terça-feira, 23 de maio de 2017

A educação no combate à exploração do TRABALHO INFANTIL - (DIA 12 de JUNHO : DIA MUNDIAL E NACIONAL DE COMBATE AO TRABALHO INFANTIL)






(DIA 12 de JUNHO : DIA MUNDIAL E NACIONAL DE COMBATE AO TRABALHO INFANTIL)


Vivemos em uma sociedade repleta de desigualdades, explorações, ausência de oportunidades e muita carência.


 Com a implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei Federal n.º 8.069/90,  percebemos ao longo desse período um avanço no que se refere aos direitos e deveres dos nossos jovens.


Mas infelizmente, devido às limitações econômicas e a falta de informações, muitas famílias se veem obrigadas a expor seus filhos em atividades para auxiliar as despesas da casa.


Muitos pais acham normal ver seus filhos vendendo produtos, carregando materiais ou exercendo quaisquer outras atividades dessa natureza. Segundo muitos, é melhor ver seus filhos trabalhando do que vê-los se drogando ou roubando, que o trabalho dignifica o homem e essa prática deve ser feita desde cedo para estimulá-los a serem adultos trabalhadores.


 Mas onde fica a infância dos jovens ao meio desse processo? Que histórias irão contar futuramente a seus filhos? Será que o rendimento escolar, aliado com as atividades financeiras, terá um resultado satisfatório?


A legislação proíbe o trabalho a menores de 14 anos (Emenda Constitucional n.º 20, XXXIII; Artigo 60 do ECA ) .


 A partir dos 14 anos o trabalho é permitido na condição de aprendiz, em atividade relacionada à sua qualificação profissional (entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivo a assistência a adolescentes  e a educação profissional deverão ter registro e também  serem fiscalizadas no CMDCA/Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, no caso açailandense, COMUCAA. – Lei Federal nº 10.097/00).


Um grande número de pais tem conhecimento a cerca do assunto, mas a consciência ainda precisa ser exercitada. Assim como um dia esses pais se viram ajudando nas despesas em casa, os filhos também devem repetir esse ciclo, assim pensam.


A exploração aumenta principalmente nos períodos festivos, onde os pais levam seus filhos para ajuda-los nas atividades referentes ao sustento familiar.


Além disso, terceiros também se aproveitam da situação para fazer uso do trabalho infanto-juvenil, pois é uma mão de obra barata, sem vínculos empregatícios e de fácil manipulação.


Sem esquecer que a “exploração sexual de Crianças e Adolescentes” é considerada pela ONU/OIT “ uma das piores, mais perversas  formas de trabalho infantil”


Acredito que a educação seja ainda a forma mais eficaz de combater todos esses transtornos, causados por uma massa de pessoas desinformadas e sem consciência.


Por essa razão, importa muito trabalhar em sala todo o contexto desse tema, através de vídeos, fotos, textos reflexivos, dinâmicas de grupos e o desfecho  com um debate ilustrado por uma oficina de cartazes, onde os (as)  alunos(as)   manifestam as suas opiniões pessoais e também explicam o que eles entenderam a cerca do assunto abordado.


 Com esse trabalho,  possam ter entendido a essência do assunto e  aproveitar as informações para suas respectivas vidas e futuramente  colaborando para a erradicação da exploração do trabalho infantil.

(Com base em artigo no ‘Portal Pró-Menino’, da Fundação Telefônica)


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        Dia 12 de Junho, “DIA MUNDIAL E NACIONAL DE COMBATE AO TRABALHO INFANTIL”.


Praticamente são cinco anos sem que Açailândia, sobretudo o ‘sgdca/sistema de garantia de direitos de Crianças e Adolescentes’, não lembra esta relevante data, marco universal e brasileiro na prevenção e no combate a este mal, que hipoteca o futuro de milhões de Crianças e Adolescentes em nosso país.

Passada a “Semana de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes” 2017 (17 a 19/05),  se aguarda que o COMUCAA/Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Açailândia-MA, articule e mobilize o ‘sgdca’, sobretudo as instituições mais relacionadas à prevenção e ao combate do TRABALHO INFANTIL, e PROTEÇÃO AO TRABALHO DE ADOLESCENTE, não só para ‘lembrar e comemorar a data, 12 de Junho’, mas sobretudo  discutir e avaliar a conjuntura e a realidade, a implementação do Plano Municipal respectivo, o cumprimento da legislação pertinente.

(Eduardo Hirata)


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