sábado, 21 de novembro de 2015

DE QUEM SÃO AS VAGAS NOS CONSELHOS MUNICIPAIS? DE PESSOAS OU DE ENTIDADES CIVIS, CLASSISTAS E PÚBLICAS-GOVERNAMENTAIS?










Nos DCA\/Direitos da Criança e do Adolescente açailandense, e sobretudo na sua principal instituição, o COMUCAA, uma das discussões que tem gerado discórdias e desentendimentos é sobre “a quem pertencem as vagas no Conselho (por extensão a todos os Conselhos Municipais, exceto o Tutelar).


 A questão surgiu em consequência da substituição da representação do Protagonismo Infanto-Juvenil (Adolescentes) no COMUCAA.


 Ocorre que a Conselheira Adolescente titular e o Conselheiro Adolescente suplente não vinham participando, a meses, das atividades do Conselho, e não só em razão das cobranças, mas em razão da lei, o Fórum DCA Açailândia , através de sua Secretaria Executiva, a quem cabe a escolha e o preenchimento das seis vagas da sociedade civil, inclusive a do Protagonismo Infanto-Juvenil, fez a substituição.


 E então se “verificou” que de fato, uma só entidade ocupava duas vagas, com o “consentimento” do COMUCAA, sendo uma deste Protagonismo Infanto-juvenil, o que contraria o artigo 8º, II da Lei Municipal n.º 132/97.


 Mas a lei é bem clara e incisiva: a vaga no Conselho (todos os Conselhos Municipais) é de entidade, da sociedade civil, ou classista, e de órgãos públicos, que indicam seus representantes (Conselheiros/as).,e não de pessoas.


Preocupante que não é só no COMUCAA tal questionamento quanto à composição (no caso, o Fórum DCA tenta corrigir uma situação que entende irregular, contra a interpretação do COMUCAA) e funcionamento.


O Fórum DCA substituiu a representante Adolescente faltosa nas atividades do COMUCAA, e é negativamente criticado,  mas e as  outras representações faltosas (Secretarias Municipais de Administração, Saúde, Educação, que não dão as caras há meses e meses; ou a Cultura e o Desporto e Lazer, que aparecem de vez em quando...)  que já atropelaram o Regimento, as normas, as leis, o bom senso, a boa educação, a ética, etc, e não estão nem aí, como se diz...


Segundo informações, o Conselho Municipal de Saúde foi convocado pelo Ministério Público Estadual, justamente para “esclarecer” quanto à sua composição, no segmento “Usuários/as”, que tem 10 -dez-vagas.


 Pelo que se desprende, sete entidades ocupam as dez vagas, pois três delas têm duas vagas cada!


Realmente, de direito e de fato, passou da hora do Município, e do Ministério Público, com a Câmara Municipal também participando, levantar e discutir sobre a realidade e a situação dos praticamente 20-vinte- Conselhos Municipais açailandenses, que custam um bom recursos aos cofres públicos, entre manutenção e funcionamento!



(Eduardo Hirata, 20/11/2015)



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