quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Bombeiros expedem laudo técnico sobre situação de escola em Açailândia

















Nesta segunda-feira (27) tivemos acesso ao Laudo de Vistoria Técnica que o Corpo de Bombeiros realizou na Escola Municipal Eduardo Pereira Duarte, no Pequiá, com toda certeza a escola mais precária da cidade e aquela que foi motivo para as primeiras denúncias feitas pelos blogs na cidade. 


Segundo o laudo foram constadas as seguintes alterações: 


3.1 Rede de fiação elétrica energizada em total desconformidade com a Norma Regulamentadora Nº 010, entre os problemas apresentados encontram-se: vários ventiladores funcionando sem o correto isolamento, os quais para seu funcionamento são feitas "ligações diretas" sem interruptor, fios descascados que apresentam contato direto com líquidos (água da chuva), sobrecarga em toda a rede de fiação elétrica (quando adicionadas duas ou mais centrais de ar refrigerado, o sistema entra em curto), fios sem o correto isolamento e fixação que podem facilmente serem objeto de emaranhamento ou mesmo choque elétrico por parte de alunos e funcionários.


3.2 Telhado com comprometimento acentuado, devido às constantes infiltrações, que provocam "mofos e bolores", assim como a constante presença de cupins, sendo que ambos os problemas influenciam de maneira significativa na madeira, vindo a comprometer a estrutura de sustentação do telhado.


3.3 Estrutura predial com comprometimento acentuado de vigas de madeira na área do pátio externo próximo aos banheiros, assim como rachaduras nas paredes próximas as portas.


3.4 Devido à unidade educacional possuir uma depressão de aproximadamente 20 centímetros, entre os blocos, esta é acometida de um acúmulo excessivo de água pluviométrica, sendo que devido haver o desnível acentuado em relação à rua não há um escoamento razoável, vindo a ocasionar erosões no piso e consequentemente infiltrações da água pluviométrica para local indefinido, o que gera dúvidas quanto a segurança da base estrutura da unidade educacional.


EXIGÊNCIAS DA VISTORIA


Expedido o laudo técnico, o corpo de bombeiros estabeleceu o prazo de 30 dias a contar da data da notificação (dia 27) o reparo das seguintes exigências:


1) Manutenção da rede elétrica: Caixas de acionamento de ventiladores e lâmpadas; Fixação de fios na parede; Evitar ligação direta; isolamento de toda a rede energizada.


2) Reparos nos telhados para conter infiltrações; Substituição de madeira desgastada; Dedetização contra infestação de cupins; Entrega de Laudo estrutural de estabilidade do telhado assinado por profissional da área.


3) Troca de vigas comprometidas e colunas de sustentação da caixa d'água.


4) Correção do piso para garantir o escoamento da água.


5) Instalação de extintores.


6) Troca do registro e mangueira de GLP que estão vencidos na cozinha.


Após cumprimento das exigências será realizada nova vistoria. O não cumprimento ocasionará multa e interdição da escola.




(Fonte: Laudo de Vistoria Técnica Nº 01/2018/SOAT/ 6º CIBM)



·        É de estarrecer, indignar, revoltar, a situação – o quadro geral – das condições das escolas municipais de Açailândia, neste início de ano letivo 2018.
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·        Não é só a escola do xará Pereira Duarte, no infelicitado e violado ‘distrito industial’do Pequiá, mas praticamente todas, com problemas de estrutura,segurança, salubridade, higiene.
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·        O que se questiona é como “as coisas” chegaram a este ponto crítico, limite. Cadê o monitoramento, a fiscalização, a responsabilização , pois desde muito tempo se denuncia – em vão, está se comprovando – essa situação, francamente hostil e violadora dos Direitos de Crianças e Adolescentes à educação pública, de qualidade, competente, eficiente.
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·        A Câmara de Vereadores ‘dorme em berço esplêndido’, não “acompanhando” as políticas públicas, as ações do governo municipal, que é de sua obrigação, de seu dever. Ministério Público e Conselhos, os diretamente ligados aos Direitos de Crianças e Adolescente (COMUCAA, CONTUA), e os diretamente ligados à’ política educacional (de Educação, FUNDEB, Alimentação Escolar e Conselhos Escolares), sequer tem se manifestado publicamente, para “defender os direitos à educação pública” ( daí o desabafo de centenas de pessoas: ... não é á toa que a maioria dos filhos e das filhas de autoridades públicas e dirigentes do ensino estudam em escolas particulares...). Vai-se á praça, dar milhos aos pombos...
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·        Enquanto isso, milhares de Crianças e Adolescentes são reféns dessa ameaça à sua integridade física e emocional. Como estudar, como render em ambientes assim, inadequados?
·        Até quando essa barbaridade, verdadeira calamidade pública?


(Eduardo Hirata)