sexta-feira, 24 de março de 2017

OUVIDORIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO MARANHÃO realizou AUDIÊNCIA PÚBLICA em AÇAILÂNDIA na noite de 23 de março







Realizada na noite da quinta-feira, 23/03, no auditório do IFMA/Instituto Federal do Maranhão no Conjunto Progresso II, a “audiência pública” da Ouvidoria do Tribunal de Justiça do Maranhão.

O evento foi conduzido pelo Ouvidor- desembargador Ricardo Dualibe, e contou com a participação de membros  e representantes, entre do judiciário, ministério público e defensoria pública, de várias comarcas do sul  e região tocantina, bem como vereadores, servidores do judiciário, cartorários,  entidades civis,  OAB/Ordem dos Advogados do Brasil, as conselheiras tutelares de Açailândia, o Presidente da Câmara de Vereadores e o Prefeito.

Não acompanhei presencialmente a ‘audiência pública’, mas via rádio web do Tribunal de Justiça.

A “audiência pública” teve como objetivo proporcionar a aproximação do Poder Judiciário com a sociedade e ouvir sugestões que contribuissem para o aperfeiçoamento judiciais e cartorários em Açailândia e nos municípios integrantes do pólo judicial de Imperatriz (Alto Parnaíba, Amarante, Arame, Balsas, Buriticupu, Carolina, Estreito, Grajaú, Imperatriz, Itinga, João Lisboa, Montes Altos, Porto Franco, Riachão, São Pedro da Água Branca, Senador La Rocque e Tasso Fragoso).

Também teve como objetivo ouvir queixas e reclamações sobre os serviços prestados pelo judiciário, a partior das manifestações de participantes.

Nas falas e debates, destaco a participação de Francisco Sousa, do Sindicato dos Bancários, que reivindica do Poder Judiciário atenção à “Justiça Restaurativa” e não apenas repressiva, punitiva.

O advogado Ernos Sorvos, ex-presidente da OAB local, ‘cobrou’ do judiciário resposta conclusiva a uma ação que tramita a 20 – vinte- anos, e em primeira instância. Sem dúvida, proporcionou o melhor ‘debate’ do evento, com o juiz Dr. Andre Bogea Santos.

Duas participações populares, do cidadão José de Sousa e de representante da Associação dos Cadeirantes de Açailândia, ‘cobrou’ agilidade do judiciário nas ações de atendimento á saúde, não atendida pelo SUS, como por exemplo, sobre o TFD/tratamento fora do domicilio, o que surpreendeu o prefeito Jucelino Oliveira, que disse ia verificar com a secretária de saúde.]

A presidenta da OAB local, Stela Chaves NIcácio, fez um relatório pormenorizado das deficiências e precariedades do atendimento do judiciário local. Entre elas, o monumental acúmulo de processos nas mesas de apenas seis varas judiciais, que implica em morosidade no julgamento de primeira instância, não instalação das varas já criadas, como a 2ª vara criminal, falta de servidores(as), sistema de cobranças das taxas judiciais, etc.

Com ações judiciais decorrentes das “CPI/Comissões Parlamentares estaduais de Inquérito de  2003/2004 e de 2009/2010- ‘provita’”, que investigaram a violência sexual e o trabalho infantil em Açailândia e no Maranhão, e que tramitam no judiciário desde 2005, além de ações contra o estado do Maranhão pelo assassinato de três jovens açailandenses cumpriam medidas sócioeducativas privativas de liberdade na Unidade Maiobinha/ Esperança, na iulha-capital, é de lamentar que nenhuma ‘voz’ do ‘sgdca/sistema de garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes’ tenha reclamado do poder judiciário..


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