quinta-feira, 23 de junho de 2016

Construção da “ POLÍTICA E PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE AÇAILÂNDIA-MA”: 2ª reunião ainda não definiu oficialmente a “Comissão Intersetorial para Discussão e Elaboração do Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes”









Reuniu-se na manhã desta quinta-feira, 23/06/2016, pela segunda vez ( a primeira aconteceu no dia 09/06), a “Comissão Intersetorial para Discussão e Elaboração do Plano Decenal dos Direitos Humanos


A reunião teve como local o COMUCAA/Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Açailândia-MA., localizado na Rua Marly Sarney, n.º 1.112, Centro, entre 0920 e 1100 horas.

De inicio, uma controvérsia em relação ao “quórum” para legitimidade da reunião, visto que a grande maioria das instituições convidadas pelo COMUCAA não se fazia presente, estando representadas a Secretaria de Cultura, com Rosalva Elias Macedo;  a Educação Especial da Secretaria de Educação, com Eunice Dourado Chaves; o CREAS/Centro de Referência Especializado de Assistência Social, através de Macleide Araújo; o programa Saúde na Escola, da Secretaria de Saúde, com Gerisvaldo Cardoso Abreu; o adolescente representante da Comissão Juvenil, Carlean da Silva Santos,  a estudante Leidilane Sousa (UNISA), as conselheiras municipais dos direitos da Criança e do Adolescente, Angela Márcia Lima Silva (presidenta) e Gele Maria Santos (tesoureira); as assessoras do COMUCAA, Licia  Raquel Silva e Veronice Pereira Carvalho; o representante do CDVDH-CB/Centro de Defes da Vida e dos Direitos Humanos, este que vos escreve. ( Ao longo da reunião, compareceram a conselheira tutelar Edna Maria Alves dos Santos e a conselheira municipal de saúde, Benilza Lusquinho. Foi anunciado pelo COMUCAA que o representante do Fórum DCA/ DOS Direitos da Criança e do Adolescente Açailândia, Raimundo Rodrigues, se atrasaria, mas que se contasse com ele ).

Houve o entendimento de quem se fazia presente, dava legitimidade à reunião, afinal, pela segunda vez o COMUCAA assegurou que efetuou os convites em tempo hábil, sensibilizando as instituições para comporem a “Comissão Intersetorial”, de acordo com o artigo 2º da Resolução CONANDA/Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente n.º 171/2014, que estabelece os parâmetros  para discussão, formulação e deliberação dos Planos Decenais dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente em âmbito estadual, distrital (DF) e municipal.
A assessora do COMUCAA, ex-conselheira tutelar e assistente social Veronice Carvalho, fez leitura de uma síntese da primeira reunião, de 09/06.
A seguir, proposta do representante do CDVDH-CB, fez-se a leitura e breves comentários do documento-síntese do CONANDA, com os princípios, diretrizes, objetivos gerais e metas dos “Planos Decenais”, e da Resolução CONANDA n.º 171/2014, que norteia todo o processo de “construção do Plano Decenal”.
Confirmou-se o calendário de reuniões da “Comissão Intersetorial”, tratado na reunião de 09/06 ( já divulgado por este que vos escreve, em seu blog).
Ressaltou-se a necessidade e importância do COMUCAA “conscientizar” as instituições, referidas na Resolução CONANDA n.º 171/2014, de participarem da construção do Plano Decenal Municipal, compondo  a “Comissão Intersetorial”, e que a próxima reunião, prevista para dia 07 de julho, tenha quórum bem maior.). (Deliberou-se que o tema a ser focado na reunião será a discussão do ‘Enfrentamento à Violência Sexual’, avaliando o respectivo Plano

Sendo que o artigo 2º, I,  da Resolução CONANDA n.º 171/2014, atribui a “coordenação” da ‘Comissão Intersetorial’ ao COMUCAA, e que na primeira reunião (de 09/06) se decidiu que cada instituição apresentaria dois representantes, um titular e um suplente , o representante do CDVDH-CB repetiu antiga proposta, de que esta “coordenação/presidência” fosse da presidência da Comissão Permanente de Politica de Atendimento ( a conselheira presidenta Daianny participou da primeira reunião), o que foi aceito, e eu a “relatoria” fosse escolhida nesta reunião.

No entanto, na ausência de qualquer membro da Comissão Permanente de Política de Atendimento do COMUCAA, não se decidiu sob a “coordenação/presidência” da Comissão, passando-se a discussão da escolha de “relator(a)”, cujo requisitos básicos seriam os da disponibilidade, diante das exigências práticas da função de relatoria, e de conhecimento técnico e institucional.

Discutiu-se até a possibilidade da “contratação” pelo COMUCAA, através do FIA/Fundo Municipal para a Infância e a Adolescência, mas isso foi descartado. O representante do CDVDH-CB, então, colocou-se a disposição para a relatoria, pela experiência na relatoria e participação em outros planos municipais, colocando-se também á disposição para colaborar, o representante da Secretaria de Saúde, mas após “consulta” da conselheira presidente Angela Márcia Lima Silva, à secretária executiva do COMUCAA, Maria de Fátima Sousa , também foi descartado, sob o argumento de que a “relatoria” deve ser assumida por conselheiro(a) municipal dos direitos da Criança e do Adolescente, o que na prática significa que o(a) representante suplente do COMUCAA assumirá a “relatoria”. ..  

Decidiu-se que a diretoria do COMUCAA, composta por quatro membros, reúna-se imediatamente com os membros da Comissão Permanente de Política de Atendimento e definam “coordenador(a) ou presidente(a), e relator(a)” da Comissão Intersetorial, definição já para a manhã da terça-feira próxima, 28/06,quando se reunirá o “Grupo de Monitoramento do Plano Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes”,plano a ser “incorporado” ao Plano Decenal.

A assessoria do COMUCCA forneceu a cada membro da “Comissão Intersetorial”, presentes da reunião, cópias da Resolução CONANDA n.º 171/2014, dos Planos Municipais de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente, Promoção-Proteção e defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária, mas reiterou-se a necessidade de se completar o “kit” , com exemplares dos planos de Atendimento às Medidas SocioEducativas/Sistema Municipal de Atendimento Sócioeducativo-SIMASE, e outros “aprovados” pelo COMUCAA, em vigência, para que seja “avaliados, atualizados e incorporados” ao Plano Decenal.

Foi levantada a questão da “formalização” da Comissão Intersetorial, exigida pela Resolução CONANDA n.º 171/2014, artigo 2º. Colocou-se pela conselheira presidenta qu uma Resolução de 2014,  criara a “Comissão...”, então seria apenas trocar os nomes dos representantes que saíram. O representante do CDVDH-CB, com a concordância da assessoria do COMUCAA, situou que esta resolução mencionada não tem mais nenhuma validade, automaticamente “revogada”. A resolução, tratava sim da criação da “Comissão...”, mas no final acabou estabelecendo “parâmetros” para aprovação do SIMASE, e não do “Plano Decenal”.

Outro assunto, também se referindo a “plano” (neste caso ao “Plano de Ação do Selo UNICEF”) foi pautado pelo representante da Secretaria de Saúde, Gerisvaldo Cardoso Abreu, que alertou “... Açailândia está prestes a perder o Selo UNICEF, só não correu porque muitos municípios maranhenses estão na mesma situação...”.

A conselheira presidenta do COMUCAA afirmou que a articuladora do Selo UNICEF Edição 2013 -2016 Amazônia, Maria Cristina Conceição Slva, e a secretária executiva do COMUCAA, Maria de Fátima Sousa, estiveram em São Luis, junto ao UNICEF e eu tudo está bem, precisa realizar agora só o “II Fórum Comunitário” e preencher  o relatório, e que Açailândia vai sim ser certificada, pela segunda vez consecutiva.

Várias ações da saúde , como vacinações e campanhas contra o mosquito “aedes egipty”, além de ações da educação, compõe o “relatório” para o Selo UNICEF, o que foi contestado pela representante do Conselho de Saúde, Benilza Lusquinho, que disse jamais ter conhecimento que tais ações se referiam ao “Selo UNICEF”.

O que se teve de concreto, pela articulação do Selo UNICEF,  a “Comissão Interinstitucional” – então incipiente, foi a “II Semana do Bebê”, ainda em 2013, mas cuja proposta seria a realização anual, e o “I Fórum Comunitário”, em 2014, realizado na Igreja Batista Missionária.

Em apoio à colocação do representante da Secretaria de Saúde, o representante do CDVDH-CB disse estranhar que assim é, ou seja, o “regulamento” do Selo UNICEF estaria então todo “furado”, pois a mais de ano e meio não se tem “oficialmente” atividade alguma, e que jamais “funcionou “ duas instâncias participativas do Selo UNICEF, o Comitê Interinstitucional, com prioridade à representação da sociedade civil, e O NUCA/Núcleo de Crianças e Adolescentes.

A conselheira presidenta da COMUCAA afirmou que o “II Fórum Comunitário” será realizado dia 22 de julho, garantida a participação popular, e que a articulação do Selo UNICEF e o COMUCAA “convocarão/reconstituirão” brevemente o “Comitê Interinstitucional”.

Ao final da reunião, a conselheira presidenta do COMUCAA reafirmou sua disposição e compromisso na elaboração e aprovação do Plano Decenal, no prazo previsto pelo CONANDA., 03 de dezembro deste ano, buscando todos os recursos e apoios para sua consecução.

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