sexta-feira, 30 de maio de 2014

E COMO FICA A DESGRAÇA DO TRANSPORTE DOS PACIENTES DE HEMODIÁLISE DE AÇAILÂNDIA-MA?










E COMO FICA A DESGRAÇA  DO TRANSPORTE DOS PACIENTES DE HEMODIÁLISE DE AÇAILÂNDIA-MA?

As dezenas de pacientes açailandenses, entre eles idosos e fragilizados como o senhor Geraldo, do Conjunto Progresso II, sofrem três vezes por semana, o infortúnio, a desgraça e o calvário do transporte porcaria até Imperatriz, e vice-versa.

Transporte calvário, não, transporte criminoso, legítimo atentado á dignidade humana. E olhem que isso quando o ônibus não “dá prego”, como na tarde de ontem, quinta-feira, 29/05,   e menos mal que foi no começo da viagem, ainda no centro da cidade, no procedimento de “recolha do pessoal”...

Ou então quando o paciente, como aconteceu inúmeras vezes este ano com o senhor Geraldo, se recusam a “viajar”, já prevendo a tortura no ir e vir, vencer os cento e cinquenta quilômetros, descer aos infernos por quase dez horas, retornar “no bagaço feito laranja espremida, aí por volta da meia-noite...”.

É lógico que a secretaria de saúde, a prefeita, o conselho municipal de saúde (tudo no minúsculo, sim...) têm pleno conhecimento deste acinte, desaforo e descaramento aos Direitos Humanos.

Por isso mesmo, Câmara de Vereadores, Defensoria Pública, Ministério Público, Judiciário precisam agora “entrar” nessa história vergonhosa, para por fim a essa escabrosidade.

Há muito tempo pacientes e famílias reclamam, essa submissão a um tratamento desumano, bandido.

Submeter paciente de hemodiálise a uma viagem dessas, por ruas esburacadas de duas cidades e uma BR também esburacada, em obras, e perigoso, é um “risco calculado, premeditado, de atentado á vida e à saúde, um homicídio doloso, com intenção de matar, mesmo, devagarzinho, mas matar...”.

Não bastasse estas cenas de horror, a família ainda é esculhambada por funcionária que confunde alhos com bugalhos, misturando coisa, ao alegar que deveria a família reclamar, solidarizar-se com ela pelos cinco meses de salários atrasados, ou pelo pagamento atrasado da locação do ônibus, e outras barbaridades do tipo...

De fato, temos aí mais um exemplo acabado e perfeito da “excelência” desta atual administração municipal, em sua política de saúde.

E então, como ficará o transporte desses cidadãos e cidadãs, ao seu direito de ir e vir para seu tratamento, em condições de dignidade e respeito, conforto e satisfação?

Ou vai se enfiar no rolo do caos do transporte público municipal, outra, de fato, “excelência” da nossa administração?

(Fotos de Raquel Correia da Silva Tavares, filha do senhor Geraldo)