para 26 de setembro, e agora, cancelado pelo COMUCAA e Grupo de Monitoramento.
           
Na reunião do Grupo, a Conselheira Presidente do COMUCAA, Ivanize Mota Compasso Araújo (representante da Secretaria de Assistência Social/SEMAS) defendeu o cancelamento, argumentando as dificuldades vividas pelos conselhos COMUCAA e CONTUA/Conselho Tutelar de Açailândia, em razão do “caso do vazamento da denúncia encaminhada pelo Disque 100 ao CONTUA”, momento complicado que está interferindo e muito na área do atendimento aos Direitos da Criança e do Adolescente.
           
O assessor do COMUCAA, e dos conselhos da política municipal de assistência social, Raimundo Rodrigues da Silva, reforçou a fala da presidente do COMUCAA, sobre as dificuldades e circunstâncias de momento nos conselhos COMUCAA e CONTUA, e disse que o “Dia MARIA MARTA” tem sua previsão para agosto,   que já passou, e diante de toda a conjuntura e o quadro vivido pelo SGD/Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes, não houve e não como realizar a audiência pública no dia previsto (próxima segunda-feira).
           
A Conselheira Secretária do COMUCAA, Maria Cristina da Conceição Silva, que representa o Grupo de Monitoramento junto ao Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes do Maranhão, ressaltou que não foi possível estabelecer maiores e melhores contatos com a Câmara Municipal, que promoveria a audiência pública com o Conselho.   A pauta que seria tratada na audiência pública - respostas das autoridades policiais-judiciárias, de programas e serviços públicos de atendimento dos Direito de Crianças e Adolescentes  a diversos  casos pendentes, como o da própria MARIA MARTA, menino desaparecido ELSON, ações judiciais decorrentes das CPIs/Comissões Parlamentares de Inquérito da Assemléia Legislativa do Maranhão, dos anos 2003-04 e 2009-10, os chamados casos Provita, vitimas Crianças e Adolescentes de casos relacionados à delegada de polícia Clenir Reis, etc ), deverá ser tratada, de maneira mais reservada, em visita do CEDCA-MA/Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Maranhão, prevista para dia 09 de outubro próximo. Foi aprovada a constituição de uma “força-tarefa”, com o CONTUA e o CREAS, sob coordenação do COMUCAA, para levantamento e atualização local, dos casos acima mencionados.
           

Outra deliberação tomada pelo Grupo de Monitoramento dia respeito ao “Selo SGD”, que será apresentado e lançado junto à rede municipal de educação, no evento previsto para dia 27 de setembro, com gestores(as) e supervisores(as) da rede. Participaram da reunião do Grupo de Monitoramento, coordenada por Angela Márcia Lima Silva,  representantes do COMUCAA,  CREAS,  CDVDH-CB/Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascaran,   Fórum Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente/Fórum DCA (articulação não-governamental de entidades), da AMA/Associação de Moradores de Açailândia; a adolescente Carla Amanda e o adolescente Alex,  representantes da Comissão Juvenil do Fórum DCA , e da Casa Abrigo da SEMAS.