segunda-feira, 7 de agosto de 2017

A importância do silêncio




·                 Sábado, 05/08/2017, a cidade de Açailândia-MA., sofreu literalmente com o “mega-inferno do mega evento ExpoAçai, e sua cavalgada”. Nas ruas e avenidas, sobretudo os sons automotivos e ‘standards’ de automóveis e camionetes... Gritaria, somada a muita bebida alcoólica, em beberagem pública explicita...
·                 Nos dias normais, o som  dos carros volantes (nem só eles..)  de propaganda/marketing estrondam, com certeza acima dos limites permitidos pela lei ( tem também lei municipal do silêncio, ora vejam...), incomodando não só transeuntes, consumidores, passantes, como trabalhadores(as), empresários(as), executivos...
·                 E cadê a fiscalização, que a lei prevê (e e obriga)? Denúncias não são atendidas, promessas ficam naquela das intenções (e de intenções o inferno anda cheio de gente bem intencionada...) ou do “... vamos fazer como sem falta, para faltar como sem dúvida...”.
·                 Até quando as autoridades competentes em prevenir, coibir, encarar, responsabilizar, punir o som bandido (a poluição sonora), sem dúvida uma  das maiores reclamações do povo?
·                 A propósito, dois artigos a seguir, sendo o segundo uma noticia do ano passado daqui de Açailândia, para avaliarmos a quantas andou a impunidade por essas bandas (com a bandidagem sonora se esbaldando...)
·                  
(Eduardo Hirata)
***********************************
A importância do silêncio

( No  Jornal do Brasil’, RJ., 07/08/2017, por Celso Franco)


A  grande mídia, na sua seção semanal do que aconteceu há 50 anos, houve por bem noticiar, com o título: Celso Franco vai proibir "namoradinha" nas buzinas, o fato de que  eu,  no dia 1 de agosto de 1967, como diretor do Detran, anunciava que determinaria a apreensão de veículos com buzinas musicais, do tipo que tocam trechos de música, dentre as quais a do título, em respeito ao que determina a lei, ou seja o Código de Trânsito. 

A nota é bem escrita e até elogiosa. Aproveito esta “deixa” para lhes contar toda a história desta luta pela moralização de um trânsito que encontrei “fora dos trilhos”. Tão eficaz foi a campanha que o dono da fábrica destas buzinas sonoras, sediada em São Paulo, veio ao Rio a fim de ponderar comigo, “que eu queria levá-lo à falência”. Respondi-lhe que, de fato, era este o meu propósito, pois ele estava produzindo um equipamento fora da lei.

Concomitantemente, oficiei ao Contran, propondo a adoção do limite de ruído produzido pelos veículos em 68 decibéis, conforme me informara com o que existia no continente europeu. Por incrível que pareça, o novo código, lançado naquele ano, não previa esta limitação. Mandei comprar na Dinamarca os primeiros medidores de ruído, chamados decibelímetros, para controlar o ruído na cidade, fruto do trânsito.
Afinal, eu fora instruído na ciência do controle do trânsito, na Holanda, onde a lei sobre as buzinas era clara e dura: “Só use a buzina se não puder usar o freio”.
Culminei contrariando a lei escrita, mas atendendo ao espírito da mesma, que deve zelar pela segurança, ao mandar desligar as buzinas dos coletivos, autênticas “caixas de ressonância” e instrumentos de agressão, com o apoio dos empresários de ônibus e do governador Negrão de Lima.
Vejo hoje, quando, principalmente falta a presença da autoridade nas ruas, o quão largada anda a disciplina no exercício do privilégio da autorização, mediante exame, para se conduzir esta máquina mortífera, chamada automóvel.



Operação em Açailândia apreende 17 veículos de som automotivo



( Em  31/10/2016, por  Weslley Rodrigo, no ‘Jornal do Maranhão’)



Uma operação em conjunto das polícias Civil e Militar, Ministério Público e Secretaria Municipal do Meio Ambiente, realizada na madrugada desse sábado (29), em Açailândia, para o combate a perturbação do sossego público, já nos moldes da nova resolução 624/2016 do Contran.


De acordo com essa resolução, a perturbação do sossego público com o uso de carro automotivo em horário inadequado virou infração de trânsito, que prevê multa de R$ 195,23 e 4 pontos na carteira.


A operação recebeu a denominação de ‘Noite Feliz’ e apreendeu 17 carros com som automotivo e uma arma de fogo, pistola 380. Vinte pessoas foram conduzida à Delegacia de Polícia Civil, acusadas de poluição ambiental, uma presa em flagrante por porte de arma de fogo e outra por embriaguez ao volante.


O principal objetivo da operação é fazer com que seja cumprida a Lei do Silêncio, que estabelece multas para os estabelecimentos que provocarem poluição sonora no município.


De acordo com os representantes de Fiscalização e Licenciamento Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente, os estabelecimentos já foram avisados sobre a ação. “Os promoters de eventos já estavam cientes da operação, sendo que há algum tempo servidores da Secretaria (SEMA) tinham visitado alguns pontos na cidade e alertado sobre a importância de cumprir o que diz a lei”.


*********************************************************