quinta-feira, 14 de setembro de 2017

AÇAILÂNDIA e o ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO: segunda etapa da “Formação Continuada do SGDCA 2017”










Confirmada para esta sexta-feira, 15/09, a partir das 0800 horas, ho salão da ACIA/Associação Comercial e Industrial de Açailândia, Rua Maranhão, n.º 1.170, Bairro GETAT, a segunda etapa, ou segundo módulo, da “Formação Continuada do SGDCA/Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes”, com o tema “Atendimento às Medidas Socioeducativas/MSE”.


Promovida pelo COMUCAA/Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, a formação será ministrada pelo “Projeto Sementes”, articulado pela “Rede Maranhense de Justiça Juvenil”.


A realidade do ‘atendimento às medidas socioeducativas para adolescentes em conflito com a lei’, com a execução das medidas socioeducativas/MSE em meio aberto (LA/Liberdade Assistida e PSC/Prestação de Serviços à Comunidade) e privativas de liberdade (Semi-liberdade e Internação), de acordo com o ECA/Estatuto da Criança e do Adolescente, artigos 112 a 125, e com a “Lei do SINASE/Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo” (Lei n.º 12.594/2012) , aqui em Açailândia do Maranhão, nada fica a dever em relação ao Maranhão e ao Brasil, ou seja, uma “triste e intolerável realidade”.

Desde 2004, Açailândia perdeu 04 (quatro) adolescentes, assassinados quando cumpriam MSE na Maiobinha e no Centro de Juventude Esperança, unidades de internação da FUNAC/Fundação de Assistência à Criança e ao Adolescente, órgão do governo estadual.

E pelo menos 20 (vinte), sendo duas jovens, assassinados(as) após cumprirem MSE, em Imperatriz ou na ilha de São Luís, e também cumprindo MSE em meio aberto, aqui mesmo em Açailândia (caso de um adolescente assassinado  um ano atrás), ou medidas de proteção, aplicada pelo CONTUA/Conselho Tutelar.

O atendimento socioeducativo no município é fonte de reclamações de famílias e da comunidade, pela ineficiência e irresolutividade, a que se atribui a falta de condições e recursos humanos, materiais e financeiros para melhor atenção.

E de preocupações a todo SGDCA.

Mas Açailândia já viveu um período intenso de muitos estudos e discussões, na construção de um ‘plano de atendimento’, o “SISTEMA MUNICIPAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO EM MEIO ABERTO”, obra de uma iniciativa da “Rede Maranhense de Justiça Juvenil”, entre 2010 e 2013, e que envolveu não só nosso Município (com diversas instituições) mas também os municípios de Imperatriz e São Luís.

No entanto, de 2013 para cá, ‘ficou por isso mesmo’: Açailândia ‘afastou-se da Rede Maranhense de Justiça Juvenil’, e nunca mais ‘estudou ou discutiu ou avaliou’, de maneira mais ampla e participativa, o atendimento socioeducativo a seus/suas Adolescentes em conflito com a lei.

O ‘plano’ construído – o “Sistema” proposto na Rede Maranhense de Justiça Juvenil – simplesmente tornou-se um volume arquivado, e a “lei do SINASE” bem como o Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo continuam dois  desconhecidos na comunidade DCA.

Tomara que, com a ‘formação’ desta sexta-feira, Açailândia retome com vigor, como foi no período anteriormente mencionado, os estudos, debates, monitoramento, avaliação de nosso atendimento socioeducativo, no momento que sofremos um verdadeiro genocídio e extermínio de nossa juventude, sem políticas de prevenção, e de ineficácia e irresolutividade das medidas socioeducativas em meio aberto, a considerar a situação de dezenas e dezenas de Adolescentes e famílias expostas e “em atendimento’.

Em tempo: o Senado Federal volta a ‘desengavetar’ seu projeto de lei de redução da maioridade penal...
E agora?...


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COMISSÃO DO SENADO RETOMA A ANÁLISE DA PEC 21/2013 QUE PREVÊ A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL DE 18 PARA 16 ANOS


(Várias fontes noticiosas. 11 de setembro de 2017)



Senado retomará a análise da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 21/2013), que prevê a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, após praticamente dois anos. Na próxima semana, o texto será incluído na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).


Presidente do colegiado, o senador Edison Lobão (PMDB-MA) afirmou que a intenção é votar o parecer do relator Ricardo Ferraço (PSDB-ES) já na próxima semana. Em abril do ano passado, em meio às análises sobre diversas propostas que reduzem a maioridade, Ferraço questionou a atual limitação de 18 anos.


 O senador tucano destacou em seu relatório que o país está “diante
de uma ficção jurídica”, que não possui “ligação necessária com a realidade concreta e que desconsidera se o agente era ou não capaz de entender o caráter ilícito do fato.


O tema havia sido uma das principais bandeiras do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje preso pela Operação Lava Jato, mas estava esquecido no Congresso desde meados de 2015. Segundo Ferraço, a onda de violência no país fez ele desengavetar a proposta. “Temos de enfrentar esse tema.”


O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), adiantou que, se o projeto for aprovado na CCJ, será colocado em votação no plenário assim que houver o pedido dos líderes da Casa.



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