terça-feira, 4 de julho de 2017

Acompanhamento dos conselhos municipais pela Câmara dos Vereadores é firmado em TAC










(Do site do MP-MA., 03/07/2017)

O Ministério Público do Maranhão firmou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), na última segunda-feira, 26, com a Câmara Municipal de Itapecuru-Mirim estabelecendo a obrigação do Poder Legislativo em acompanhar os conselhos municipais.


A fiscalização deve ser feita a cada quatro meses, em sessão legislativa, no mês anterior à audiência pública, a cargo do Município, onde os conselhos devem apresentar a prestação de contas. O acordo foi assinado pela promotora de justiça Flávia Valéria Nava Silva e pelo presidente do Poder Legislativo, José Carlos de Araújo Vieira Júnior.


Pelo TAC, a Câmara Municipal comprometeu-se a receber as reivindicações apresentadas pelos conselheiros municipais, adotando as medidas necessárias para regularizar as pendências junto à administração municipal. Cabe, ainda, ao Poder Legislativo observar a execução orçamentária em cada secretaria municipal.


Outra providência acertada no acordo é o envio ao Ministério Público pela Câmara, no prazo de dez dias após a sua realização, de cópia das atas das sessões, bem como as providências adotadas junto à Prefeitura para regularizar as solicitações comunicadas pelos conselhos municipais.


A propositura do TAC faz parte da campanha “Combate à corrupção, capacitando o cidadão”, lançada no dia 7 de junho, pela 1ª Promotoria de Justiça de Itapecuru-Mirim. Um dos objetivos é promover o controle social, por meio da efetiva instalação e funcionamento dos conselhos municipais.


“O correto funcionamento dos conselhos municipais possibilita a elaboração de políticas públicas efetivas para atender os anseios da comunidade de Itapecuru-Mirim, bem como acompanhar a execução orçamentária destinada a cada pasta afeta ao respectivo conselho municipal”, avaliou a promotora de justiça Flávia Valéria Nava.


Em caso de descumprimento, será aplicada multa diária de R$ 1 mil a ser revertida ao Fundo Estadual dos Direitos Difusos.


(Redação: CCOM-MPMA)

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·         Um TAC , ou algo parecido, caberia perfeitamente também aqui em Açailândia.
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·         Aliás, não muito no passado, o MP buscou acionar melhores estruturas para funcionamento e atendimento mais qualificados de Conselhos Municipais, casos por exemplo, dos de Saúde (CMS) e do Idoso (CMDIA).
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·         O Conselho Tutelar (CONTUA), por exemplo, conta com uma das melhores estruturas de funcionamento do Maranhão, muito se devendo a um TAC, prestes a completar dez anos. (Já o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente(COMUCAA) igualmente é razoavelmente (bem estruturado, comparando-se com a média maranhense...) estruturado, graças sobretudo à ‘cobrança’ da sociedade civil organizada, através do Fórum DCA Açailândia, sobretudo até 2013.
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·         Açailândia conta, em lei, com cerca de 20- vinte – Conselhos Municipais, mas conta-se nos dedos das mãos quantos encontram-se em razoável funcionamento, cumprindo mais ou menos suas atribuições e obrigações, para os quais foram criados.
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·         Entre eles, além dos  acima citados, o da Assistência Social, o da Mulher, o da Educação e o do Fundeb, que estariam funcionando.

·         Constatam-se poucas, embora  freqüentes reclamações sobre os não funcionamento dos Conselhos da Cidade, de Meio Ambiente, de Políticas Públicas contra Alcool e Drogas, dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
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·         Fora esses mencionados, tem-se ainda  Conselhos como o da Habitação Popular, de Segurança Comunitária, da Juventude, da Cultura, do Desenvolvimento Rural, da SEgurança Alimentar e Nutricional, do Trabalho...
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·         O SINTRASEMA realiza nesta dia 05/07, assembléias para a escolha de representantes sindicais para dois Conselhos, o já citado Fundeb e o da Alimentação Escolar.
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·         As maiores queixas em relação aos Conselhos: - os Conselhos só existem no papel; - a Prefeitura e as Secretarias não dão as condições humanas, matérias, financeiras para o funcionamento dos Conselhos; - processos de escolha de escolha de conselheiros(as) frágeis e falhos;  - faltam formações  prévia e continuada aos(as) conselheiros(as) e às equipes administrativas, bem como assessores(as), o que resulta no desconhecimento das funções, no despreparo de conselheiros(as) e na reclamadissima ‘falta de participação’ ; - pessoas ocupam vagas em dois e até mais Conselhos, bem como não há uma renovação sensível nos colegiados, que acabam se acomodando; - baixa interlocução com a sociedade civil, etc., etc.
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·         A manutenção dos Conselhos , considerando-se o orçamento municipal, custa um bom dinheiro aos cofres públicos e ao(a) contribuinte açailandense, bem mais de um milhão de reais anuais.
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·         Não só pelo ‘dinheiro público’ na manutenção dos Conselhos, mas  pela efetividade e relevância de suas funções em relação às políticas públicas, temos aí, em Itapecuru-Mirim por parte do Ministério Público do Maranhão, uma oportunidade e uma exemplo do que já se faz a muito necessário aqui em Açailândia do Maranhão.


(Eduardo Hirata)


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