domingo, 29 de dezembro de 2013

COMO AVALIAR 2013 DE AÇAILÂNDIA DO MARANHÃO?





COMO AVALIAR 2013 DE AÇAILÂNDIA DO MARANHÃO?


Passando pelas brs, avenidas e ruas, moradias e estabelecimentos da cidade, nos damos conta que 2013 chegou ao fim: natal já passou, o povo se  fartou de comes e bebes, presentes, nas ceias familiares e nas confraternizações, e  agora prepara e  se concentra para a “virada”, com a mega-sena  e o show da Praça do Mercado, com a tradicional queima de fogos de artifícios e banda Saidibanda...Ano findando, e a gente mal se dando conta, nem conseguindo processar um décimo do que foi 2013, quanto mais imaginar um milésimo do que será 2014...


E como avaliar o que foi o ano de 2013 em nosso munícipio, que segundo a (cada vez mais desacreditada)  revista Veja, está destinado brevemente a tornar-se uma das vinte (20) maiores metrópoles regionais brasileiras? E certificado como “Município Aprovado”, com o Selo UNICEF Edição 2009-2013 Amazônia, por sua política de promoção, proteção e defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes?


A canção universal “Happy Christmas- War is Over”,de John Lennon,  verdadeiro hino natalino dos tempos modernos, rivalizando com “Noite Feliz”, nos questiona:


“...and what have you done?-o que vocês fizeram?
Another year over- outro ano termina
And new one just began …”- e um novo começará


E então, como avaliar, como dizer o que foi 2013, aqui em Açailândia do Maranhão, o maior PIB per capita do Estado?


Podemos iniciar pelo povo em movimento, o povo em protesto, o povo em repúdio, o povo em indignação:


 O povo de Pequiá, em sua luta permanente,  heróica, titânica, pelo “reassentamento”;
  o povo da região campesina do Novo Oriente nas batalhas contra os impactos perversos da duplicação da Estrada de Ferro Carajás;
 o povo da Vila Tancredo e da Avenida Santa Luzia , da Avenida Parque das Nações, que morre atropelado na Rodovia da Morte, a  BR 222, sob o descaso, a omissão e a impunidade das autoridades “competentes”;
 estudantes, trabalhadores(as), pessoas com deficiência e mobilidade reduzida protestando por melhoria no transporte coletivo público e por acessibilidade;
 professorado municipal e estadual reivindicando cumprimento de direitos e qualidade do ensino; o povo de bairros e vilas protestando contra a CAEMA e o SAEE pela água;


 famílias e comunidades exigindo justiça – judicial, social- por seus filhos e suas filhas assassinados(as),  violados(as)...


E o trabalho, então? Não é só o escravo, teve muita super-exploração, e o desrespeito à legislação trabalhista se intensificaram, que o diga o Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humaoks Carmen Bascaran que o diga...


No campo político-administrativo, foi um ano difícil, complicado, onde a tônica e a justificativa sempre foi a administração anterior (de oito anos consecutivos), que teria praticamente destruído, falido e inviabilizado o município, e daí, nada ou em 2013, e a esmagadora maioria das promessas  ( reveja-se o plano de governo),  ficou mesmo na intenção e no papel...


A julgar pelo movimento do povo (protestando, repudiando, reinvidicando, exigindo...), a Prefeitura Municipal deixou muito a desejar


E mesmo com a “decoração natalina e das festas de fim de ano”, e o bom trabalho de paisagismo, não dá para não desconfiar, nem esconder, que tudo seja mesmo maquiagem... não bate com o estado lastimável das vias e logradouros públicos, com a falta de saneamento e coleta de lixo, e outras  ambientais e infra-estruturais....


Mas a Câmara surpreendeu, abrindo suas portas, salas e auditório para muitas audiências e reuniões públicas, que debateram e propuseram como nunca, sobre grandes problemas sociais e econômicos açailandenses e regionais.


E também teve um momento discutivel, quando ao mesmo tempo em que aprovou a criação de três novos Conselhos Municipais (Etnia, Juventude e Segurança Comunitária), “engavetou” a criação do Conselho da Diversidade Sexual...


Particularmente, em relação aos Direitos de Crianças e Adolescentes, a partir do dia 02 de janeiro, publicaremos uma “Retrospectiva 2013”, ano agitado, quase perdido, sem dúvida um retrocesso, infelizmente para Açailândia, anteriormente, e seguidamente, apontado como modelo e referência estadual na politica de atendimento de Direitos.


O modo como preferimos avaliar o que foi o ano, significa como vemos a realidade e como  contamos esta história. Não é algo neutro, imparcial, isso não existe na prática.  E sim, demonstra de que lado estamos, de qual time fazemos parte...


Antes de nos inebriarmos com as festas, euforia e excessos  da virada , seria bom e interessante começarmos a analisar como foi este 2013, para pensar como 2014 poderá ser melhor para Açailândia, e Açailândia somos nós!



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