sábado, 18 de março de 2017

Agência da ONU lança programa de prevenção à criminalidade pelo esporte








·                   Muito se fala em atividades de prevenção à criminalidade, às drogas, à violência, que hoje apavoram a sociedade (açailandense, maranhense, brasileira). Muito se fala em ‘prevenção, prevenção, prevenção... – prevenir prá não remediar...).

O esporte, já se sabe, é uma dessas atividades com enorme capacidade de prevenir, desde que levado a sério como “educação, formação de cidadania”, muito mais antes de formação profissional, de “carreira”, o que vem, na base da “comercialização-industrialização” do futebol de base, por exemplo, distorcendo o significado de verdadeira “educação e cidadania”.

Aqui em Açailândia do Maranhão, o esporte “educacional” é levado pouco a sério, mantido aos trancos e aos barrancos, com recursos minguados e praticamente nulo apoio governamental, que deveria propiciar essa “educação esportiva” ao universo  de Crianças e Adolescentes, mas não é o que se constata.

Como exemplos vergonhosos, as dificuldades de participação nos Jogos Escolares, o calvário anual das escolinhas de futebol, que contam com algum recurso, absolutamente insuficiente, do FIA/Fundo Municipal para a Infância e Adolescência, deliberado pelo COMUCAA/Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do adolescente, desde sempre.

O orçamento municipal continua sendo uma “peça de ficção” (uma piada de mau gosto...), como insistentemente definido pelas próprias autoridades “competentes...

Embora a comunidade esportiva das escolinhas de futebol e do futebol de base, ainda praticamente informais, e a comunidade dos DCA/Direitos de Crianças e Adolescentes, a duras penas e em longos anos, conseguiram consignar no orçamento anual (neste 2017: R$ 100.000,00 – cem mil reais)  dotação especifica “Apoio ao futebol de base”.

Enquanto isso, o extermínio declarado da juventude horroriza Açailândia, bem como estarrece os índices de criminalidade e violência...

Não há tratamento (quem disse que bala e taca é tratamento que resolve?...), não há prevenção...

Aproveitemos então para lermos a nota da ONU, a seguir :


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Agência da ONU lança programa de prevenção à criminalidade pelo esporte



Veículowww.onu.org.br (13/03/2017)



O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) lançou na semana passada programa esportivo com o objetivo de prevenir a criminalidade entre jovens. O projeto-piloto está sendo realizado no Brasil — nas cidades de Brasília e Rio de Janeiro —, antes de ser expandido para outros países de América Latina, África Austral e Ásia Central.
O programa “Vamos Nessa” foca nos esportes como forma de construir resiliência entre jovens, ampliando suas habilidades para a vida e aumentando sua consciência sobre as consequências da criminalidade e do abuso de drogas. O objetivo é influenciar positivamente as atitudes e prevenir comportamentos antissociais e de risco.
Os esportes têm um importante potencial de melhorar a qualidade de vida das pessoas: além da atividade física, ajuda a desenvolver habilidades de integração social e pode oferecer, principalmente aos mais jovens, um sentimento de pertencimento, lealdade e apoio.
Um dos componentes-chave do projeto é o desenvolvimento de habilidades para a vida. Para isso, o UNODC desenvolveu um manual para auxiliar treinadores, assistentes sociais e outros profissionais que trabalham com jovens de 13 a 17 anos.
Formado por dez aulas, o programa foi desenhado para ter como alvo uma determinada quantidade de habilidades para a vida que podem ser ensinadas em centros esportivos e em escolas, assim como em outros locais de convívio comunitário.
“Fornecer habilidades para a vida — uma série de habilidades pessoais e sociais que permitem à juventude lidar efetivamente com as demandas da vida cotidiana — melhora sua capacidade de interagir com os outros, desenvolver relacionamentos positivos e lidar com o estresse e a insegurança. Isso os ajudará a minimizar fatores de risco e maximizar fatores protetivos em relação a comportamento antissocial, crime, violência e abuso de drogas”, afirmou o principal treinador da iniciativa, Peer van der Kreeft.