quinta-feira, 5 de outubro de 2017

FÓRUM DCA DO MARANHÃO: NOTA PÚBLICA




NOTA PÚBLICA


O Fórum Maranhense de Organizações Não-Governamentais em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (FÓRUM DCA-MA) tem a missão pautada na garantia da efetivação dos direitos de meninos e meninas do nosso Estado através da articulação, sugestão e fiscalização das políticas públicas para a construção de uma sociedade digna, justa e livre para o público infanto-juvenil.

A Rede Amiga da Criança é uma articulação de 29 organizações governamentais, não governamentais e conselhos de direitos e tutelares que atua em prol dos direitos infanto-juvenis desde o ano 2000. Sua missão é garantir direitos de crianças e adolescentes em situação de risco e/ou vulnerabilidade, prioritariamente em situação de rua, em São Luís (MA), por meio de uma atuação articulada

O Fórum DCA-MA e a Rede Amiga da Criança, ao longo destes 27 anos de promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA Lei Federal Nº8.069/1990 veem  atuando no Estado, com um histórico de lutas e vitórias na busca de garantia de direitos. São quase 03 décadas de trajetória, no qual trabalhamos incansavelmente para que as crianças e adolescentes do Maranhão sejam tratados com prioridade absoluta, de acordo com a Constituição Federal de 1988, tal como o Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990.

Com um trabalho consistente baseado na missão que nos foi dada, primamos pelos meninos e meninas do nosso Estado e compreendemos que o poder público também deveria se posicionar de tal maneira. Porém, lamentamos que tal posicionamento não tenha sido tão evidente.

Entendemos para que nosso trabalho continue surtindo um efeito, e que nossas crianças e adolescentes tenham a efetivação de seus direitos, o poder público precisa ter compromisso com a implantação e implementação de políticas públicas, assim como a infraestrutura decente dos órgãos que têm como função a deliberação de políticas públicas nos âmbitos Estadual e Municipal.

Lamentamos profundamente o fato ocorrido na data de 12 de setembro, onde estava funcionando a sede do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente de São Luís-MA que teve seu acesso interrompido pelo locatário por razões de ausência de pagamento do aluguel por parte da Prefeitura de São Luís e falta de manutenção do prédio. Atualmente o CMDCA está funcionando em uma sala improvisada na sede da Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social –SEMCAS, situada no anel viário-centro sem as mínimas condições de funcionamento e organicidade.

Desta forma, após deliberação da Plenária Ampliada Realizada entre o Fórum DCA e a Rede Amiga da Criança realizada do dia 27 de Setembro, com a participação de atores estratégicos e diversas instituições que as compõem, vimos através desta DENUNCIAR tal situação e solicitar providências URGENTES para o pleno funcionamento do CMDCA, órgão de extrema importância para a garantia e defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes do município de São Luís, ao tempo em que conclamamos ao excelentíssimo prefeito de São Luís, o senhor Edvaldo Holanda Braga Junior que honre com o titulo concebido a ele de prefeito amigo da Criança  e garanta as condições dignas e adequadas ao pleno funcionamento do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Luis-MA.


FORUM MARANHENSE DE ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS EM DEFESA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE-FORUM DCA-MA

REDE AMIGA DA CRIANÇA


( Publicado pela Agência Matraca de Notícias da Infância. São Luís, 29/09)












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·         O COMUCAA/Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Açailândia-MA., é considerado um dos melhores do Estado do Maranhão. Sobretudo na ‘gestão’ do FIA/Fundo Municipal para a Infância e a Adolescência.

·         No entanto, desde 2013, nota-se um retrocesso na qualidade de suas outras atribuições legais, como por exemplo, a formação continuada (não só de conselheiros/as, mas de todo o chamado ‘sgdca/sistema de garantia de direitos de Crianças e Adolescentes’.

·         Também no processo de escolha, acompanhamento, monitoramento, avaliação das atividades do Conselho Tutelar, o que significou muitos dissabores ao segmento, com questões internas como suspeita de vazamento de denúncia do Disque 100, que implicou personagens notórias dos segmentos político e religioso do município e desavenças públicas entre conselheiros(as), erros e omissões no atendimento (caso do jovem paraense ex-menino do trem) e até culminou com cassação de mandato de conselheiro tutelar, não por acaso, participante em todas.

·         O  praticamente ‘esfacelamento’ das entidades não-governamentais também é atribuído, em parte, ao COMUCAA., não só pela falta de formação continuada, mas também pela falta de apoio e ações de fortalecimento.

·         Daqui a pouco mais de três meses, a representação da sociedade civil ao COMUCAA, detentora de seis assentos no Conselho, deve ser renovada. Até o momento, COMUCAA e Fórum DCA Açailândia, que representa as entidades não-governamentais, de acordo com artigo 8º da Lei Municipal n.º 132/97, ainda não ‘sentaram’, para estudar, discutir, planejar, encaminhar, conforme pede a Resolução  n.º 105, do CONANDA/Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, o “processo de escolha da representação da sociedade civil à gestão 2018-2020”.
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      O que se espera é que não aconteça com a escolha no COMUCAA o que vem acontecendo na escolha de outras representações civis a conselhos municipais, com a ausência  ( e falta de consciência...)  das entidades, sejam como eleitoras sejam como candidatas, e lamentavelmente com precária ‘formação prévia’ para o exercício de suas relevantes funções, como participação e controle popular de políticas públicas.


(Eduardo Hirata)