(Do
blog “Antonio Marcos”, 07/06/2016, Açailândia-MA)
Foi
apresentado no início da noite desta segunda-feira (06), na Delegacia Regional
de Açailandia, um caso no mínimo inusitado, um menor de 17 anos de idade que
confessa ter matado a facadas, dois cães e um ex-colega de trabalho. O fato
aconteceu por volta das 23h do último Domingo (05) no Povoado Novo Bacabal,
Zona Rural de Açailandia.
Ao ser
indagado pelo Delegado Tiago Filipini (Titular do 1º Distrito Policial) sobre o
porquê de ter cometido os crimes, o menor que é viciado em drogas, confessa a
autoria dando riqueza de detalhes.
O jovem
relata que estava indo pra casa em companhia da vítima, seu ex-colega de
trabalho quando deu “uma coisa ruim na cabeça” e quando se deu conta já tinha
desferido uma facada na vítima identificada apenas como “Mineirinho”, que ficou
com as vísceras de fora, vindo a óbito no local.
Antes
de matar o ex-colega de trabalho, o menor matou dois cães sob alegação de ter
sido atacado por eles, e corou os pneus de veículo que se encontrava
estacionado nas proximidades.
A
apreensão do suspeito foi efetuada por uma guarnição da Força Tática da 5ª
Companhia Independente de Polícia Militar de Açailandia, composta pelo Cabo
Fernando e Soldados Rocha e R. Santos.
·
Não, não é
um caso inusitado, extraordinário. É de um quadro cotidiano, tornando-se
costumeiro, rotineiro, comum... Cada vez mais e mais Adolescentes (e Crianças),
vitimados(a) pelo abandono material e
intelectual, diante das inabilidades familiares e do “poder público”, se
envolvem no “mundo das drogas, da criminalidade”, impotentes diante do
avassalador “sistema” que corrompe e desvirtua suas mentes e corpos, e diante
do descaso, da fragilidade e da incompetência do “sistema de garantia de
Direitos”, que não detecta, não previne, e porisso, não atende e não ‘trata’
quem precisa...
Pelos Conselho
Tutelar, CRAS, CREAS, escolas, saúde pública, Defensoria Pública, Ministério Público,
Judiciário, Policias Civil e Militar, chegam e “passam” os casos, numa
contabilidade que nunca fecha, pela irresolutividade...
A comprovação se
confirma com noticias como essa, desse jovem. “Me deu uma coisa na cabeça “ não
é apenas e tão somente a resposta dele, mas de quase toda uma geração entregue
à própria sorte em nosso município.
A própria família, a
sociedade, o”poder público”, certamente têm coisas muito mais importantes a
cuidar, do que dar atenção ao “futuro da nação”: o que importa é o agora, é o
presente...
(Eduardo Hirata)
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