sexta-feira, 10 de junho de 2016

COMUCAA “retoma” o processo de elaboração, discussão e aprovação do “PLANO DECENAL MUNICIPAL DE DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES”








COMUCAA “retoma” o processo de elaboração, discussão e aprovação do “PLANO DECENAL MUNICIPAL DE DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES”



Reunião realizada na tarde da quinta-feira, 09/06/2016, na sede do COMUCAA/Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Açailândia-MA., “retomou” o processo de elaboração, discussão e aprovação do “PLANO DECENAL MUNICIPAL DE DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇADS E ADOLESCENTES”, previsto pelas Resoluções CONANDA/Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente n.ºs 161/2013 e 171/2014, e por deliberações das 9ª e 10ª Conferências Nacionais dos Direitos da Criança e do Adolescente (2012 e 2016, respectivamente).

Embora sem “convocação oficial”, e reunião foi ao final considerada uma “retomada”do processo de elaboração, discussão e aprovação do Plano Decenal Municipal, iniciado em 2014, com a aprovação e lançamento pelo COMUCAA do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo /Sistema Municipal de Atendimento Socioeducativo, que em praticamente dois anos, sequer teve atividade de “acompanhamento ou avaliação de implementação”.

O COMUCAA, desde então, decidira por um Plano Decenal que “atualizaria” e consolidaria todos os planos municipais de direitos de Criança e Adolescente vigentes, mas “ficou” só no do atendimento socioeducativo (atendimento a adolescentes e jovens infratores/as), “esquecendo-se “ dos demais (Enfrentamento da Violência Sexual, Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalho de Adolescente, Convivência Familiar e Comunitária, entre outros). Os grupos e comissões de monitoramento da implementação desses planos simplesmente “desapareceram do cenário, salvando-se, aos trancos e barrancos, o “Grupo de Monitoramento do Plano de Monitoramento do Plano Municipal de Enfrentamento à Viol~encia Sexual contra Crianças e Adolescentes”.

Na “hecatombe” da administração da ex-prefeita, a cassada Gleide Lima Santos, “afundou-se” também o COMUCAA , nas gestões 2013, 2014 e 2015, presididas por Ivanize Mota Compasso Araújo (Secretaria de Assistência Social/SEMAS), Ismael Martins de Sousa (Associação de Esportes Coração da Vila) e Manoel Messias Soares (Associação Esportiva Bola de Ouro),com repercussões ainda negativas, neste 2016, presidida por Angela Márcia Lima Santos.

Na reunião da “retomada” do Plano Decenal Municipal, decidiu-se por um calendário do “Comitê Intersetorial”, a ser “recomposto” pelo COMUCAA, e que tem suas competências e responsabilidades conforme definidas no artigo 4º da Resolução CONANDA n.º 161/2013, ratificada pela Resolução n.º 171/2014, entre elas definir plano de atividades e elaborara a proposta do Plano Decenal, articulando junto às instituições integrantes do sistema de garata de direitos de Crianças e Adolescentes/rede de atendimento para sua participação efetiva no processo de elaboração  do Plano; assegurar  neste processo a participação ativa de Crianças e Adolescentes; submeter a minuta do Plano Decenal à consulta pública.

Ao COMUCAA, compete especificamente as atribuições previstas no artigo 5º, da Resolução CONANDA n.º 161/2013, entre elas aprovar o Plano Decenal elaborado pelo Comitê Intersetorial; apoiar e articular a implementação das ações do Plano Decenal; encaminhar o Plano Decenal, que tem prazo de aprovação até 03 de dezembro deste 2016, conforme e Resolução CONANDA n.º 171/2014, ao CONANDA.

O calendário aprovado para as reuniões do “Comitê Intersetorial” é o seguinte:  21/06, 07/07, 28/07, 25/08, 1º/09, 22/09, ficando 29/09 como “reserva” para finalização da minuta do Plano Decenal, a ser então encaminhado ao plenário do COMUCAA. Essas reuniões terão como local a sede do COMUCAA, iniciando às 0900 horas.

Confirmou-se que a coordenação do “Comitê Intersetorial” caberá à Comissão Permanente de Política de Atendimento do COMUCAA, que definirá os(as) dois(duas) Conselheiros(as) membros.

O COMUCAA comprometeu-se a realizar com a brevidade e efetividade  possível, a convocação das instituições , previstas no artigo 2º d Resolução CONANDA n.º 161/2013, e indicando membros titular e suplente, para a “recomposição do Comitê Setorial”, desativado a quase dois anos.

Um “kit” com cópias de todos os Planos Municipais vigentes, aprovados pelo COMUCAA ( inclusive o seu, de Ação, de 2012,  do Selo UNICEF, do Atendimento Socioeducativo produzido junto à Rede Maranhense de Justiça Juvenil) além do Plano Decenal Nacional, será fornecido a cada membro do Comitê, antes mesmo da primeira reunião “oficial” da retomada, prevista para   o próximo dia 21.

Participaram da reunião de “retomada” do processo de elaboração do Plano Decenal Municipal: as Conselheiras Tutelares Edna Maria Alves dos Santos, que conduziu a reunião, e Terezinha Braz Almeida; as Conselheiras do COMUCAA Angela Márcia Lima Silva (Presidenta), Gele Maria Sousa Santos (Secretária) e Daynna de Oliveira Sousa Noleto (Presidenta da Comissão Permanente de Política de Atendimento);  Veronice Pereira Carvalho, Assistente Social e Assessora do COMUCAA; Licia Raquel Almeida, agente administrativa e que será a secretária do “Comitê Intersetorial”; Evelyn Caroline Nunes, agente administrativa do COMUCAA; Raimundo Rodrigues da Slva, secretário executivo do Fórum DCA Açailândia; Viviane Araújo, do CRAS/Centro de Referência de Assistência Social – Centro, e Katherine Cristina da Silva Barroso, representante da SEMAS.

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quinta-feira, 9 de junho de 2016

Audiência Pública da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados tem a participação co Presidente do CONANDA, Fábio Paes, e protestos contra fala de Marcos Feliciano

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados, na manhã e começo da tarde desta quinta-feira, 09/06, realizou uma Audiência Pública, para tratar da situação da violência sexual contra Crianças , Adolescentes, jovens e mulheres, no foco nacional devido ao “caso do estupro coletivo contra uma jovem de 16 anos de idade, no Rio de Janeiro”.

A sessão foi presidida pelo deputado Luiz Couto (PT-PB), e contou como na mesa de palestrantes, com o Conselheiro Presidente do CONANDA/Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Fábio Paes.

Ele destacou a atuação do C0NANDA no enfrentamento dessa situação, contra a “cultura do estupro”, ressaltando as questões cultural, estrutural  e de mudança curricular escolar, a partir dos primeiros anos do ensino fundamental.

O CONANDA deverá, a partir da Audiência Pública, publicar uma “cartilha” para o enfrentamento, e “baixar” uma Resolução para melhorar o enfrentamento.

Disse que o “sistema (sgdca/sistema de garantia de direitos de Crianças e Adolescentes”, que deveria proteger, acaba violando esses direitos, e deu como exemplo,o o fato de que grande parte dos Conselhos Tutelares é composto por “fundamentalistas religiosos, conservadores”, que na prática, não tem nada de defensores e zeladores de direitos, o que foi confirmado pela conselheira tutelar do DF., que afirmou “... somos 200- duzentos – no DF., mas a maioria de fato são fundamentalistas e negam direitos sexuais de Crianças e Adolescentes, e culpam as mulheres”.

Estarrecedor o depoimento de uma militante de Direitos Humanos, indígena, que relatou que foi estuprada aos quinze anos, e que é “tradição”, como fato “colonialista”, o estupro das jovens e mulheres indígenas.

Citado pelo deputado Chico Alencar, do PSOL, irrompeu na Audiência o deputado marcos Feliciano (PSC), que ratificou que, para ele, não existe “cultura do estupro” de jeito nenhum, que o brasileiro não é estuprador por cultura, mas por um bando de delinqüentes que não respeitam mulheres.  A presença de Marcos Feliciano acirrou os ânimos e levantou protestos, com apupos, vaias e cantorias das participantes da Audiência. Eleafirmou que o “problema é a erotização” e eu cabe à família, unicamente, a ‘educação sexual”, não podendo a escola tratar do assunto, ao contrário do que defende o Presidente do CONANDA.

A Audiência Pública ressaltou ainda a importância do ECA/Estatuto da Criança e do Adolescente e na Lei Maria da Penha, no enfrentamento à violência sexual.   
(Foto: Fábio Paes, Conselheio Presidente do CONANDA)


(Por Eduardo Hirata)


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quarta-feira, 8 de junho de 2016

“Me deu uma coisa na cabeça”, diz menor que matou cães e uma pessoa a facadas na Zona Rural de Açailandia




(Do blog “Antonio Marcos”, 07/06/2016, Açailândia-MA)


Foi apresentado no início da noite desta segunda-feira (06), na Delegacia Regional de Açailandia, um caso no mínimo inusitado, um menor de 17 anos de idade que confessa ter matado a facadas, dois cães e um ex-colega de trabalho. O fato aconteceu por volta das 23h do último Domingo (05) no Povoado Novo Bacabal, Zona Rural de Açailandia.
Ao ser indagado pelo Delegado Tiago Filipini (Titular do 1º Distrito Policial) sobre o porquê de ter cometido os crimes, o menor que é viciado em drogas, confessa a autoria dando riqueza de detalhes.
O jovem relata que estava indo pra casa em companhia da vítima, seu ex-colega de trabalho quando deu “uma coisa ruim na cabeça” e quando se deu conta já tinha desferido uma facada na vítima identificada apenas como “Mineirinho”, que ficou com as vísceras de fora, vindo a óbito no local.
Antes de matar o ex-colega de trabalho, o menor matou dois cães sob alegação de ter sido atacado por eles, e corou os pneus de veículo que se encontrava estacionado nas proximidades.
A apreensão do suspeito foi efetuada por uma guarnição da Força Tática da 5ª Companhia Independente de Polícia Militar de Açailandia, composta pelo Cabo Fernando e Soldados Rocha e R. Santos.


·         Não, não é um caso inusitado, extraordinário. É de um quadro cotidiano, tornando-se costumeiro, rotineiro, comum... Cada vez mais e mais Adolescentes (e Crianças), vitimados(a)  pelo abandono material e intelectual, diante das inabilidades familiares e do “poder público”, se envolvem no “mundo das drogas, da criminalidade”, impotentes diante do avassalador “sistema” que corrompe e desvirtua suas mentes e corpos, e diante do descaso, da fragilidade e da incompetência do “sistema de garantia de Direitos”, que não detecta, não previne, e porisso, não atende e não ‘trata’ quem precisa...
Pelos Conselho Tutelar, CRAS, CREAS, escolas, saúde pública,  Defensoria Pública, Ministério Público, Judiciário, Policias Civil e Militar, chegam e “passam” os casos, numa contabilidade que nunca fecha, pela irresolutividade...
A comprovação se confirma com noticias como essa, desse jovem. “Me deu uma coisa na cabeça “ não é apenas e tão somente a resposta dele, mas de quase toda uma geração entregue à própria sorte em nosso município.
A própria família, a sociedade, o”poder público”, certamente têm coisas muito mais importantes a cuidar, do que dar atenção ao “futuro da nação”: o que importa é o agora, é o presente...

(Eduardo Hirata)


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