quinta-feira, 15 de junho de 2017

15 de junho: Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa





15 de junho:

Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa


(Radio  Agencia nacional, 15/06/2017)



São muitas as formas de violência contra a pessoa idosa: maus-tratos físicos e psicológicos, coação, exploração econômica, negligência, restrição de liberdade, dor. 

A violência contra idosos é considerada um fenômeno mundial. Não são raros casos de idosos agredidos por quem deveria cuidá-los. Essas violações acontecem, geralmente, com idosos dependentes de cuidados especiais, que não têm mobilidade, que estão enfermos ou perderam as forças para lutar.

Neste cenário, que infelizmente tem atravessado gerações, foi criado em 2006 o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. Uma iniciativa da Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa e da Organização das Nações Unidas, com o objetivo de criar uma consciência social e política da existência desse tipo de violência.

A população idosa cresce e se diversifica em vários países. E no Brasil não é diferente. Estudos indicam que até 2050 haverá duas vezes mais idosos do que crianças no País. É preciso garantir um envelhecimento digno e pleno.

É fundamental lançar um olhar mais atento, mais apurado a este tipo de violência permanente: mais de 80% dos casos de violência contra idosos acontece dentro de casa, onde os cuidados são negligenciados.

O Brasil possui um conjunto de leis – como o Estatuto do Idoso –, além de dispositivos e ações interdisciplinares, que promovem o envelhecimento saudável e asseguram o cumprimento de direitos garantidos por lei; participação social e cuidados de atenção especial à saúde.

A pessoa idosa merece ser bem tratada, e isso não pode e nem deve ser encarado como um simples favor, mas como dever de todos.



·        E aqui em Açailândia do Maranhão, que realidade temos? A violência contra a pessoa idosa não é tão visível, como a violência do tráfico, ou a do trânsito. Certamente porque na maioria das situações, as agressões, as explorações e abusos, a violência, é praticada por membros da família, no sagrado do lar.
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Mas o que se tem de relatos não é pouco, sobretudo de exploração econômica, pela apropriação e utilização de boa parte dos “aposentos” das pessoas idosas. Não se tem uma estatística ‘publicizada’, mas deve impressionar o montante de famílias que dependem total, ou quase totalmente, desses “aposentos” (assim como do bolsa-família...).
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  Ocorre que na maioria dos casos, essa “dependência” se dá ás custas das necessidades da própria pessoa idosa “aposentada e provedora”, significando prejuízos principalmente à sua saúde.

·        O que espanta também é a fragilidade, a praticamente impotência dos órgãos, programas, serviços de promoção, proteção e defesa dos Direitos da Pessoa Idosa. As denúncias muitas vezes “não andam”, por mil e um motivos, e em todo o “sistema”, desde o Conselho Municipal dos Direitos do Idoso/CMDIA, passando pelos CRAS/Centros de Referência de Assistência Social, CREAS/Centro de Referência Especializado de Assistência Social, Defensoria Pública, Ministério Público, Policias Militar e Civil...

·        Em tempo: parece que a data passa em branco em Açailândia...

(Eduardo Hirata)

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