quarta-feira, 12 de julho de 2017

Brasil entra na rede global de prevenção ao desaparecimento de Crianças e Adolescentes










(Fonte: SNDCA/MDH., publicado no “Portal do CONANDA”, 12/07/2017. Foto de Luis Alves)


A Presidente do Conanda e secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Claudia Vidigal, assinou nesta terça-feira (12) o acordo de cooperação técnica com o Centro Internacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas (ICMEC - segundo sua sigla em inglês) para aprimorar as ações de prevenção e resposta ao desaparecimento de crianças no Brasil. “A assinatura desse termo é mais um passo na direção correta de como lidar com esse tema. Temos o desafio de não deixar essa pauta invisível”, disse Vidigal, que na ocasião citou a atuação do Conselho sobre a matéria, lembrando que será pauta da 263ª Assembleia Ordinária do Conanda, a realizar-se nesta quarta (12) e quinta (13) desta semana.

A Secretária destacou ainda outras ações em andamento na secretaria nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA): “Estamos construindo um plano de trabalho, que inclui uma proposta de avanço legislativo, mapeamento dos cadastros de crianças e adolescentes desaparecidos existentes e a discussão de como integrar essas ferramentas e a construção de um novo site com informações sobre o tema. O ICMEC é um parceiro fundamental nesse trabalho”.

A parceria entre as duas instituições marca a entrada do Brasil na Rede Global de Crianças Desaparecidas do ICMEC, que é uma organização não governamental de abrangência internacional destinada à proteção da criança contra o desaparecimento, sequestro internacional, subtração parental e violência sexual. “Com esse convênio, a SNDCA passa a ser membro da rede global e a importância dessa rede é trocar experiências, maximizar e aproveitar o que temos para dar uma resposta efetiva ao desaparecimento de crianças. Queremos fazer do Brasil referência nesse tema”, explicou a diretora de Políticas Públicas do ICMEC para a América Latina e no Caribe, Kátia Dantas.

Com o acordo, o ICMEC deverá fornecer à secretaria assistência técnica para a interface web de site e banco de dados de crianças desaparecidas; compartilhar informações sobre projetos relacionados ao tema e apoiar nas ações de conscientização do governo, forças policiais, ONGs e outras partes interessadas sobre a problemática de crianças desaparecidas. O acordo não envolve a transferência de recursos financeiros entre as partes.




·        Em Açailândia do Maranhão, temos uma situação emblemática de desaparecimento, e assassinato, em 2009, de um menino com deficiência, nove anos de idade, do Assentamento Planalto I. Seu nome, como enfatiza sua mãe, a senhora Solange: ELSON MACHADO DA SILVA.
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·        Vítima do descaso do Estado/governos e da sociedade, que não cumpriram suas obrigações para assegurar os seus Direitos Humanos, o menino ELSON, sua família e a comunidade, exemplos de persistência e busca de justiça foram lembrados  “oficialmente’, e será nome de escola municipal no Novo Oriente, a seis quilômetros do Assentamento Planalto I, onde nasceu e sempre viveu, e desapareceu.
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·        Por ocasião da 10ª Festa da Colheita, promovida pelas Paróquias Santa Luzia, São João Batista e São Sebastião,  realizada domingo que passou, 09/07, no Assentamento João do Vale, da mesma região campesina do Novo Oriente, cerca de sessenta quilômetros do centro da cidade, ELSON foi lembrado no ato penitencial da cerimônia litúrgica.
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·        (os acusados do desaparecimento e assassinato do menino ELSON, condenados em primeira instância e em júri popular, depois de dois breves períodos presos, recorrem em liberdade.A família de ELSON  e a comunidade, apoiadas sobretudo pela Paróquia Santa Luzia e Irmãos Combonianos (no caso desde seu início) , buscam a devida reparação civil, como forma de justiça ‘completa’ ao menino, desaparecido e assassinado.


(Fotos da 10ª Festa da Colheita e de Solange, por Francisco Sousa)

(Eduardo Hirata)

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