domingo, 26 de março de 2017

“SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMÉRICO DE AÇAILÂNDIA-MA” lança CAMPANHA DE COMBATE AO TRABALHO INFANTIL terça-feira 28/03 1900 horas na Câmara Municipal


“AÇAILÂNDIA SEM TRABALHO INFANTIL. NÃO AO TRABALHO INFANTIL
      CRIANÇA QUE TRABALHA COMPROMETE SEU FUTURO



Os títulos acima são o  tema e o lema do PLAMETI/Plano Municipal de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente,  lançado em 2008  no Município de Açailândia do Maranhão.

O “PLAMETI” corresponde a uma ‘receita’ do que se fazer no município de Açailândia-MA, para prevenir e combater o Trabalho e proteger o Trabalhador Adolescente.

Os Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente/COMUCAA e de Assistência Social/CMAS, em solenidade conjunta, aprovaram o PLAMETI.

O COMUCAA, através da criação e funcionamento de uma comissão, a COMETI/Comissão Municipal de Prevenção, e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente, como órgão público deliberador, controlador, fiscal e avaliador de políticas públicas de atendimento dos Direitos de Crianças e Adolçescentes, seria o “cobrador social ” do cumprimento do PLAMETI, tanto do govêrno  como da sociedade.

A PLAMETI até chegou a  se constituir  e funcionar alguns meses mas parou, não se sabe muito bem por quê (... parou por  quê, por quê parou?...).  E até o final de 2012, aos trancos e barrancos, ainda se  fez o mínimo dos mínimos, tirando-se do PLAMETI para a realidade social açailandense (tirando do papel para a prática...).

Com a desastrosa e corrupta administração Gleide Lima Santos, naufragou como um ‘titanic’, a política municipal de erradicação do Trabalho Infantil e de proteção ao Trabalhador Adolescente. Sequer ‘comemorou-se desde  o “Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil”, dia 12 de junho (afinal, dia 12 é o dia dos namorados, certamente coisa muito importante, ora bolas!...). O PLAMETI virou arquivo morto, mais u m ‘plano’ bem intencionado ( mas de boas intenções, o inferno anda inflacionado...).

Aliás, nunca mais aconteceu nada: seminário, oficina, “workshp”, conferência especifica, “é vento’ de maior envergadura para se levantar, debater, avaliar o PLAMETI. SE aconteceram, de maneira isolado, para pessoal de programas e serviços, como o extinto PETI, hoje diluído no “Serviço de Fortalecimento de Vínculos”, mas que nunca chegou em seus muitos anos de existência, a realmente ‘combater o trabalho infantil’. As condicionalidades do “Bolsa Familia” também não são respeitadas.

E as Crianças e Adolescentes continuam “trabalhando”, até por          que a sociedade entende (acha...) que lugar de Criança é trabalhando, para que não se drogue, vire traficante e bandido de outro naipe, e não se prostitue. Sobretudo se forem Crianças e Adolescentes das classes sociais e econômicas “c,  d”...

E continuam Adolescentes ‘trabalhando” desprotegidos, ao arrepio da própria Constituição federal (Emenda n.º 20/98), que proíbe todo e qualquer ‘trabalho” a menores de 16 anos de idade, a não ser na condição de Aprendizes. E quem tem que registrar e fiscalizar institucionais de aprendizagem, conforme a “lei da aprendizagem (Lei n.º 10.097/2000) ”  é o COMUCAA, que nunca ‘assumiu” tal atribuição.

O Trabalho Infantil e Desproteção ao Trabalho de Adolescente é uma violação terrível de Direitos em Açailândia do Maranhão. O que levou o MPT/Ministério Público do Trabalho 16ª Região Imperatriz-MA, a um TAC/termo de Ajuste de Compromisso de Conduta com a Prefeitura, firmado em 2009, avalizado pelos Conselhos COMUCAA e Tutelar/CONTUA.

Registro no CONTUA,  e certamente na saúde pública, demonstram uma realidade de lesões, ‘acidentes de trabalho’. Verificações do MPT e Delegacia do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego flagraram inúmeras ocorrências e situações de risco, perigo, insalubridade e á integridade física e emocional de Adolescentes trabalhadores(as).

E ainda se considere  o que  expôs a Assembléia Legislativa do Maranhão, em duas CPI/Comissões Parlamentares de Inquérito do Abuso e Exploração Sexual  de Crianças e Adolescentes e Trabalho Infantil, nos anos 2003/04 e 2009/10.

Em razão de todo esse quadro, de absoluta ineficiência da política pública de atendimento, da falta de ações da sociedade civil, da impunidade dos que  exploram o Trabalho Infantil e não protegem o Trabalho de Adolescente, conforme diz a legislação, diante da inércia dos órgãos, programas, projetos, serviços públicos, sobretudo vinculados ao poder executivo municipal, o Sindicato dos Comerciários lançara na terça-feira, 28/03, às 1900 horas, uma “Campanha de Combate ao Trabalho Infantil”.

O que se espera é que tal meritória campanha, acorde e sacuda  quem (órgãos, programas, serviços, agentes públicos, servidores/as) tem a obrigação, o dever de fazer acontecer, de realmente atuar “em rede, articulada, mobilizada” para prevenir e combater esse crime.

O que se espera é que o COMUCAA, a SEMAS/Secretaria Municipal de Assistência Social, e todos e todas compromissados(as) , instituições e pessoas, com os Direitos InfantoJuvenis, neste 27º ano do ECA/Estatuto da Criança e do Adolescente, se enganjem a partir do lançamento da campanha.

Conhecer o PLAMETI, tentar tirá-lo do papel, com atualizações, já seria um bom começo. É uma ‘receita’, como disse.

À pergunta “ o que se pode e sede vê fazer em Açailândia para prevenir e combater o Trabalho Infantil? E proteger o Trabalho de Adolescente?

Uma resposta, simples assim: o PLAMETI  dá as pistas. O COMUCAA que o ‘relance’ e busque fazer ser cumprido.  À Campanha, pois!

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