sábado, 30 de setembro de 2017

Fórum Regional das Entidades de Pessoas com Deficiência e Patologia Sul Maranhense reúne com Prefeito de Açailândia e entidades de apoio sobre o transporte público coletivo








A pedido do Fórum Regional das Entidades de Pessoas com Deficiência e Patologia Sul Maranhense, através do coordenador João Luís Soares, realizou-se na tarde da quinta-feira, 28/09, uma reunião com o Prefeito Jucelino Oliveira, secretariado e entidades  de apoio, do movimento social, bem como dos segmentos das pessoas com deficiência e idosas, estudantes e trabalhadores(as),  para discutirem a situação dos direitos ao transporte público coletivo urbano de Açailândia, diante de comentários que a atual empresa de ônibus concessionária, a Linux, operando a poucos meses, já estaria contabilizando muitos prejuízos financeiros diante da ‘concorrência dos táxis-lotação” e poderia deixar de operar, como aconteceu com a última, a São Francisco.

Diz João Luís, "o Fórum Regional apóia a decisão do Ministério Público Estadual, quanto a ‘ilegalidade dos táxi-lotação’ e o desrespeito aos direitos ao tranporte público, sobretudo prejudicando enormemente pessoas com deficiência, idosas, com mobilidade reduzida, mas também estudantes, trabalhadores(as) de vale-transporte."

Não é contra os “táxis-lotação”, mas desde que eles cumpram a lei, respeitem os direitos, o que não foi  assegurado quando Açailândia ficou sem ônibus ‘coletivos”. Houve um acordo, afirma João Luís Soares, “...que pessoas com deficiência e idosas teriam prioridade no assento da frente dos táxis, e pagariam meia-passagem, e que também se respeitaria a meia passagem para estudante, mas este acordo não foi cumprido, e dava muito problema.”  

“E o projeto de lei da Câmara de Vereadores, criando o ‘táxi-compartilhado’, vimos com inconstitucional e inviável na prática, não atenderá as pessoas com deficiência, idosas, estudantes, como não atendeu no passado...”, afirma João Luís Soatres.

“Agora, se a empresa Linux sair como se comenta nas ruas, teremos um prejuízo social muito grande, pois a empresa está com várias linhas e atendendo razoavelmente a população com deficiência e idosa, o direito à gratuidade, e não são ônibus ruins não”, diz João Luís Soares.

Com a realização da reunião, a expectativa do Fórum Regional é a de que a Prefeitura, a Câmara de Vereadores, o Ministério Público e o Judiciário, os taxistas e a empresa de ônibus busquem resolver com urgência a questão, sem nenhum prejuízo aos direitos ao transporte público coletivo.


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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DO MARANHÃO: Ausência de Conselheiros do Poder Público inviabilizam plenárias

(Da Agência Matraca, 28/09/2017)


As plenárias do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente não vêm sendo realizadas devido à ausência dos conselheiros do Poder Publico.


Para os representantes das organizações que compõe o Fórum dos Direitos da Criança e do Adolescente do Maranhão - Fórum DCA-MA, esse não comparecimento é muito grave, pois inviabiliza decisões fundamentais para crianças e adolescentes do estado do Maranhão, 


·         Fui conselheiro estadual do CEDCA-MA., PELO cdvdh-cb/Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascaran, em 2013-14. A ‘situação’ era – continuava – complicada, com falta de infra-estrutura e as mesmas ausênciasde conselheiros(as0, e em cada três assembléias, duas praticamente não tinham ‘quórum’ para deliberações.
·         Mudamos de sede, por falta de segurança e salubridade, e fomos ‘provisoriamente’ para a sede da FUNAC.
·         Foi um período, embora todas as dificuldades, transtornos, obstáculos, bastante produtivo, com atuação marcante em relação ao sistema de atendimento sócioeducativo, com significativos avanços no Estado.
·         Lamentável que a situação do CEDCA-MA continue dessa maneira, com o0 descaso governamental.

(Eduardo Hirata)





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terça-feira, 26 de setembro de 2017

Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes: Exploração Sexual também é crime de Trabalho Infantil








O Brasil tem um total de 149 rodovias federais, o que compõe uma malha viária de 76.686,8km. Além disso, existem 37 grandes portos organizados e ainda 34 aeroportos internacionais, segundo dados do Boletim Estatístico de fevereiro de 2017, da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Esses lugares concentram uma grande movimentação de pessoas e cargas e podem esconder diversos problemas sociais. Dentre eles, a exploração sexual de crianças e adolescentes. Uma realidade presente em vários pontos do território brasileiro, incluindo o Maranhão.

No ano de 2016, foram registrados 17,5 mil casos desse tipo de violência no estado, e desses, 20% eram de exploração sexual – a diferença entre abuso e exploração se dá porque no segundo existe um caráter lucrativo, de ganho do(s) explorador(es) por meio da criança explorada. Abaixo, montamos um detalhamento do perfil das vítimas com dados da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social do Maranhão (SEDES-MA):

É importante deixar claro que a exploração sexual de crianças e adolescentes é também um tipo de trabalho infantil, emuma das suas piores formas, um crime previsto no artigo 244 do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Postos de gasolina, lanchonetes, restaurantes, vendas à beira da estrada e outros lugares são registrados como pontos de exploração. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), junto com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a ONG Childhood Brasil, desenvolve, desde 2013, o Projeto Mapear, no qual, junto com os demais organismos de proteção, estrutura os pontos de exploração e realiza ações de combate à exploração sexual nesses locais.

O intenso tráfego de veículos e a posição geográfica do Maranhão fazem dele um estado muito propício a essas violações, reunimos alguns dados da Confederação Nacional de Transporte (CNT) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no gráfico a seguir que apontam para essas possibilidades de grande movimentação ferroviária e rodoviária:

Outro fator causador desses índices são as grandes obras às margens das rodovias, para as quais são levadas dezenas de trabalhadores, em sua maioria homens, e que por estarem geralmente longe de casa e das famílias procuram “serviços” sexuais de crianças e adolescentes da região próxima. Assim como caminhoneiros, que encontram em postos de gasolina, pontos de conveniência, povoados à margem das estradas, a possibilidade de abusar sexualmente dos garotos e garotas, geralmente em situação de vulnerabilidade social e que podem ser levados inclusive pelas próprias famílias a sofrerem essas violações.

O Maranhão tem 11 rodovias federais e127 rodovias estaduais, é um estado com movimentação portuária e rodoviária grande, por isso iniciativas como o Projeto Mapear são muito importantes, pois revelam dados e indicadores que podem ser estudados e monitorados, a fim de que sejam desenvolvidas estratégias, de vários setores da sociedade, visando à prevenção, ao enfrentamento e à efetiva proteção de crianças e adolescentes vítimas desse crime.


Texto: Vilma Santos
Foto: Correio Lageano

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·        Uma mãe desesperada me interpela nesta segunda-feira:” minha filha tá fora de casa há mais de cinco dias! Meu Deus o que vou fazer? Ninguém me ajiuda! O Conselho Tutelar, a Assistência Social, igrejas, tiveram aqui, mas não adianta nada, eu não tenho condição nenhuma de dar um jeito...”.
·        De verdade, é uma “situação” antiga, sem resolutividade pelo “sgdca/sistema de garantia de direitos de Crianças e Adolescentes- rede de atenção”, que falhou da ‘prevenção’, e falha muito mais agora, omitindo-=se na ‘proteção e defesa’ da ainda adolescente.
·        Uma jovem, “caso’ emblemático de mais de dez anos, quando então ainda criança, hoje perambula pelas ruas de Açailândia, seus lares o “casqueiro” e o entroncamento brs-222 e 010...
·        Não resultou muito, ao que parece, duas CPIs de “boa repercussão e impacto” aqui em Açailçândia: a impunidade dos acusados (acusados, não, condenados, sentenciados) bem como a desassistência às meninas vítimas e suas famílias e comunidades mostram claramente a “injustiça – jurídica como socioassistencial” e sua ineficácia.

(Eduardo Hirata)

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sábado, 23 de setembro de 2017

MSE/Medidas Socioeducativas e LGBTfobia: Conanda assina Nota sobre LGBTfobia e debate aumento do tempo de internação com o relator do PL na Câmara












MSE/Medidas Socioeducativas e LGBTfobia: Conanda assina Nota sobre LGBTfobia e debate aumento do tempo de internação com o relator do PL na Câmara



·            E aqui em Açailândia do Maranhão, como no resto do Brasil, nestes “tempos estranhos” conforme definiu o ministro do STF, Marco Aurélio Melo, estarrece a discriminação, o preconceito, o ódio contra LGBTs. 

·            E após dois eventos recentíssimos que trataram do assunto “MSE/Medidas Socioeducativas a Adolescentes em conflito com a Lei”, espera-se que Açailândia e sua “política municipal de atendimento dos Direitos de Crianbça e Adolescente/DCA” e o “sgdca/sistema de garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes” atenda e cuide melhor de seus/suas Adolescentes em conflito com a lei, em situações de violência, e de proteção como testemunhas ou ameaçados(as).

·            A seguir, Nota do CONANDA sobre os temas:
  
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Conanda assina Nota sobre LGBTfobia e debate aumento do tempo de internação com o relator do PL na Câmara
  


(Com base no ‘Portal do CONANDA., 22/09/2017)



O CONANDA/ Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente  assinou, na última semana, durante a 265ª Assembleia Ordinária do colegiado, nota pública conjunta com o Conselho Nacional de Combate a Discriminação de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT).


 A Nota reconhece a urgência em discutir e, principalmente, repudiar as violações de direitos humanos e de assassinatos de crianças e adolescentes por motivações LGBTfóbicas no Brasil.


 Na mesma oportunidade o Conselho recebeu o Deputado Federal Aliel Machado (Rede-PR), relator do Projeto de Lei n° 7.197, que trata da revisão das medidas socioeducativas e propõe o aumento do tempo de internação de adolescentes que cometeram ato infracional com resultado morte.


A Nota pública conjunta assinada pelo vice-presidente do Conanda, Marco Antônio Soares, e o presidente do CNCD/LGBT, Zezinho Prado, além de reconhecer a urgência do debate sobre a LGBTfobia pela sociedade, repudia a violência que decorre dela.

 A nota também reafirma o disposto no Art. 5º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que diz: “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”, propondo a união de esforços para enfrentar as violações de direitos e violências contra crianças e adolescentes LGBT.

Já o debate do pleno do Conanda com o Deputado Federal, relator do parecer da Comissão Especial da Câmara dos Deputados que trata da revisão das medidas socioeducativas e propõe o aumento do tempo de internação para adolescentes que cometerem atos infracionais com resultado morte.

 Aliel Machado, resultou no posicionamento contrário do colegiado ao texto proposto pelo Deputado. Para o Conanda, não há como negociar os direitos destes adolescentes, sendo o Conselho contra qualquer proposta que signifique retrocesso dos direitos adquiridos e previstos pelo ECA.

Antes do debate, foi apresentado à plenária do Conselho, e ao Relator, um estudo realizado pelo Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) que demonstra o impacto, também econômico, que o aumento do tempo de internação  traria para o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).

Segundo o Deputado, a proposta de aumento  do tempo de internação é resultado de um amplo debate e negociação com as bancadas mais conservadoras da Câmara e, portanto, defensoras da redução da maioridade penal que é outra proposta também em tramitação no Congresso, sendo por isso, para ele, a opção menos danosa e com mais chances de ser uma alternativa à redução da maioridade penal. Aliel reafirmou ao Conanda que esta, portanto, será a sua escolha para compor o relatório a ser apresentado para a Comissão Especial na próxima semana.


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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

“DIA NACIONAL DE LUTA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA” é comemorado em Açailândia-MA. Prefeitura em TAC com o MPMA finalmente se compromete com a acessibilidade em seus prédios








Aconteceu ontem pela manhã, na Câmara Municipal de Açailândia, evento comemorativo ao “Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência”, promovido pela 3ª Promotoria de Justiça da Comarca, que tem como titular a Promotora de Justiça Samira Merces dos Santos.

A assinatura de um TAC/Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta entre a 3ª Promotoria de Justiça de Açailândia e o Prefeito Jucelino Oliveira foi o momento significativo do dia. Nele, o Prefeito se comprometeu, num prazo de dois anos, a tornar plenamente acessíveis, conforme a lei, os prédios públicos municipais.

O prefeito ainda se referiu à questão do transporte público, e o direito à gratuidade às pessoas com deficiência,  com o embate táxis-lotação x empresa de ônibus, e ao terreno para a construção da sede da APAE/Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais.

A psicopedagoga Ivanilde Sobral, do Departamento de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação, proferiu uma palestra, ressaltando a importância do “Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência”.

Lideranças do “Movimento dos Direitos da Pessoa com Deficiência” se manifestaram, entre elas,  Ana Hélia Santos Soares, do COMDIPE/Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, e João Luís Soares, do Fórum Regional das Entidades de Pessoas com Deficiência e Patologia Sul Maranhense.

Entre as participações no evento, tivemos Maria do Socorro Gomes, presidenta do CMAS/Conselho Municipal de Assistência Social; Rosilda Pereira, da AEEA/Associação dos Estudantes Especiais; Lindomar Vieira Silva, da ASA/Associação dos Surdos de Açailândia; Francieudes Gomes, da ADEFIA/Associação dos Deficientes Físicos de Açailândia; José Vagner Mesquita Mendes, do CDVDH-CB/Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos; Sabryna Brito Alves,  da OAB/Ordem dos Advogados do Brasil, local;  Maria Cristina Conceição, da APAE.

Entre outras autoridades, tivemos o presidente da Câmara de Vereadores, Josibeliano Chagas Farias; o vereador Irmão Jorge; o procurador do município,  Saulo Vieira; as Secretárias Municipais de Educação, Maria Luisa Vieira Oliveira e da Saúde. Kerly Rodrigues Cardoso; o Secretário de Esportes e Juventude, Glen Hilton Soares Pereira, o Promotor de Justiça da Infância e da Juventude, Gleudson Malheiros Guimarães.


(Fotos: Ana Hélia Soares, isinaldo Lopes e  blog Maicon Sousa)

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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

21 de setembro – Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência




21 de setembro – Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência


O Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência é uma importante oportunidade para refletirmos sobre a importância da inclusão social.

·        (Com base no “Mundo Educação”)

 Entre os principais problemas enfrentados pelas pessoas com deficiência, está a falta de acessibilidade


No dia 21 de setembro, é comemorado, no Brasil, o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. Essa data foi oficializada em 2005 pela Lei Nº 11.133, entretanto, já era comemorada desde o ano de 1982.


O 21 de setembro foi escolhido porque está próximo do início da primavera, estação conhecida pelo aparecimento das flores. Esse fenômeno representaria o nascimento e renovação da luta das pessoas com deficiência.


Segundo a Lei Nº 13.146/15, a pessoa com deficiência é aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Assim sendo, o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência surgiu como forma de garantir a integralização dessas pessoas na sociedade de maneira igualitária e sem preconceitos.


·        Aqui em Açailândia do Maranhão, teremos um evento agora pela manhã na Câmara Municipal, promovido pelo Judiciário e Ministério Público Estadual.
(Eduardo Hirata)
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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Nota Pública do CONANDA contrária à proposta da PEC 33/2012 NÃO À REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL !

                                                          
                                                              NOTA PÚBLICA


 O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA, órgão colegiado permanente de caráter deliberativo e composição paritária, previsto no artigo 88 da lei nº 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

 vem à público reiterar seu posicionamento CONTRÁRIO à Proposta de Emenda à Constituição - PEC 33/2012 e apensadas, que propõe redução da maioridade penal, atualmente sob apreciação na CCJ do Senado, em razão dos seguintes fatos e fundamentos:


 As propostas de emenda à Constituição para redução da idade penal não são solução para a grave questão da violência no Brasil. Os adolescentes são as maiores vítimas desta violência, chegando a 26 mortes por homicídio (Dados do Mapa da Violência de 2015). Combater a violência exige a redução das desigualdades sociais e investimentos públicos substanciais em políticas com foco em educação, saúde, esporte, lazer, assistência social e geração de renda.

No Brasil, a pessoa maior de 18 anos de idade que pratica crime é processada e condenada nos termos previstos no Código Penal e suas respectivas sanções. A pena imposta deverá ser executada em presídios destinados aos adultos. E o adolescente (pessoa com mais de 12 anos e com 18 anos incompletos) de igual modo, também responde pelo ato infracional que pratica nos termos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente e na Lei nº 12.594/2012, que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE.

 A PEC 33/2012, e as outras a ela apensadas, são inconstitucionais, pois visam alterar dispositivo protetor de um direito fundamental, ou seja, que é cláusula pétrea, só podendo ser modificado mediante nova constituinte.

 Além disso, a proposta viola o princípio da proteção integral por desconsiderar a condição peculiar de desenvolvimento da criança e do adolescente, instituído pelo Artigo 227 da Constituição e regulamentado pela Lei 8.696/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente.

O CONANDA apresenta a presente Nota Pública, manifestando-se veementemente pela rejeição das propostas apresentadas na PEC nº 33, de 2012 e apensadas.

 O CONANDA, pelos motivos acima expostos, CONCLAMA o apoio dos Senadores que compõem a Comissão de Constituição e Justiça a rejeitarem a PEC 33/2012 e apensadas e;
convoca as entidades da sociedade civil a se insurgirem contra o retrocesso e ataque a direitos historicamente conquistados e consolidados, ameaçados pela referida Proposta de Emenda à Constituição.

                  
         CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

        

       











E aqui em Açailândia do Maranhão, o COMUCAA., correspondente municipal ao CONANDA, promoveu no ultimo dia 15 um seminário, ministrado pelo “Projeto Sementes/Pastoral do Menor/Rede Maranhense de Justiça Juvenil/CEDCA-MA”, com o tema “MSE/Medidas Socieducativas a Adolescentes em conflito com a lei”.
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·         Entre as questões mais estudadas e debatidas, com as intenções e compromissos, foram justamente relativas à “redução da maioridade penal”.
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·         Com a NOTA PUBLICA do CONANDA, seria bom tom nosso COMUCAA, o principal órgão local do ‘sgdca/sistema de garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes’ também emitir ‘Nota Pública’, com as conclusões do seminário e assumindo plena e vigorosamente o protesto e repúdio à  tentativa parlamentar de reduzir a maioridade penal.

(Eduardo Hirata)


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terça-feira, 19 de setembro de 2017

• “CURA GAY”?







·     “CURA GAY”?


O tema é renitente aqui em Açailândia do Maranhão,  como em todo o Brasil (Açailândia é Brasil!...).


Para a esmagadora maioria da população, não só evangélica, “gay” é um “sem vergonha, um depravado, que merece taca, cadeia e morte torturada pra deixar de safadeza”, como me disse um aposentado, evangélico “salvo pela  graça de Jesus”.


Como tenho cabelo comprido, faço rabo de cavalho, aparento ser um ‘espantalho, um et., um  coisa estranha’, pelo fato de ser japonês – não, sou brasileiro, paulista de nascença, maranhense de coração...- e mais ainda, posar de barbicha, bigode e barba rala...


Nos tempos do ‘Bin Laden’, a criançada me tinha por ele, e desde sempre, como “viado’ também – há muito uso cabelão comprido... Não sou gay, mas e se fosse, qual o problema que incomoda tantos(as) ‘irmãos/ãs’?


Lembro que alguns anos atrás, o executivo anterior encaminhou projeto de lei à Câmara Municipal, para a criação de quatro conselhos municipais, sendo um o de “Diversidade Sexual”.



 Na sessão, um “lobby’ de uma dezena de pastores (ou bispos, ou apóstolos, a alta hierarquia eclesial...) ‘intimidou’ a nobre edilidade, certamente com ‘ameaças’ de fogo eterno no inferno com o espeto do capeta belzebu...


 Os outros três conselho ‘passaram’, mas o da “Diversidade Sexual” (um dos pastores na ocasião me disse: “... Hirata, não dava mesmo pra aprovar esse conselho de gays...Açailândia é de Jesus!”.


E agora volta à tona a “cura gay”. Do jeito que é a nossa Açailândia, é bem capaz de vir a ser, sim, e entregue a(o)s ‘especialistas na cura gay’, que não serão psicólogos(as), psiquiatras, mas “as igrejas”, que hoje já se acham na “cura das drogas”,  e com bom recurso público...


E vamos que vamos, como diz o Boechat...


(Eduardo Hirata)

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A “cura gay” é mais uma chance de evangélicos ganharem dinheiro com a ignorância alheia. Por Kiko Nogueira



 No “DCM/Diário do Centro do Mundo”


 19 de setembro de 2017



A decisão da Justiça do Distrito Federal permitindo, em caráter liminar, que psicólogos possam tratar homossexuais como doentes abre espaço para a famigerada “cura gay”, empulhação de evangélicos e curandeiros doentes.


O Conselho Federal de Psicologia vai recorrer às instâncias superiores, mas a felicidade de fanáticos religiosas é imensa.


Num “debate” entre Marco Feliciano e o vlogueiro Felipe Neto no ano passado, um dos momentos mais estapafúrdios entre tantos momentos estapafúrdios foi quando o pastor e deputado declarou conhecer “mais de 5 mil” gays.

“Desses 5 mil, 90 por cento deles passaram por abuso sexual na sua infância. Foram abusados por algum adulto. Noventa por cento. Os outros dez por cento que sobraram tiveram transtorno com a figura do pai, transtorno com a figura da mãe. Foram violentados”, disse.

Em 2013, Marco Feliciano aprovou na Comissão de Direitos Humanos e Minorias um projeto de lei de um colega propondo a “cura gay”.

Garante que conhece várias pessoas que “largaram” o vício. Em junho do ano passado, convocou oito delas para dar um depoimento na Câmara.

O próprio Feliciano deveria passar por esse tipo de tratamento antes de prescrevê-lo aos outros. Algumas das técnicas usadas:
. “Profissionais” ligam eletrodos na genitália e passam filmes pornôs gays. Dependendo da reação, choque.
. Um emético é servido aos “pacientes” durante a exibição de — novamente — pornôs gays. O sujeito vomita enquanto assiste.
. Um outro método conhecido: reza. Ou, como fanáticos chamam, “intervenção espiritual”. Há sessões de “descarrego”.
. Em abril de 2012, o escritor Gabriel Arana descreveu sua experiência: o terapeuta culpou seus pais por sua homossexualidade e pediu-lhe para se distanciar de suas melhores amigas.
. Um jovem americano processou seu psicanalista depois que ele pediu que ele se despisse e se tocasse para se “reconectar com sua masculinidade”.

Nos EUA, Obama pediu a extinção dessa picaretagem. “Partilhamos da preocupação a respeito dos efeitos devastadores sobre as vidas de trangêneros, gays, lésbicas e bissexuais”, disse a assessora da Casa Branca, Valerie Jarret. Foi uma reação ao suicídio de Leelah Alcorn, transgênero de 17 anos que se atirou na frente de um trator.

Lá como cá, essa empulhação é uma obsessão da direita religiosa. Desde 1990 a Organização Mundial da Saúde não considera a homossexualidade uma doença.

Para além da burrice, do atraso e da demagogia, está a velha vontade de ganhar dinheiro.

Em 2013, pelo menos seis clínicas brasileiras ofereciam serviços de “conversão” — todas elas, ligadas a igrejas. Eis mais um filão a ser explorado por oportunistas em nome de Jesus.

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