terça-feira, 28 de julho de 2015

Seminário vai debater diretrizes para combate ao trabalho infantil (no Rio de Janeiro)...







Seminário vai debater diretrizes para combate ao trabalho infantil  (no Rio de Janeiro)...




Enquanto isso, aqui em Açailândia do Maranhão, há mais de dois anos sequer se “debate sobre trabalho infantil, aprendizagem e proteção ao trabalho de adolescente”, quanto mais se “avalia” políticas públicas e ações sociais neste sentido.


O CDVDH-CB/Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascáran, e o MPT/Ministério Público federal do Trabalho, 16ª Região, é que de vez em quando, realizam alguma atividade, mas mais voltado para trabalho escravo e adulto.


Isso tudo apesar do ECA/Estatuto da Criança e do Adolescente (que “comemora” 25 anos de aprovação neste 2015...), de leis e planos municipais de erradicação e combate ao trabalho infantil e de proteção ao trabalho de adolescente.


Lamentável é que os principais órgãos, públicos, com obrigação e dever de oficio nesta política pública (os Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente/COMUCAA, Tutelar/CONTUA, Assistência Social/CMAS; os CRAS/Centros de Referência de Assistência Social e CREAS/Centro de Referência Especializado de Assistência Social; o Serviço de Fortalecimento de Vínculos (ex-PETI), etc., etc.) prarticamente nada fazem, seja na prevenção ou no combate propriamente dito.


Enquanto isso, o trabalho infantil, tido por boa parte da sociedade brasileira como “algo bom, benéfico, salutar, educativo, social” para as crianças e adolescentes, no execrável raciocínio de que assim “... não vão para o mundo das drogas, do crime e para a prostituição...”, continua sendo “escola” e porta de entrada justamente para tal, como se constatam nos casos “atendidos e documentados”...


Em tempo: dia 12 de junho passado (e todo 12 de junho...) “comemorou-se” (no Brasil e no mundo...) o “Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil”. Açailândia esqueceu da data, mas comemorou em alto estilo o “dia dos(as) namorados(as)”...


Enquanto isso, boa parte de nossas crianças e nossos(as) adolescentes têm seus direitos violados, colocando em risco sua vida, saúde, convivência familiar e comunitaria escolarização, lazer, sua arte e cultura, porque são explorados(as) no trabalho infantil, ou desprotegidos no trabalho de adolescente.


(Eduardo Hirata)

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Seminário vai debater diretrizes para combate ao trabalho infantil no Rio


(Jornal do Brasi, RJ, 27/07/2015)l


Profissionais e autoridades que atuam na proteção dos direitos de crianças e adolescentes irão se reunir nos dias 20 e 21 de agosto no Rio de Janeiro para definir diretrizes de atuação no combate ao trabalho precoce no Estado.

 O Seminário Sistema de Justiça e o Combate ao Trabalho Infantil vai reunir cerca de 300 pessoas que irão debater e aprovar uma carta com orientações para a atuação das instituições fluminenses na erradicação do trabalho infantil.

 O evento é voltado a juízes, procuradores, promotores, advogados, servidores, conselheiros, integrantes de fóruns, membros da Defensoria Pública e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), além de especialistas e profissionais que trabalham com a proteção dos direitos da infância em diferentes entidades.

Os interessados em participar podem se inscrever encaminhando e-mail paraceaf.eventos@mprj.mp.br, informando nome completo, instituição, telefone de contato e e-mail.

 O evento tem como objetivo fortalecer a rede local de proteção à criança e ao adolescente, em especial o sistema de Justiça em questões ligadas à exploração do trabalho infanto-juvenil.

 As políticas públicas de combate ao trabalho infantil, o trabalho doméstico e profissionalização de jovens são alguns dos temas que serão debatidos no primeiro dia de evento.

A procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ), Teresa Basteiro, e a representante no Estado da Coordenadoria de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente do MPT, Sueli Bessa, irão participar do painel sobre as piores formas de trabalho infantil.

 No segundo dia serão realizadas oficinas sobre o trabalho infantil no meio artístico e no narcotráfico, que é considerado uma das piores formas de trabalho para crianças e adolescentes.

 Após os debates, os participantes irão aprovar um documento com recomendações para a atuação das instituições do Rio de Janeiro nesses temas.

O seminário será realizado em parceria com diversos órgãos, como o MPT-RJ, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT1), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Ministério Púbico do Estado (MP-RJ), entre outros. O evento faz parte do protocolo de intenção firmado por diversas entidades do Estado no intuito de proteger os direitos da infância.


Panorama


 – Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2013 apontam a existência de 3,2 milhões crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos de idade trabalhando no Brasil.

 Desses, 486 mil têm menos de 13 anos. Só no Estado do Rio de Janeiro há cerca de 104 mil crianças nessa situação irregular.

 A Constituição Federal proíbe a realização de qualquer tipo de trabalho por menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos. Também é vedada a realização de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos.


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