sexta-feira, 14 de julho de 2017

Audiência Pública monitora o Termo de Compromisso: Criança e Adolescente, Prioridade Absoluta

Audiência Pública monitora o Termo de Compromisso: Criança e Adolescente, Prioridade Absoluta


(Da ‘Agência Matraca’,São Luis-MA., 14/07/2017)



Aconteceu nesta quinta-feira, 13, no auditório do Convento das Mercês, uma audiência pública alusiva aos 27 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O objetivo do evento foi acompanhar o andamento da efetivação do Termo de Compromisso: Criança e Adolescente, Prioridade Absoluta, assinado pelo governador do estado comprometendo-se de fazer valer todas as políticas públicas que garantem os direitos infanto-juvenis.

O evento foi realizado em uma data simbólica para o movimento dos direitos da infância, 13 de julho, aniversário do Estatuto da Criança e do Adolescente, que este ano completa 27 anos e, ainda assim, ainda apresenta fragilidades e pontos que precisam avançar para assegurar de fato as necessidades dessa faixa etária. Segundo a professora do Departamento de Serviço Social da UFMA, Carla Serrão, “ainda há números altíssimos de trabalho infantil, com dados do IBGE e da Fundação Abrinq que registram altos índices de violência sexual, entre outras violações.”

No evento, organizado pelo Fórum Maranhense de Organizações Não Governamentais em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Maranhão (Fórum DCA-MA), Carla Serrão fez uma apresentação da situação de crianças e adolescentes no estado. “Apesar de termos avançado em muitos aspectos, nós ainda temos dados que demonstram a urgente necessidade de investimento maior; além disso, é preciso também uma mudança de concepção na sociedade”, afirmou a professora do Departamento de Serviço Social da UFMA.

Carla usou o exemplo de que o Maranhão é o segundo estado do Brasil onde a população de cinco a 14 anos é a mais pobre do país, perdendo apenas para Pernambuco, ou seja, apesar dos 27 anos do ECA terem apresentados avanços, ainda há muito por fazer. Esse e outros dados mostram o real panorama do estado, por isso é importante que essas articulações em prol dos direitos, de fato, contribuam no dia a dia das crianças.

As propostas do termo abrangem oito áreas de políticas públicas para efetivação dos direitos das crianças e adolescentes. O fato de ser realizada uma audiência pública para tratar desse assunto possibilita à sociedade civil entendimento e participação no combate a violações de direitos. Para o representante do Centro de Defesa Pe. Marcos Passerini e integrante do Fórum DCA, Deilson Botão, um dos pontos principais é essa participação popular: “É preciso passar por um processo de sensibilização da população para que ela entenda que lei é essa, que direitos são esses, que não são direitos a mais, não são regalias”.


Texto: Vilma Santos / Revisão: João Carlos

Foto: Vilma Santos


·        E aqui em Açailândia do Maranhão, o que tivemos para ‘comemorar’ os 27 anos do ECA? Umas poucas entrevistas de representantes de órgãos do chamado ‘sgdca/sistema de garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes’, referidos no artigo 88 do ECA... O principal órgão da Política de Atendimento dos Direitos da Criança e do Adolescente no município, o COMUCAA/Co nselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, sequer se dignou a uma ‘mera reunião pública’ ou evento que o valha, demonstrando com isso seu interesse e compromisso com o ECA, o que vem sendo criticado a tempos.

·        O assunto que pautou o dia, em relação aos Direitos da Criança e do Adolescente, disse respeito aos “Direitos à Educação e à Liberdade, Respeito e Dignidade”, que constituem capítulos do ECA. Explicando: foi destaque na imprensa local (emissoras de rádio e televisão, sobretudo) e nas redes sociais nova situação de violência implicando aluno e afligindo toda a escola, no turno da tarde, o que levou  a manifestação da comunidade junto  à polícia, naquarta-feira, e a reunião no Ministério Público Estadual, presentes Secretaria Municipal de Educação, Conselho Tutelar e outras instituições pertinentes.

     Não se chegou a uma conclusão, conforme uma partyicipante da reunião no MPE, a não ser que será apurado o possivel ato infracional do adolescente, que acaba levando toda a culpa dop descalabro daquela “escola” , que já foi até denominada de “Carandiru da Vila”, dado sua enormidade e quantidade de alunos(as)...

·        Recentemente, professor foi agredido, espancado por aluno, e é comum, segundo professoras, arremedos de invasões e arrastões, além de ameaças e agressões psicológicas aos(as) professores(as) e servidores(as).





·    Mas também é notável o estado de abandono e insalubridade do prédio, o que eleva os índices de conflitos internos, sem dúvida, entre muitos e muitos outros fatores.

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    Leiam a seguir uma matéria do G1 Maranhão,de 23/09/2013:


Em Açailândia, casos de violência na escola preocupam conselho tutelar

 


Caso mais recente foi postado na internet.




O conselho  registra freqüentes casos de violência entre estudantes e na escola.


O caso mais recente foi parar na internet. Um vídeo que mostra duas alunas, da mesma sala de aula, brigando em frente à instituição onde estudam, foi postado. A briga só terminou porque um professor conseguiu separar as adolescentes.


Uma delas admitiu ter espera a colega na hora da saída. “Esperei ela sair da escola e ataquei” disse.


Na cidade, o problema da violência nas escolas é um desafio para pais, professores e autoridades.
Alguns casos estão sendo acompanhados no conselho tutelar. Mas apesar dos registros, as próprias conselheiras acreditam que o número de denúncias feitas não condiz com a realidade do que acontece dentro e nos arredores das escolas.


“Quando a escola deixa de denunciar uma agressão ou uma indisciplina que acontece na sala de aula, ou quando ela deixa de oficializar é porque não quer se comprometer. Mas isso é ruim para todos. Há uma ausência de lei que regulamente tanto a função de diretora, que deve ser escolhida pela comunidade, como a ausência dos profissionais multiprofissional da secretaria de educação”, disse a conselheira Lucinete Freitas.


Quem ensina também é alvo da violência. “Existe essa questão sim de alguns adolescentes enfrentarem professores e diretores. Nessas situações também tem que ser feito o registro na delegacia”, explicou Edna Maria Alves, também membro do conselho tutelar.


O conselho também tem registrado uma situação nova nas escolas. Várias denúncias de abuso de poder e até agressão por parte de professores e diretores estão sendo apuradas. “Nós temos uma demanda muito grande por parte de abuso de poder e de autoridade, por parte de diretores e professores em várias escolas do município. Principalmente na rede pública municipal”, concluiu Lucinete Freitas.

(Eduardo Hirata)

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