sábado, 28 de maio de 2016

Projeto Cinema debate a violência sexual infanto-juvenil







O evento é gratuito e os ingressos serão distribuídos meia hora antes da sessão, que acontece no Cine Teatro da Cidade, às 15h, nesta sexta-feira, 20/05.

 Em alusão ao dia nacional de enfrentamento à violência sexual infanto-juvenil, o Ministério Público do Maranhão, através do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude, realiza, no próximo dia 20 (sexta-feira), a exibição o filme Anjos do Sol, que será seguindo de uma discussão sobre o atual cenário das estruturas de atendimento e dos índices de casos de crimes sexuais contra crianças e adolescentes no Maranhão. O evento ocorre às 15h, no Cine Teatro da Cidade (antigo Cine Roxy – Rua do Egito, Centro).

Anjos do Sol é um longa-metragem do diretor gaúcho Rudi Lagemann, que conta a saga de uma menina de catorze anos que é vendida equivocadamente pela família à prostituição. A narrativa retrata a realidade da exploração sexual infantil e a dificuldade de acesso à educação e informação, especialmente no nordeste brasileiro.

O filme, apesar de ter sido lançado há 10 anos, infelizmente, ainda permanece atual. Em São Luís, somente nos primeiros quatro meses de 2016, já foram identificados 73 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, conforme denúncias protocoladas nos Conselhos Tutelares e sistematizadas pelo CMDCA-SL.  Esse dado não inclui os casos reportados diretamente ao Disque 100. As áreas que mais apresentaram a problemática foram: Itaqui-Bacanga, Centro-Alemanha e Cidade Operária/Cidade Olímpica.

A exploração sexual no Brasil já atinge mais de 250 mil vítimas, segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). A Organização das Nações Unidas calcula que o tráfico de seres humanos para exploração sexual movimenta cerca de 9 bilhões de dólares no mundo, e só perde em rentabilidade para o mercado ilegal de drogas e armas.

Segundo o 1º Promotor de Justiça da Infância e Juventude de São Luís, Dr. Márcio Thadeu Silva Marques – que participará do debate após a exibição do filme -, essa atividade é mais uma contribuição do Ministério Público para inquietar a população sobre a violação dos direitos humanos no estado, e, ainda, uma oportunidade para divulgar o Disque 100 – principal canal de recebimento de denúncias. “Em São Luís, o Centro de Apoio Operacional decidiu por essa atividade para não só motivar a quebra do silêncio em relação a esse tipo de violência, mas também para buscarmos qualificar a compreensão da comunidade em relação a esse problema social”, destacou. Participará também da mesa-redonda a Profa. Dra. Cândida da Costa, do Departamento de Serviço Social da UFMA. O evento é gratuito e os ingressos serão distribuídos meia hora antes da sessão. (Texto: Fernando Costa)


“ Aqui em Açailândia do Maranhão, exibiu-se o filme “O Caçador de Pipas”, conforme decisão do Grupo de Monitoramento do Plano Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual contra CRianças e Adolescentes, vinculado ao COMUCAA/Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

 No entanto, “avaliação” sumária não foi positiva: exibido em praça pública, no final (duas horas de projeção)quase não havia público, exceto o próprio “Grupo de Monitoramento...”.

Pior que essa avaliação foi o processo de decisão sobre a exibição do filme em praça pública: - a uma proposta  de um intervalo, entre as duas horas do filme, para um “debate”, foi rebatida pelo representante do Fórum DCA Açailândia, Raimundo Rodrigues da Silva (também coordenador de relações públicas da Associação de Conselheiros e Ex-Conselheiros Tutelares do Maranhão), de que “... isso é besteira, isso de debate em filme não existe...”.; e a um alerta sobre a exibição em praça pública, ao invés de um público mais especifico (estudantes de ensino médio, professorado) ,  “... isso poderá ser visto em outro momento, após a “Semana de Enfrentamento...”.

Infelizmente, deu no que deu...

Em tempo: o Grupo de Monitoramento /COMUCAA ainda não programou uma assembléia para a avaliação da “Semana de Enfrentamento...”...

(Eduardo Hirata)


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