terça-feira, 13 de agosto de 2013

Brasil: 5,5 milhões de crianças sem pai no registro




Veículo(s)

(Do Portal da ANDI, 12/08/2013)


Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com base no Censo Escolar de 2011, apontam que há 5,5 milhões de crianças brasileiras sem o nome do pai na certidão de nascimento.

 O estado do Rio lidera o ranking, com 677.676 crianças sem filiação completa, seguido por São Paulo, com 663.375 crianças com pai desconhecido. O estado com menos problemas é Roraima, com 19.203 crianças que só têm o nome da mãe no registro de nascimento.

 "É um número assustador, um indício de irresponsabilidade social. Em São Paulo, quase 700 mil crianças não terem o nome do pai na certidão é um absurdo", diz Álvaro Villaça Azevedo, professor de Direito Civil da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e diretor da Faculdade de Direito da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap).

Segundo o professor, ter o nome do pai na certidão de nascimento é um direito à personalidade e à identidade de toda criança.

 "Além disso, é uma questão legal para que essa pessoa possa ter direito a receber herança, por exemplo", afirma.


E aqui em Açailândia, a quantas e quantos anda a situação?
Menos mal que campanhas, como por exemplo, promovidas pelo Judiciário e pelo Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia (hoje Carmen Bascaran), buscaram “melhorar” essa situação.
Ou a da emissão do registro na própria “maternidade pública”...
Mas a realidade é que ainda centenas, talvez milhares de Crianças e Adolescentes, não tem esse direito respeitado, o direito ao nome do pai (e dever deste...).
Lamentável é que outras campanhas e movimentos não deram resultado algum, apenas muito blá-blá e solenidades pomposas, desperdício de recursos públicos, demagogia e marketing politiqueiro (me lembro de uma lançada no Santa Maria Hotel pelo governo estadual, aí por meados da primeira década do segundo milênio...).
Enquanto se brinca de “efetivar Direitos e fazer Cidadania”, neste Brasil Democrata Republicano, Crianças e Adolescentes sofrem, pela falta do nome do pai em sua certidão de nascimento, “bullying” na escola, e constrangimentos em toda parte, quando se trata de fichas, cadastros, formulários, inscrições...


(Eduardo Hirata, da Secretaria Executiva do Fórum DCA Açailândia)