domingo, 10 de janeiro de 2016

25 ANOS DO ‘ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE/ECA’: TEMOS O QUE COMEMORAR? (Retrospectiva 2015 – 8)





Aqui em Açailândia do Maranhão, apesar do dia 13 de julho de 2015 passar praticamente em brancas nuvens, solene e oficialmente quase ignorado (não fosse programa de rádio e publicação em blog......) pelo ‘sgd/sistema de garantia de direitos de crianças e adolescentes’ , temos muito sim o que comemorar.



Foram 25 anos de muitas conquistas, muitos avanços, e embora as idas e vindas, voltas e reviravoltas, temos  um  “sistema”,  uma “rede de serviços” multiinstitucional, tanto governamental como não-governamental, teoricamente das melhores do Maranhão, mas falta articulação, mobilização, que cabe ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (COMUCAA), criação dileta do ECA (artigo 88). Infelizmente, os dois Conselhos pontas-de-lança da defesa dos direitos da criança e  do adolescente (o COMUCAA e CONTUA/Conselho Tutelar de Açailândia, sequer conseguem ‘afinar’ uma parceria’...)



Temos “planos”, receituários para prevenir e combater a violência sexual contra crianças e adolescentes, o trabalho infantil e a desproteção de trabalho de adolescente, e para promover, proteger e defender o direito de crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária... (mas como o sistema, a rede, não funcionam a contento,nem se previne como se planejou, tampouco se combate conforme os planos...).



Realizamos  sete (07) conferências municipais, sempre com boa participação popular, embora suas propostas e deliberações na maioria tenham sido olimpicamente ignoradas...



E somos município certificado com o “Selo UNICEF            Município Aprovado Edição 2009-2012 Amazônia”. Por outro lado, fomos incluídos como munícipio dos mais exploradores sexualmente falando, de crianças e adolescentes, como comprovaram duas CPIs estaduais (2003-04 e 2009-10).



Deixamos quatro de nossos adolescentes e jovens serem assassinados na ilha-capital, quando cumpriam medidas sócio-educativas privativas de liberdade, e vinte, inclusive uma jovem, quando retornaram  a Açailândia, de “penas cumpridas” na ilha-capital ou em São Luis.



Impera ainda a impunidade no caso do menino desaparecido e assassinado ELSON, emblemático e símbolo das crianças e adolescentes, dezenas deles(as) que desapareceram...




Ainda não está bem esclarecido o assassinato de Maria Marta, e outras situações e realidades de violência sexual deixam a população intrigada, como o caso do professor Francisco.



Enfim, temos muito o lamentar como temos muito a comemorar...


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