quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

POLÍTICA DE DROGAS




(Da ~Conectas, Direitos Humanos)


A chamada “Guerra às Drogas” é responsável por uma escala estratosférica de violações de direitos humanos. Violência, encarceramento em massa, seletividade da justiça criminal, práticas policiais abusivas, militarização das políticas de segurança e políticas de saúde deficientes são, entre outras, características intrínsecas desta lógica proibicionista.

Iniciada nos EUA pelo então presidente Richard Nixon e levada em diversos países, esta política resiste em trabalhar a questão das drogas sob a perspectiva da saúde pública e dos direitos humanos e se concentra em ações de repressão e discriminação.

Durante as décadas de vigência da Guerra às Drogas é possível observar não apenas o seu completo fracasso como a contribuição para seu objetivo inverso: aumentos nos índices de consumo, da violência, da corrupção e do fortalecimento de redes criminosas e mercados ilegais.

É necessário que o país acompanhe o movimento internacional de reforma das políticas de drogas, que está cada vez mais aberto a alternativas menos proibitivas e punitivistas para lidar com este tema. Do contrário, seguiremos aprofundando uma política ineficiente e desumana.

A Conectas vem denunciando há anos as limitações e impactos da Lei de Drogas de 2006, sobretudo na justiça criminal. Juntamente com uma ampla rede de organizações da sociedade civil, a entidade realiza pesquisas, incidência legislativa para evitar novos retrocessos, propõe avanços no sentido de descriminalizar o uso ou regulamentar a produção, o comércio e o consumo de determinadas substâncias, assim como utiliza mecanismos internacionais para fazer denúncias e instiga debates públicos constantes com diferentes setores da sociedade.



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A questão da DROGA, aqui em  Açailândia do Maranhão, é tida como o maior problema que aflige as famílias e a sociedade. Vinculado ao tráfico, a criminalidade, à violência, á insegurança pública, a DROGA são o inimigo público número 01.

Pensada, discutida, combatida como assunto de ‘polícia, judiciário’, mas na verdade desenvolvida hipocritamente pela sociedade. Já se diz que Açailândia é uma cidade doente e muito, haja visto a quantidade monumental de farmácias, drogarias... Mas não só doente física, corporalmente, mas mental, espiritualmente, haja visto a quantidade enorme de igrejas, templos... E como bebe Açailândia, pra “esquecer” das dificuldades da vida... haja visto a quantidade brutal de distribuidoras/revendedoras de bebidas...

E diante do crescimento avassalador da DROGA, da desestruturação, fragilidade e inabilidade das famílias no enfrentamento, a POLÍTICA DE DROGAS em Açailândia, cadê? Tem Conselho, tem Bom Samaritano, tem Pastoral, tem mandar pra fora, mas o resultado final, todos e todas dizem ~ tamos enxugando gelo~...

(Eduardo Hirata)