quarta-feira, 24 de maio de 2017

As crianças e adolescentes ameaçados de morte pela polícia e pelo tráfico

QUA, 24/05/2017



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Imagem: Julio Falas/Agência Pública-SP
Da Agência Pública


( por José Cícero da Silva)



Em São Paulo, burocracia e atrasos em repasses de verbas deixam crianças e adolescentes ameaçados de morte sem proteção; em 2017, segundo a Defensoria Pública, 48% das ameaças vieram de policiais e 36% do crime organizado.



Diante dos Defensores Públicos da Vara da Infância e Juventude de São Paulo, Gorete afirma se sentir mal com a possibilidade de “perder” o filho, ameaçado por policiais militares em fevereiro. Ela pede que D., que deixou a Fundação Casa recentemente, seja atendido pelo Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), instituído em 2007 pelo governo federal. “Eles entraram na minha casa com o intuito de matar o meu filho. Não tinham nem a identificação na farda”, conta emocionada, ao relembrar o episódio.


·        Aqui em Açailândia do Maranhão, já tivemos episódios  amplamente noticiados, de ameaças e constrangimentos policiais a adolescentes, como cerca de três anos atrás´, que levou a uma ‘nota pública’ e repúdio da OAB/ Ordem dos Advogados do Brasil, local, então presidida pelo Dr. Ernos Sorvos.

Adolescentes, ao longo dos anos, foram assassinados, em casos registrados,  sendo suspeitos inclusive policiais/milícias- justiceiros...

No final de 2016, o CONTUA/Conselho Tutelar de Açailândia, foi informado de ameaças de um policial militar a um adolescente, 17, sob medida de proteção tutelar (Artigo 98 do ECA/Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Federal n.º 8.069/90).

Esse mesmo adolescente sofreu um atentado, no final de dezembro passado, sendo baleado no braço (mas seis tiros foram disparados contra ele...).

Pouco tempo depois, envolveu-se numa ocorrência de tráfico em Imperatriz, e a família foi “achacada”, tendo de pagar o prejuízo...

Órgãos públicos de proteção e defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Açailândia tomaram conhecimento formal de todos estes fatos, sendo que a situação desse adolescente, e sua família, é ‘velha conhecida’, de praticamente duas décadas, histórico fartamente recheado de ameaças e violações aos Direitos Humanos, sobretudo os de Crianças e Adolescentes.

A questão é a fragilidade e o praticamente ineficiente ‘atendimento’ do “sgdca/sistema de garantia de direitos de Crianças e Adolescentes”, sua burocracia, falta de articulação/integração/mobilização ( o atendimento em rede, parceria, tão discursado...)

(Eduardo Hirata)

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