domingo, 28 de janeiro de 2018

DIA NACIONAL DE COMBATE AO TRABALHO ESCRAVO – 29 de Janeiro- : Plenária aberta do CDVDH-CB/ Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascaran, para a construção da RAICE/Rede de Ação Integrada de combate ao Trabalho Escravo

 Trabalho Escravo: Frei Xavier Plassat, da  Comissão Pastoral da Terra (CPT) afirma que a redução no número de trabalhadores resgatados em  2017 não significa menos ocorrência do crime no Brasil.  A situação está mais invisível, enquanto o governo deixou de priorizar o combate.

(De vários veículos de comunicação)

Marcado pela tentativa do governo de esvaziar o combate ao trabalho escravo por meio de portaria que mudava conceitos e regras de fiscalização, o ano de 2017 terminou com 404 homens e mulheres resgatados de condições análogas à escravidão no Brasil. O número é 46% menor que o registrado em 2016, quando 751 foram retirados da situação por auditores-fiscais do Ministério do Trabalho. A quantidade de inspeções também caiu, de 207 para 184.


Dos 404 trabalhadores resgatados em 2017, 107 (26%) estavam em regiões metropolitanas, principalmente nos setores da construção civil (60 resgatados) e do setor têxtil (27). Na área rural, os segmentos com mais flagrantes foram agricultura, pecuária e produção florestal. Mato Grosso é o campeão de resgates (78 trabalhadores), seguido por Pará (72) e Minas Gerais (68).

Coordenador da campanha contra o trabalho escravo da Comissão Pastoral da Terra (CPT), o frei Xavier Plassat afirma que a redução no número de trabalhadores resgatados não significa menos ocorrência do crime no Brasil. Pelo contrário, os dados, segundo ele, apontam que a situação está mais invisível, enquanto o governo deixou de priorizar o combate.

O frei lembra que as restrições orçamentárias no ano passado chegaram a paralisar as inspeções em algumas partes do país. Além disso, ele aponta o deficit de auditores-fiscais e uma sofisticação do crime que dificulta denúncias e inspeções.

— Está mais difícil saber. Não se faz apelo público no interior do Pará e do Maranhão, até pelo rádio como ocorria há 10 anos, para aliciar trabalhadores — diz Plassat, acrescentando:

— É um crime invisível e que permanece. Monitoramos essa situação desde 1997 e não há indícios de redução de trabalho escravo no último ano.


Plassat não atribui a queda de resgatados ao impasse criado pela portaria do governo do ano passado, que modificou o conceito de trabalho escravo e dificultou as fiscalizações. Segundo ele, o problema foi solucionado com rapidez, após a repercussão negativa internacional e a suspensão da norma pelo Supremo Tribunal Federal. Depois disso, o governo substituiu a portaria.

Em 2017, o número de fiscalizações da equipe móvel do trabalho escravo, que faz ações mais pontuais, superou o das superintendências regionais, que têm mais capilaridade e capacidade de resposta. Historicamente, as equipes locais sempre foram mais atuantes que o grupo volante. O fato é considerado sintomático de um desmantelamento da política pública de combate ao trabalho escravo.

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* Aqui em Açailândia do Maranhão, o “Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo – 29 de janeiro” contará com evento no CDVDH-CB/Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascaran.

·        Será uma “plenária aberta” para a construção da RAICE/Rede de Ação Integrada para combater a Escravidão.

·        O local será a sede do CDVDH-CB, Rua Bom Jesus, nº 576, Centro, a partir das 0900 horas.

·        O CDVDH-CB, em várias parcerias, destaca-se nacionalmente em ações de prevenção e combate ao trabalho escravo, a superexploração e a precarização do trabalho.




O dia 28 de janeiro é o DIA NACIONAL DE COMBATE AO TRABALHO ESCRAVO, assim, no próximo dia 29 o CDVDH/CB estará organizando uma roda de conversa para a apresentação do Projeto Rede de Ação Integrada para Combater a Escravidão – RAICE – que tem como objetivo a construção de uma rede de trabalho efetiva que envolva poder público, sociedade civil organizada e comunidade no geral, para todos/as juntos/as enfrentarmos o Trabalho Escravo, suas origens e consequências. 

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Então venha participar, no dia 29, às 9h00, na Sede do CDVDH/CB (Rua Bom Jesus nº 576, Centro, Açailândia/MA).