quarta-feira, 27 de abril de 2016

Conferência das Crianças e Adolescentes debate propostas para uma Política Nacional




Conferência das Crianças e Adolescentes debate propostas para uma Política Nacional


(Da SEDH/PR, 26/04/2016)


Durante a manhã dessa terça-feira (26) os 1400 participantes da 10ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CNDCA) se dividiram em onze Plenárias Temáticas, seis para delegados adultos, quatro para adolescentes e um grupo de trabalho de crianças.


Carolina Diniz, do G38 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), explica que houve uma preocupação de garantir plenárias construídas pelos próprios adolescentes. “A gente não queria uma conferência nem toda mista, onde adolescentes não teriam garantido o espaço de fala, e nem toda separada. O diálogo com os adultos também é importante”, explica.

Os grupos de adultos debateram seis eixos temáticos, que tem como objetivo o fortalecimento dos conselhos de direitos, a construção e implementação do Plano Decenal, assim como a elaboração de diretrizes para uma política nacional dos direitos da criança e do adolescente.

Cada uma das plenárias do segmento adulto vai escolher até 50% das propostas do Caderno de Propostas e debater as ações relativas à construção e implementação da Política Nacional dos DCA.


Adolescentes

Os quatro grupos de adolescentes discutiram a participação de meninas e meninos nos espaços políticos e a representação e diversidade na composição dos conselhos de direitos. Um terceiro grupo debateu a construção e implementação da Política Nacional da Criança e do Adolescente.

Carolina, do G38, explica que a demanda por essa metodologia própria surgiu dos adolescentes. “A gente pensou que o diálogo entre adolescentes e entre crianças fica facilitado, porque compartilhamos linguagens e experiências”, disse. Os adolescentes da equipe de organização pensaram elaborar místicas e dinâmicas para que o grupo se sinta confortável. Uma delas é a mandala, quando cada adolescente compartilha sua luta e perspectiva, dando sentido de “união e empoderamento”.

A delegada Débora de Freitas Cabral, 17, de Fortaleza (CE), conta que em espaços de atuação política “os adultos não dão vez para adolescentes, que não conseguem falar”. “Aqui a gente dá nossa opinião, compartilha emoções, sentimentos e experiências”, comenta.

A sistematização das propostas que saíram dessas plenárias foi feita por 24 delegados e delegadas dos próprios grupos, acompanhados de educadores e representantes do G38. Eles se reuniram em uma sala com cartolinas, pincéis, tinta, tesoura e lápis de cor para realizar uma sistematização lúdica.

Plenárias dos Eixos


Durante a tarde, os grupos de adolescentes e adultos vão se reunir para as três plenárias de eixos, que irão discutir: Reforma Política dos Conselhos de DCA; Construção e implementação do Plano Decenal; e Política Nacional dos DCA.


Cada plenária de eixo vai escolher até 70% das propostas debatidas, vindas das Plenárias Temáticas. Elas serão apresentadas amanhã (17) na Plenária Final e, referendadas, farão parte do produto final da 10ª Conferência Nacional DCA.


Conheça os temas das plenárias temáticas dos adultos: reconhecimento das deliberações dos conselhos; participação de crianças e adolescentes nos espaços de mobilização, formulação, deliberação e acompanhamento das políticas públicas; representatividade e diversidade na composição dos conselhos; garantia de autonomia administrativa e financeira dos conselhos; estratégias para construção do Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes; estratégia de implementação do Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes.


(Foto: Plenária formada por Adolescentes. De Paula Froes)


·         E Açailândia do Maranhão conta com três representantes, na delegação maranhense à 10ª Conferência Nacional DCA.


O adolescente Moisés da Cruz Ferreira, a conselheira tutelar Edna Maria Alves dos Santos e a presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (COMUCAA), Angela Márcia Lima Silva, mas que representa na delegação, o segmento das assistentes sociais.

Os Conselhos DCA (Nacional, Estaduais, Distrital e Municipais) são justamente o foco e o tema da 10ª Conferência, com o processos de elaboração e aprovação do Planos Decenal de Direito Humanos de Crianças e Adolescentes – nos três âmbitos político-administrativos,  e os seus próprios fortalecimentos.

Aqui em Açailândia, o COMUCAA, que já foi, entre 1998  e 2012, refer^ncia para todo o Maranhão, passa por um “marasmo institucional” desde janeiro de 2013, não por coincidência período do desastroso e catastrófico governo da afastada prefeita Gleide Lima Santos (PMDB), em meados de 2015.

Nesta semana da 10ª  Conferência Nacional, por exemplo, em que temos três representantes, o COMUCAA continua sem telefone, problemas nos equipamentos (impressora...), e poucas atividade, dentre as muitas que tem a atribuição/obrigação, de acordo com o ECA/Estatuto da Criança e do Adolescente, artigo 88, as leis municipais, nº 132 e 136/1997, e as Resoluções CONANDA/   Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente n.º 105 e 137, entre outras leis e normas de funcionamento.


E um de suas principais “comissões”, o “Grupo de Monitoramento do Plano Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes”, só na segunda-feira, 25/04, definiu a programação da “Semana de Enfrentamento...”, de 16 a 20 de maio, mas, constatando-se a falta de recursos administrativos, de responsabilidade da Prefeitura, através da Secretaria de Assistência Social (SEMAS), têm enormes dificuldades para executar as deliberações e encaminhamentos do Grupo.

Do jeito que está, a “Semana de Enfrentamento...” corre o risco de mais um vexame, comprovando a fragilidade do “sgdca/sistema de garantia de direitos de crianças e adolescentes” e rede de atendimento, aqui no município, cuja articulação e mobilização caberia justamente ao COMUCAA e o Grupo...

(Eduardo Hirata)

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