Ano registrou 3ª queda
consecutiva, segundo dados do Caged desta sexta-feira (26)
Jornal do Brasil.
RJ, 26/01/2018.
O
Brasil encerrou o ano de 2017 com menos postos de trabalho, segundo
dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados
nesta sexta-feira (26). Dezembro foi o segundo mês consecutivo que apresentou
queda, com o fechamento de 328.539 postos de emprego, uma queda de 0,85%
em relação ao estoque de novembro.
De
acordo com os dados, as contratações, no ano passado, totalizaram 14.635.899, e
as demissões, 14.656.731. Com o fechamento de 20.832 vagas no acumulado do ano,
2017 é o terceiro ano consecutivo de saldo negativo, já que 2016 a queda foi de
1.326.558 vagas, enquanto 2015 teve 1.534.989 postos de trabalho fechados.
Apesar
do terceiro ano consecutivo com piora dos índices, 2017 representou leve
melhora em relação a 2015 e 2016. Segundo o coordenador de Estatísticas do
Trabalho do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães, o resultado de dezembro
"veio dentro das expectativas de mercado, que já esperava um saldo
consolidado do ano próximo da estabilidade”.
Setores com quedas e altas
Os
setores da Construção Civil e da Indústria de Transformação tiveram as maiores
reduções em 2017 (-103.968 e -19.900 postos, respectivamente). Já o saldo
positivo foi registrado na Agropecuária, com abertura de 37.004 postos em
2017, revertendo a queda de 2016 (-14.193 vagas); e em Serviços, com 36.945
novos postos, interrompendo as quedas de 2016 e 2015 (-392.574 e -267.927,
respectivamente).
Conforme
o Caged, no ano passado a geração de empregos formais foi liderada pelo
Comércio, com saldo positivo de 40.087 postos de trabalho formais. O resultado
foi superior aos de 2016, quando foram registradas perdas de 197.495 vagas, e
de 2015, quando foram fechados 212.756 postos.
Rio de Janeiro tem piores índices
Dentre
os estados que tiveram redução no número de vagas formais, Rio de Janeiro
(-92.192 postos), Alagoas (-8.255 postos), Rio Grande do Sul (-8.173 postos),
Pará (-7.412 postos) e São Paulo (-6.651 postos) tiveram os resultados mais
expressivos.
Entre as regiões do país com saldo positivo, o Centro-Oeste registrou
alta de 36.823 postos, e no Sul, foram geradas 33.395 novas vagas. Os números
confirmam a reversão da queda verificada nessas regiões em 2016 (-66.410 vagas
no Centro-Oeste e -147.191 no Sul) e em 2015 (-64.887 no Centro-Oeste e
-229.042 no Sul).
No Norte, houve fechamento de 26 postos no acumulado do ano, enquanto no
Sudeste (-76.600 postos) e no Nordeste (-14.424 postos) o Caged registrou
quedas na geração de emprego. Nos anos de 2016 e 2015, os saldos negativos
nessas regiões foram mais expressivos: Norte (-78.989 vagas e -97.111,
respectivamente); Sudeste (-791.309 e -892.689); e Nordeste (-242.659 e
-251.260).
Santa
Catarina teve abertura de 29.441 postos, Goiás teve alta de 25.370 postos,
Minas Gerais (24.296 postos), Mato Grosso (15.985 postos) e Paraná (12.127
postos).
Destaques de dezembro – O setor de Comércio, no mês
de dezembro do ano passado, teve saldo positivo de 6.285 empregos. Por
outro lado, Indústria de Transformação (-110.255 postos), Serviços (-107.535
postos), Construção Civil (-52.157 postos), Agropecuária (-44.339 postos),
Administração Pública (-16.400 postos), Extrativa Mineral (-2.330 postos) e
Serviços Industriais de Utilidade Pública (-1.808 postos) apresentaram quedas
no saldo de emprego formal.
O saldo
das cinco regiões do País refletiu os resultados setoriais. O Sudeste (-174.396
postos), Sul (-72.740 postos), Centro-Oeste (-34.808 postos), Nordeste (-34.332
postos) e Norte (-12.263 postos) tiveram redução do saldo no último mês do ano.
O mesmo aconteceu com as 27 Unidades Federativas, principalmente São Paulo
(-116.391 empregos), Minas Gerais (-36.446 vagas), Rio Grande do Sul
(-25.459 vagas), Paraná (-25.003 vagas), Santa Catarina (-22.278
vagas) e Rio de Janeiro (-15.578 vagas).
Novas modalidades – O
Caged registrou 5.841 desligamentos por acordo em dezembro. Houve 2.851
admissões para trabalho intermitente no mês, contra 277 desligamentos. Para
trabalho parcial, dezembro teve 2.328 admissões no último mês do ano, com 3.332
desligamentos, um saldo de -1.004 empregos.
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Segundo o IBGE, o Brasil começa 2018 com mais de 13 – treze
– milhões de desempregad@s, sem contar @s que migraram para o subemprego ou à
informalidade.
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Aliás, essa realidade brutal e perversa se constata no
cotidiano aqui de Açailândia do Maranhão, com o subemprego e a informalidade
num crescendo avassalador, e centenas de jovens, mulheres, homens, ‘correndo’
atrás de emprego.
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Enquanto isso, o gigante adormecido impávido colosso
assiste boquiaberto, das gerais descobertas, o congresso nacional, o governo
federal, o judiciário, aniquilarem sadicamente direitos e conquistas
trabalhistas e previdenciários, pregando que com isso, atacando o povão, salvam
a nação e viva o Brasil!
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(Eduardo Hirata)